sexta-feira, 18 de fevereiro de 2011

A Revolução das Fritas vai bem. E a dos Fritos?


 
Enviado por Maria Helena Rubinato Rodrigues de Sousa -

A Revolução das Fritas vai bem. E a dos Fritos?

 A Bélgica comemora 250 dias sem governo federal. Um recorde em vários sentidos. Inclusive no exemplo do que a civilização pode fazer por um povo.
Reina a mais absoluta paz, nada parou ou deixou de ser feito pela ausência de governo federal e o povo, embora preocupado, resolveu reagir, com bom humor, chamando sua insatisfação com o que ocorre de Revolução das Fritas, o prato nacional.
Houve distribuição de frites e alguns manifestantes, apesar do frio, desfilaram pelados. Mas tudo sem traumas, já que escolas, hospitais, transportes, serviços públicos, segurança, correios, enfim, a vida no país flui como sempre, o contribuinte sendo atendido sem quebra na qualidade dos serviços que o Estado lhe deve.
Eles não escolheram ficar sem governo: é um impasse por conta das profundas divisões entre flamengos e valões. E reclamam, com humor, mas reclamam, a ausência de um Legislativo que resolva a situação.
Já aqui parece que estamos escolhendo viver sem Legislativo. Não é outra a conclusão a que se chega depois que o Tiririca provou que seu lema estava errado: pior do que está, fica.
A sessão para a definição do salário mínimo – que não se perca pelo nome, é mínimo! – foi uma picada aberta para a prova dos 9 da inutilidade do nosso Congresso. Justo na Praça dos Três Poderes, um dos poderes se exime de sua força e autoridade e o outro cresce assustadoramente.
Suas Excelências prescindiram inteiramente do direito constitucional de legislar sobre matéria que interessa muito de perto ao povo que as sustenta!
Sempre ouvi dizer que aumentar o mínimo quebra a economia. Como nossa economia já quebrou várias vezes e o mínimo sempre foi mínimo, duvido um pouco.
E me dou ao direito de achar que o que quebra o país são os benefícios que os políticos se dão: salários, mordomias, assessores, carros oficiais, viagens acompanhados das senhoras (já repararam? Político que se preza não fica sem sua mulher nem dois dias!), auxílio isso, auxílio aquilo, benesses de todo tipo.
E a tal da publicidade institucional? Essa pode chegar a R$1,7mi por dia. Sendo que a parte do leão fica com a Presidência da República, com R$ 210,3 milhões para gastar vendendo como o governo é bom!
Não seria melhor fazer um bom governo e utilizar essa verba monumental onde ela é muito necessária: Saúde e Educação?
R$15 reais a mais para cada um dos assalariados e aposentados quebrariam o Brasil, é o que a publicidade institucional nos diz. 0,50 centavos por dia...
Começa a parecer que está na hora da Revolução dos Fritos. Pelados, é fácil. Mas distribuir o que? Pasteis de vento?

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