quinta-feira, 30 de maio de 2013



Mea-culpa de Lula
          O ex-presidente Lula está fazendo mea-culpa, no que lhe toca, pela antecipação da sucessão presidencial. Explicou, para um grupo de petistas, que sua motivação era a de interromper a onda do “volta Lula”. Muitos petistas estavam e estão descontentes com o "jeitão" da presidente Dilma. Um dos que esteve com Lula justifica: "Mudou o estilo. Muita gente sente falta do carinho do Lula".

Dar tempo ao tempo
O marqueteiro João Santana aplicou uma pesquisa QUALI, na qual ele perguntava ao entrevistado sobre a vida das dez pessoas mais próximas. Queria saber se eles haviam melhorado ou piorado de vida nos últimos dez anos. Segundo seu relato, numa roda de petistas, de cada dez amigos citados, oito deles tinham melhorado de vida nos governos petistas. Sua conclusão é que a presidente Dilma deve centrar sua ação na gestão e manter o nível de aprovação do governo. Santana avalia que o debate prematuro da sucessão é "perda de tempo" e que, no ano que vem, mantida a aprovação e a popularidade em alta, tudo se acomoda.

A (presidente) Dilma não perdeu os eleitores que votavam nele e ganhou um monte de eleitores que não votavam no (ex-presidente) Lula"

João Santana
Marqueteiro da presidente Dilma, apostando numa vitória no primeiro turno

Quem sabe faz a hora
O ex-presidente Lula avalia que a hora da verdade não chegou e que, agora, há muito blefe. Explica que é como no jogo de pôquer. “O jogador tá com um parzinho na mão, mas faz pose de quem tem um four de azes", relatou um petista.

A polêmica das MPs
O ex-presidente do STF Nelson Jobim uma vez definiu assim o uso de MPs: "Os técnicos do Executivo passam seis meses debatendo um assunto. Quando eles chegam a um acordo, redigem o projeto e aí sentenciam que é urgente e pedem a edição de uma MP”. É assim: os sem voto debatem meses e os com voto têm só alguns dias para votar.

Empurra-empurra
Eles tentaram jogar tudo nas costas do presidente do Senado, Renan Calheiros (PMDB-AL). Mas no Planalto ficou a impressão que os líderes petistas no Senado, Wellington Dias (PI) e José Pimentel (CE), tem pequeno poder de articulação.

Chama os bombeiros
Depois do bate-boca entre a ministra Gleisi Hoffmann (Casa Civil) e o presidente do Senado, Renan Calheiros (PMDB-AL), a presidente Dilma pediu ao ministro Aloizio Mercadante (Educação) para telefonar para Renan e amenizar a situação. A presidente não aceita que Renan, o PMDB e o o Senado sejam tratados como inimigos. Por isso, nção quer mal-estar com seus aliados.

A cantada
Na última cartada para tentar aprovar a MP da Energia, o governo disse que a AGU tinha parecer contrário a reciclagem de uma MP em outras. Renan deu de ombros e reagiu dizendo que era só uma forma de pressão para que ele lesse a MP.

Um partido de tendências
Na reunião de emergência, de articulação, na terça-feira de manhã, no Planalto, alguns petistas reclamaram que o PMDB era um partido dividido e que era preciso negociar com vários grupos. Como se não soubessem o que é isso!

A candidata do PP ao governo gaúcho, senadora Ana Amélia, já teve duas conversas com o governador Eduardo Campos, candidato do PSB ao Planalto.

sexta-feira, 24 de maio de 2013


A palavra

          O presidente do Senado, Renan Calheiros (PMDB-AL), vai passar por uma prova de fogo. As MPs 601 (desoneração da folha) e 605 (redução tarifa de energia), ainda não votadas na Câmara, chegarão ao Senado com prazo inferior a sete dias para caducarem. Renan não fará nem a leitura das MPs. Renan garante: “Esta é uma decisão tomada pelo plenário. A regra não é do Renan é da Casa”.

STF e partidos de “mentirinha”
O presidente do STF, Joaquim Barbosa, não votou na sessão, em 2006, em que foi assegurada a sobrevivência de 29 partidos. Na época, sobre a cláusula de barreira, que fulminaria partidos com menos de 5% dos votos para a Câmara, disseram: “exdrúxula, extravagante e incongruente” (Marco Aurélio Melo), “inaceitável instrumento de exclusão das minorias” (Celso de Mello), “sacrifício radical das minorias” (Gilmar Mendes) e “fere de morte o pluralismo político” (Ricardo Lewandowski). Càrmen Lúcia sustentou que “a minoria de hoje tem que ter espaço para ser maioria amanhã”. Esta é a posição do STF que, agora, está sendo atacada por seu presidente.

Sou da base. O PMDB tem o vice-presidente. Sempre defendi a redução dos ministérios. Daqui a pouco, se tivermos 50 partidos, vamos ter 50 pastas

Valdir Raupp
Presidente do PMDB, no exercício, e senador (RO)

PT do Rio chuta o balde
O vice-presidente nacional do PT, Alberto Cantalice, reage ao governador Sérgio Cabral (PMDB-RJ): “O PT do Rio não aceita chave de galão de ninguém. O processo político tem que ser feito com diálogo e não com pressão”.

Na berlinda
Governistas, tanto petistas quanto aliados, debitam ao ministro Guido Mantega (Fazenda) o naufrágio de acordo para aprovar a reforma do ICMs. Ele rejeitou o que havia sido negociado pelo demissionário secretário-executivo Nelson Barbosa. No fim, a ministra Ideli Salvatti foi acionada, mas já era tarde para o salvamento.

Tesoura no PMDB
Irritação com o corte no Orçamento das pastas geridas pelo partido. O Turismo perdeu mais de 70% da verba. O Desenvolvimento Agrário, petista, ficou com mais recursos (R$ 2,9 bi) que a peemedebista Agricultura (R$ 1,6 bi).

Os novos piratas
A Amazon, empresa americana de comércio na internet, quer ficar dona da palavra “Amazônia”. O pleito foi criticado ontem, no Senado, por Vanessa Grazziotin (PCdoB-AM). Esta não é a primeira vez que tal apropriação indevida é tentada. No passado, o Itamaraty derrotou empresa japonesa que queria ter a exclusividade no uso das palavras “cupuaçu” e “açai”.

Empurrando a máquina
Uma autoridade do PMDB diz que não ouviu a governadora Roseana Sarney (MA) criticar o vice Michel Temer, no Jaburu. Relatou que ela pediu e Temer vai cobrar, do BNDES, o prometido crédito de R$ 1 bi para o Programa Viva Maranhão.

A volta do soldado do passo certo
O presidente Lula, a exemplo do governo Dilma, também tinha seu analista de mídia. O assessor Bernardo Kucinski, enquanto esteve no governo, exercia o papel. Ele escrevia, todo dia, a “Carta Crítica” que "elogiava e espinafrava" jornalistas. (A íntegra de texto tratando do tema na coluna Panorama Político)

Pequenos produtores, que não usam o Pronaf, ficaram de fora de projeto, votado na Câmara, que renegocia as dívidas de quem perdeu a safra.

COLUNA PANORAMA POLÍTICO DE 11 DE JANEIRO DE 2006
"O soldado do passo certo

A imprensa nunca foi tão criticada, pelo governo e pela oposição, como durante o mandato do presidente Lula. Dependendo da vontade do freguês, a imprensa ora é tachada de governista ora é tratada como militante da oposição. Nunca houve no país tantos analistas de mídia como agora.

A esta atividade se entregou o assessor especial do presidente Lula Bernardo Kucinski, em entrevista para a Agência Repórter Social. Kucinski não costuma ser notícia de jornal, mas escreve diariamente um documento de duas páginas, o “Carta Crítica”, onde elogia e espinafra a imprensa e o governo. O presidente Lula e um grupo restrito de sete pessoas, ministros e assessores, recebem e lêem seus textos todas as manhãs.

Na entrevista, cuja íntegra está na página www.reportersocial.com.br, Kucinski não deixa pedra sobre pedra na área de comunicação do governo. Acadêmico, ele é professor da USP, não poupa ninguém de suas críticas, nem o PT nem o governo, e quando fala da imprensa, de colunistas e de repórteres, é ácido.

1. O erro do presidente Lula: “O presidente tem por obrigação receber a imprensa. É uma obrigação institucional. O presidente tem que falar com a imprensa e, através dela, falar com a nação. Eu acho que faltou ao Lula e ao governo a percepção dessa obrigação”.

2. Sobre a assessoria de imprensa do presidente: “Ele (Lula) passou a se comunicar diretamente (com a sociedade)... O governo até poderia ter feito isso se, ao mesmo tempo, estabelecesse um rito de (entrevista) coletiva, como todos os governos de países importantes fazem”.

3. O ex-secretário de Comunicação Luiz Gushiken: “Ele não era do ramo”.

4. O publicitário Duda Mendonça: “... a presença do Duda Mendonça foi perturbadora. Ele não podia ao mesmo tempo ser palpiteiro do governo e quem ia fazer ações... O Duda ficava dos dois lados do balcão”.

5. Sobre o PT: “Ele tem propostas de políticas públicas para várias áreas... mas para comunicação não tem... transferiu-se da vida política do PT um padrão de comunicação que é típico do político, que é a comunicação privilegiada”.

6. Sobre o que falta para os repórteres: “Está faltando tudo. Falta conhecer história e falta a preocupação em conhecer. Falta operosidade. Eles não trabalham a sério as questões, não vão a fundo”.

7. Sobre os colunistas da imprensa: “Todos eles defendem a política econômica do Palocci, do Banco Central, defendem corte do gasto público, o Estado mínimo. Por isso, eles são premiados com espaços nobres... Estão em todos os espaços ao mesmo tempo, porque eles estão falando aquilo que o poder quer que eles falem”.

8. Sobre a relação da imprensa com o governo Lula: “Ele sempre foi muito maltratado pela imprensa... Os jornalistas não têm respeito com a pessoa do Lula... Há sempre um pressuposto de que ele vai falar besteira, vai errar, de que ele não conhece as coisas... A palavra de ordem é acusar e linchar. Acho que o governo Lula tem muita coisa boa... A mídia não está cuidando disso, porque está obcecada pela denúncia”.

9. Sobre a cobertura da crise política pelos jornalistas: “Eles se sentem cruzados de uma cruzada moral... Eles acreditam que estão fazendo o bem. Eles estão percebendo a superfície das coisas e não os fundamentos. Eles não percebem que todos os que estão acusando o PT sempre foram corruptos. Eles estão discriminando. Acusam o PT e não os outros”.

10. Sobre o governo do presidente Lula: “... o nosso governo não foi capaz de mudar o país como ele prometeu... Nós fomos... absolutamente conservadores, retrógrados e eu diria até burros na política econômica... Nós enterramos o nosso próprio discurso de mudança”.

Mas ele também elogia.

11. Bernardo Kucinski por Bernardo Kucinski: “Ninguém tem coragem para dizer a verdade para o presidente claramente e eu digo todos os dias de manhã. Eu não estou lá para puxar o saco, elogiar. Eu também não estou lá para infernizar”.

quinta-feira, 23 de maio de 2013


Dormindo com o inimigo
          O ministro Guido Mantega (Fazenda) e o secretário do Tesouro, Arno Augustin, foram tratados como adversários, ontem, pelos governadores do PMDB. Reunidos na casa do vice-presidente Michel Temer, os governadores reclamaram que, mesmo depois de acertado com a presidente Dilma, a dupla segura a liberação de empréstimos junto ao Banco do Brasil e ao BNDES.

O tempo é o senhor da razão
Acossados por candidaturas petistas, os governadores soltaram o verbo contra a política de isenções do governo Dilma. Mostraram que o resultado é um sufoco financeiro provocado pela queda do FPE. Sobre as queixas contra o PT nas sucessões estaduais, coube ao senador José Sarney (PMDB-AP) acalmar os governadores. Depois de ouvir o rosário de críticas de Sérgio Cabral (RJ), André Puccinelli (MS) e Roseana Sarney (MA), o experiente senador, como se soubesse de alguma coisa que os outros não sabem, tranquilizou: "Vamos com prudência, o ex-presidente Lula e a presidente Dilma vão saber resolver tudo na hora e no tempo certo".

Fiz sacrifícios em benefício do PT. Não fosse isso, vocês acham que o PT teria eleito 10 prefeitos, 5 deputados federais, 6 estaduais e um senador
Sérgio Cabral
Governador do Rio de Janeiro

A voz da experiência
Para acalmar os ânimos, o senador José Sarney, em determinado momento disse que era preciso "pensar no Michel". O vice-presidente Michel Temer declinou da preocupação: "Por mim, não, temos que cuidar dos interesses do partido".


Incômoda omissão
O STF tem sua parcela de culpa pelo fato dos partidos no Brasil serem de “mentirinha”, como diz o presidente do Tribunal, Joaquim Barbosa. Em 2006, o Supremo declarou inconstitucional, por 10 x 0, a cláusula de barreira, que deixava sem TV, e recursos públicos, partidos que não atingissem 5% dos votos nas eleições para a Câmara dos Deputados.

Língua afiada
Sobrou até para o vice Michel Temer no jantar do partido no Jaburu. Lá pelas tantas, Michel prometeu falar com a presidente Dilma. Foi aí que a governadora Roseana Sarney fez pouco caso: “Faz dois anos que você conversa com ela”.

Hora do recreio
O vice Michel Temer ligou ontem para o presidente da Câmara, Henrique Alves (PMDB-RN), que está em Nova Iorque. Perguntou: “Que dia você volta”. A resposta: “Domingo”. “Que pena, você vai perder a oportunidade de assumir a presidência da República”, se divertiu Temer. Hoje ele viaja para o Equador e a presidente Dilma vai à Etiópia.

Tudo dominado
Sobre eventual “tiro de canhão” que poderia atingir Aécio Neves na eleição presidencial, o presidente do PSDB mineiro, deputado Marcus Pestana, diz que Aécio tem um “escudo antiaéreo forjado em 26 anos de vida pública”.

Governo Collor faz escola
Além de monitorar políticos, também funciona no Planalto serviço de classificação de repórteres que escrevem sobre a Presidência. Isso inclui desqualificá-los estabelecendo, por presunção, relações destes com políticos de oposição.

O governador André Puccinelli (PMDB) só se refere ao senador Delcídio Amaral, candidato do PT ao governo do Mato Grosso do Sul, como "o meu Lindbergh".

terça-feira, 21 de maio de 2013


De vento em popa
        A Rede, de Marina Silva, atingiu na semana passada a marca das 300 mil assinaturas de apoio ao registro do novo partido. Um de seus organizadores, o deputado Alfredo Sirkis (RJ) prevê que, em duas semanas, o partido terá as 500 mil assinaturas necessárias para seu registro. Mas, enquanto o registro não sai, outros partidos continuam alimentando a esperança de ter Marina entre seus filiados.


Aécio cutuca Eduardo
O governador Eduardo Campos (PSB-PE) adotou como slogan de sua pré-campanha à Presidência o “Fazer mais e melhor”. Depois da convenção do PSDB, no sábado, o candidato tucano ao Planalto, senador Aécio Neves (MG), criticou a tese. Aécio afirmou: “Vejo muita gente dizendo que quer fazer mais. Quero dizer que o PSDB tem que fazer diferente para fazer melhor.” Ou seja, para os tucanos, não basta fazer mais, é preciso fazer diferente. O “fazer mais”, segundo os tucanos, coloca o discurso de qualquer candidato no campo da continuidade, enquanto que o “fazer diferente” se coloca num projeto de oposição aos 12 anos de PT no governo federal.

"Na internet se propagam as coisas mais absurdas como se fossem verdade. Pessoas esclarecidas reproduzem estas mensagens quando são contra alguém de quem não gostam"

Rodrigo Maia
Deputado federal (DEM-RJ), sobre boatos espalhados na internet

A regra do jogo
Um dirigente partidário, falando da facilidade para criar novas siglas no sistema político brasileiro, diz que esses partidos funcionam assim: os deputados rateiam entre si o Fundo Partidário, e o tempo de TV, eles vendem.

Alerta geral
Líderes de todos os partidos ficaram apreensivos com o boato que tomou conta da internet e que levou milhares de pessoas às agências da CEF, temendo pelo fim do Bolsa Família. "O boato teve muita força. Não se trata de ação de uma só pessoa. Deve ter muita gente envolvida", avalia o deputado Marcus Pestana (PSDB-MG).

Quem sabe faz a hora
O senador Aécio Neves (PSDB-MG) admitiu, referindo-se ao governo Fernando Henrique, que “o maior dos erros foi não termos defendido com rigor o nosso legado”. Sobre isso, um antigo aliado resumiu: esse reconhecimento veio tarde.

Gastos eleitorais x mercado
A tese de ampliação de gastos em ano pré-eleitoral, como forma de turbinar os investimentos, estava vencendo a guerra dentro do governo contra a ideia de um corte maior, para dar uma resposta firme ao mercado. Com as manobras fiscais que permitem reduzir a meta do superávit primário, o governo pode não cortar tanto. Em 2012, congelaram R$ 55 bilhões.

Sinal vermelho
A ministra Ideli Salvatti identificou quatro medidas provisórias que perderão a validade caso o presidente do Senado, Renan Calheiros (PMDB-AL), cumpra a exigência de que as MPs cheguem à Casa com sete dias de folga.

Solidariedade política
Em favor do senador boliviano Roger Pinto Molina, asilado na embaixada do Brasil em La Paz há quase um ano, o senador Álvaro Dias (PSDB-PR) protocola hoje petição na Organização dos Estados Americanos(OEA).

No Congresso, os mais experientes lamentavam a nova explosão do presidente do STF, Joaquim Barbosa, que criticou o Congresso e os partidos.

sábado, 18 de maio de 2013


Cobrança verde


Daqui a sete dias, o novo Código Florestal completa um ano. Mesmo críticos ao texto aprovado, os ambientalistas vão comemorar. Mas também vão cobrar do Ministério e das Secretarias Estaduais de Meio Ambiente. Ocorre que ainda não foi feito o cadastramento das 5,3 milhões de propriedades rurais nem os planos de recuperação ambiental das mesmas.

Garoto-propaganda

Depois da convenção nacional de hoje, Aécio Neves atuará como garoto-propaganda de sua própria candidatura. Na próxima terça-feira, começam as inserções partidárias do PSDB. Serão 40 comerciais, sendo dez deles no dia 21. Ao contrário do que faz normalmente nesses comerciais, onde o hábito era abrir espaço para diversos caciques tucanos, desta vez o foco será em Aécio. A avaliação é que é preciso torná-lo mais conhecido no país. O partido considera que o fato de ele ser menos conhecido que a ex-ministra Marina Silva explica o fato de ela aparecer na frente nas pesquisas. Ao estilo Lula, o tucano também deverá fazer “caravanas” pelo país.

“O governo enfrentou 20 votações nominais para aprovar a MP dos Portos. Ganhou as 20, sendo sete delas num clima de confronto entre o governo e o PMDB”
Ideli Salvatti

Ministra das Relações Institucionais

Morte súbita

Depois do sufoco para aprovar a MP dos Portos no último minuto, o governo corre o risco de ver três MPs “caducarem”. O presidente do Senado, Renan Calheiros (PMDB-AL), avisou que as MPs terão que chegar à Casa com folga de sete dias.



No comando

O deputado Sérgio Guerra (PE) está saindo da presidência do PSDB, mas não deixará de ser peça importante no comando partidário. Ele vai presidir o Instituto Teotônio Vilela, cujas tarefas são construir um programa de governo para a candidatura de Aécio Neves ao Planalto e fundamentar a crítica contra a gestão da presidente Dilma.

Transparência

O Ministério da Justiça vai colocar à disposição três novos aplicativos para defesa do consumidor, a serem implantados em smartphones e tablets. Eles vão revelar quais empresas lideram o ranking das reclamações.

A regra do jogo

As empresas de telefonia querem que seja colocada ordem na casa. Hoje, em cerca de 250 municípios, há legislação restritiva à colocação de antenas para melhorar o sinal. Em Natal, não pode haver antenas próximas a museus e teatros. A maioria proíbe antenas próximas a escolas, hospitais e clínicas. E, quando um estabelecimento de saúde se instala numa área, as antenas próximas têm que sair.

Copa da terceira idade

A Fifa já vendeu 23 mil ingressos meia-entrada, com desconto de 50%, para os idosos. O governo brasileiro pressionou a entidade a criar este tipo de ingresso.

O pacote

Em busca de apoios, há relatos que o governador Eduardo Campos (PE-PSB), ofereceu ao ex-ministro de Lula Altemir Gregolim, do PT, concorrer ao governo (SC). Contam que ofereceu o mesmo para seu vice, João Lyra (PDT-PE).


reencontro. A presidente Dilma Rousseff e o governador Eduardo Campos voltam a se encontrar na segunda-feira, no Porto de Suape (PE).

sexta-feira, 17 de maio de 2013


Na corda bamba
          A principal tarefa do senador Aécio Neves depois de se sagrar, no sábado, presidente do PSDB, será atrair o DEM para sua candidatura ao Planalto. O partido, que tem tempo de TV, vive momento de dispersão. Seus líderes estão fechando acordos regionais. Hoje, Aécio só tem dois dirigentes de peso ao seu lado: o presidente Agripino Maia (RN) e o vereador Cesar Maia (RJ).

O que fazer?
Enquanto os tucanos esnobam o vereador Cesar Maia, o vice-governador Luiz Fernando Pezão (PMDB) e o senador Lindbergh Farias (PT) cortejam o DEM. “Tenho conversado com o Rodrigo Maia. Quero eles perto da gente”, explica Pezão. O petista também tem procurado os Maia e seu trunfo é a experiência da aliança PT-DEM na gestão da prefeitura de Nova Iguaçu (RJ). Atual aliado da candidatura Aécio Neves ao Planalto, o DEM conversa com outras forças para não correr o risco de ficar isolado. Como os tucanos querem o apoio do PDT, eles podem ficar tentados a se dividir nos palanques de Cesar Maia e do deputado trabalhista Miro Teixeira.

A candidatura do PSB (Eduardo Campos) é irremovível. Estamos evitando acirrar ânimos. Temos que proteger nossos governadores

Roberto Amaral
Vice-presidente nacional do PSB

Sonho de consumo
O candidato do PSDB ao Planalto, Aécio Neves, tem procurado o governador Sérgio Cabral (RJ) para conversar. Aposta num racha entre PMDB e PT, caso se confirme o embate entre seu vice, Luiz Fernando Pezão, e o senador Lindbergh Farias.




Dominado
A oposição já sabia que o presidente do Senado, Renan Calheiros (PMDB-AL), atropelaria na MP dos Portos. Sua leitura, é que Renan sofre contestação na bancada do seu partido e tem uma imagem ruim na opinião pública. Neste contexto, ele não teria condições de se contrapor ao Planalto, pois se segura na boa relação com o governo.

Louça quebrada
Os senadores governistas iam à tribuna, ontem, dizer "sim" à MP dos Portos, mas depois, no cafezinho, reclamavam que o clima era de constrangimento e que essa seria a última vez que votariam uma MP goela abaixo.

O primeiro a saber
O presidente do PSD, Gilberto Kassab, foi gentil com o governador Eduardo Campos (PE) no encontro de anteontem, em Recife. Kassab foi informar, ao candidato do PSB ao Planalto, que seu partido está comprometido com a reeleição da presidente Dilma. O gesto, segundo dirigentes do partido, se deve ao fato do PSB ter contribuído na construção do PSD em vários estados.

Os novos socialistas
O governador Eduardo Campos desfilou em Santa Catarina ao lado do ex-presidente do DEM, Jorge Bornhausen, e do secretário Paulo Bornhausen (PSD), convidado a ingressar no PSB. Jorge já abriu o voto em favor de Campos.
Êxtase
Desde que o ex-deputado ACM Neto (DEM) afirmou, na tribuna, que daria “uma surra” no ex-presidente Lula que não se via nada igual. Ontem, Mário Couto (PSDB-PA), na tribuna do Senado, berrava: “Fora, Dilma! Fora, Dilma!”.

Ansiedade. Antes mesmo de abrir o painel de votação, a presidente Dilma ligou para felicitar o presidente do Senado, Renan Calheiros (PMDB).

quarta-feira, 15 de maio de 2013


Tiroteio no escuro
          Perplexidade na votação da MP dos Portos. O PT não colocou a cara para defender a proposta do Planalto. Seus líderes não atuaram em conjunto. O PMDB adotou posição própria. Seu líder, Eduardo Cunha (RJ), não bancou sozinho a emenda da discórdia. Outros dirigentes do partido lhe deram apoio velado. Mas, para o governo Dilma, o mais conveniente é demonizá-lo.

CUT x Força Sindical
As duas maiores centrais sindicais adotaram posturas diferentes no processo de votação da MP dos Portos. A Força, cujos sindicatos representam os estivadores dos portos de Santos (SP), Rio de Janeiro e Paranaguá (PR), defendeu que também nos portos privados seja adotado o modelo de contratação pelo Órgão Gestor de Mão de Obra (OGMO). A CUT lavou as mãos. Não é a primeira vez que ela adota essa linha. No primeiro governo Lula, a CUT só foi a campo contra a emenda 3, que legalizava os trabalhadores pessoa jurídica, depois que a Força fez barulho. Na bancada sindical, existe a convicção que a CUT só se movimenta para neutralizar a Força Sindical.

As obras nos estádios para a Copa são peças de marketing. As empresas brasileiras estão de olho é no Catar 2022

Aldo Rebelo
Ministro do Esporte, minimizando o temor de atraso nas obras dos estádios, manifestado pelo secretário-geral da Fifa, Jérôme Valcke


Sem acordo
Os lobistas das entidades sindicais esperam pelo pior na MP dos Portos. Avaliam que a presidente Dilma vai vetar tudo o que não estiver na proposta original. Inclusive o que tiver sido incluído no acordo firmado no Senado.

Transparência
O ministro Jorge Hage (CGU) faz amanhã balanço da primeiro aniversário da Lei de Acesso à Informação. Foram respondidos 95,8% dos pedidos de informação. E destes, 79,2% atendidos. A Superintendência de Seguros Privados (8.477), o INSS (7.407), a Petrobras (5.322) e o Banco Central (3.403) foram os mais demandados.


O favoritoO PSDB paulista fará o secretário-geral da Executiva do partido, na convenção de sábado. Por sua ligação com o governador Geraldo Alckmin, o deputado federal Emanuel Fernandes é apontado como provável ocupante da posição.

Uma pedra em cima da divisão
A expectativa dos aecistas é colocar um ponto final na divisão interna com a convenção do PSDB, no sábado. Acreditam que ficará claro para a opinião pública que o partido tem um líder e um candidato, não havendo espaço para a ambiguidade. Dizem que eleito o novo comando, os tucanos vão parar de olhar para o umbigo e se voltar para fora, à sociedade e aos aliados.

Definido relator da LDO
O PMDB ganhou a briga na Comissão de Orçamento (CMO) e o deputado Danilo Forte (PMDB-CE) será o relator da Lei de Diretrizes Orçamentárias de 2014. O PT bancou sua indicação a despeito de reivindicaçã do PR.

Orçamento impositivo
O novo relator, Danilo Forte, quer aprovar, na LDO, mecanismo que garanta a efetiva execução das emendas parlamentares. Em 2013, são R$ 8,9 bilhões em emendas individuais, com cota de R$ 15 milhões para cada deputado ou senador.


O presidente do PMDB, Valdir Raupp (RO), perdeu a votação que aprovou convite para Gilberto Carvalho depor na Comissão de Fiscalização.

terça-feira, 14 de maio de 2013

A coluna Panorama Político (14/05) do jornal O Globo (Ilimar Franco)


Desfalque

A única governadora do DEM, Rosalba Ciarlini (RN), se recusou a participar do programa nacional de TV do partido. Ele vai ao ar dia seis de junho e será acidamente crítico ao governo Dilma. Os marqueteiros do Democratas mandaram um texto por escrito sugerindo a fala que a governadora devia dizer para os telespectadores. Ela não gostou do que leu e pediu para ficar fora do programa.



Adeus às ilusões

Parlamentares experientes dizem que são “pueris” as ameaças do governo ao líder Eduardo Cunha (PMDB-RJ) por causa da MP dos Portos. Alegam que ele não está só e que há outros partidos aliados apoiando a emenda aglutinativa, notadamente o PSB e o PR. Quanto às ameaças de demissões, avaliam que seria um erro, pois aliados que hoje estão contra esta MP, amanhã estarão a favor de outra, e vice-versa. E se este modelo virar regra, o demite e nomeia não teria fim. Baseados na experiência dos governos Fernando Henrique e Lula explicam que, quando a oposição é frágil, os interesses conflitantes na sociedade se organizam no interior da própria base governista.



“Estar aqui não significa que venho à Câmara para dizer amém ao governo ou à Fiesp”



Beto Albuquerque

Líder do PSB (RS), sobre a mobilização para votar a MP dos Portos



A costura

Depois de não aparecer na reunião com a ministra Ideli Salvatti sobre a MP dos Portos, o líder do PMDB, Eduardo Cunha (RJ), reuniu-se à tarde com o vice Michel Temer e os ministros Gleisi Hoffmann e José Eduardo Cardozo.



Tipo exportação

O presidente da Itaipu Binacional, Jorge Samek, está na Guatemala, onde amanhã fará exposição sobre a experiência da relação do Brasil com o Paraguai na hidrelétrica. Autoridades da Guatemala e de El Salvador estarão presentes, pois eles vão construir usina similar na fronteira. A Guatemala também planeja construir usinas com o México.



Antecipando obras

A lista de encargos da Fifa, para a Copa, não inclui as obras de mobilidade urbana que estão sendo tocadas pelo governo. Os governos Lula e Dilma as incluíram para que elas pudessem ser feitas pelo Regime Diferenciado de Contratação.



Royalties para a Saúde

A bancada da Saúde avisou ao presidente da Câmara, Henrique Alves (PMDB-RN), que a proposta de destinar 100% dos royalties do petróleo para a Educação enfrentará resistência. Ela quer que 50% fiquem com a Saúde. Alegam que faltam verbas para o setor nos municípios. . "A Educação já tem uma fatia muito grande", argumenta o deputado Osmar Terra (PMDB-RS).



Dramalhão

As queixas de integrantes da base aliada com as reuniões da ministra Ideli Salvatti (Relações Institucionais) com prefeitos é minimizada pelo Planalto. Alegam que se reunir uma vez na vida, com prefeitos, não tira o papel de ninguém.



Estamos conversados

Sobre candidaturas ao governo no Rio, a direção nacional do PT diz que a cúpula do PMDB “não foi taxativa”, nas reuniões eleitorais, nem é cabível “ultimato”. O PT trabalha com o cenário de duas candidaturas, a do PMDB e a do PT.



PARA O GOVERNO, o vice de Loterias da Caixa, Fábio Cleto, é do líder Eduardo Cunha. Para o PMDB, é do presidente da Câmara, Henrique Alves.

domingo, 12 de maio de 2013



Choque de gestão
O futuro presidente do PSDB, Aécio Neves (MG), pretende inovar e modernizar a administração do partido. Isso implica em ampliar vagas na Executiva e descentralizar poderes e tarefas. Ele contratou o consultor Caio Marini (Instituto Publix) para esculpir esta reengenharia. Candidato ao Planalto, Aécio quer excluir da direção quem procura cargos honoríficos. Só quer quem trabalha.

Os rifados
Não há lugar na chapa do PT na Bahia para o vice da CEF, Geddel Vieira Lima. Nem há para o líder no Senado, Eunício Oliveira, na chapa do PT do Ceará e do governador Cid Gomes (PSB). No Rio, o PT rejeita a liderança do governador Sérgio Cabral. Por isso, eles se sentem excluídos do projeto de poder do PT. E advertem que não é fácil aprovar numa convenção do PMDB, sem seus votos, a manutenção da aliança. Lembram que em 1998, a despeito do poder do PSDB, não foi aprovado o apoio à reeleição do ex-presidente FH. E querem que o PMDB fale duro, como em 2010, diante de um presidente Lula que queria o senador Hélio Costa na vice da presidente Dilma.

Amigos meus estão fazendo muita intriga

Michel Temer
Vice-presidente da República e presidente do PMDB, sobre a tensão e a ansiedade no partido com a indefinição dos palanques regionais

Ciumeira
Os deputados aliados estão inquietos com a série de reuniões da ministra Ideli Salvatti (Relações Institucionais) com os prefeitos nos Estados. Reclamam que isso reduz sua interlocução com as bases e seu papel de porta-voz das boas novas.



O motivo
Interlocutor da presidente Dilma confirma que ela só avalizou a candidatura do embaixador Roberto Azevêdo, para a OMC, na última hora (28/12/2012). A explicação: “Dilma queria saber quem seriam os candidatos e avaliar se Azevêdo tinha chance. Não queria repetir a candidatura de Luiz Felipe Seixas Corrêa (foto) derrotada por Pascal Lamy” (2005).

Protecionismo para todos os gostos
Os europeus retomaram crítica ao protecionismo do Brasil após a derrota na OMC. Mas para o governo brasileiro, o resultado revelou que a maioria dos países estão alinhadas com a tese do Brasil sobre comércio internacional. Antes dos emergentes abrirem suas economias no setor de serviços, os europeus terão de abrir seus mercados agrícolas, fortemente subsidiado.

Fora do tom e do ritmo
Os petistas não param de criticar os partidos aliados, sobretudo o PMDB, no processo de votação da MP dos Portos. Diante do que ocorreu no Senado e na Câmara, o líder do PT no Senado, Wellington Dias (PI), sentencia: “Há alguns equipamentos desafinados nesta orquestra”.

O carimbo
Por conta das conversas para avaliar palanques estaduais para a sucessão presidencial do ano que vem, a presidente Dilma, o ex-presidente Lula, o ministro Aloizio Mercadante,e Rui Falcão, presidente do PT, estão sendo chamados no PMDB de “o quadrado mágico do PT”.

Identidade própria
O ex-presidente Lula aconselhou o presidente Nicolás Maduro (Venezuela) a conter seu ímpeto guerreiro. Sugeriu o diálogo “com quem ganhou e com quem perdeu as eleições”. E afirmou que ele não se firmaria só na sombra de Hugo Chàvez.

O governador Eduardo Campos (PSB-PE) retoma sua caminhada. Na quarta-feira, fará palestra na maior cidade de Santa Catarina, Joinville.

sábado, 11 de maio de 2013



Reação do Planalto
        A presidente Dilma rejeita a avaliação, de governistas, sobre sua responsabilidade no impasse na votação da MP dos Portos. Considera que virou moda culpar sua suposta “intransigência”. Na opinião do governo, a queda-de-braço decorre de “interesses contrariados” e porque integrantes da base aliada usam a complexidade do tema para “fazer beicinho”.

Não há inocentes
Negociadores do governo, e do parlamento, na votação da MP dos Portos dizem que o entrave decorre dos muitos interesses econômicos em jogo. E que não há conversa capaz de dissipar os conflitos. Há empresários, que têm outorgas nos portos públicos, que querem manter seu monopólio, e são contra que outros empresários possam investir na criação de portos privados. Governadores, como Eduardo Campos (PE), querem manter seu poder de licitar, no caso, no porto de Suape. E centrais sindicais, como a Força Sindical, que lutam para manter e estender o poder do Órgão Gestor de Mão de Obra (OGMO).


Estamos há um ano e meio das eleições. Ainda tem muito tempo para conversar sobre alianças e candidaturas nos Estados

Rui Falcão
Presidente do PT e deputado estadual (SP), falando das divergências entre o PT e o PMDB, principais partidos de sustentação ao governo Dilma


O caminho das pedras
O presidente da Câmara, Henrique Alves (PMDB-RN), desativou movimento em seu partido para esvaziar a votação da MP dos Portos segunda-feira. Seu argumento: cada um vote no que acredita, mas comparecem à sessão.


O eleito
A presidente Dilma não tem pressa em anunciar. Mas o procurador Rodrigo Janot foi escolhido para assumir a Procuradoria-Geral da República, quando Robeto Gurgel deixar o cargo. Dois fatores pesaram na definição: o fato de ser o primeiro da lista e o de não pertencer à ala do Ministério Público identificado como pró-Gurgel.


Aparando arestas
A maioria da bancada tucana apoia o deputado Bruno Araujo (PE) para a secretaria-geral do PSDB. Mas ele pode ser preterido. O futuro presidente, senador Aécio Neves (MG), não quer problemas com o governador Geraldo Alckimin.


Reaproximação
O senador Aécio Neves (PSDB-MG) está fazendo de tudo para unir os tucanos. Estes dias, chamou o senador Álvaro Dias (PR), que tem atuação independente no partido, para uma conversa. Os dois se estranharam no começo do ano, quando Dias deu declarações criticando o lançamento prematuro da candidatura de Aécio. Desde então, os dois praticamente não se falavam.


Lula entra em campo
Na conversa com o presidente Nicolás Maduro (Venezuela), o ex-presidente Lula pediu que este intercedesse pela libertação dos torcedores do Corinthians presos na Bolívia. Maduro vai ter um encontro, em breve, com o colega Evo Morales.


Jogando junto
Nas semanas que antecederam a eleição na OMC, o presidente do Banco Central, Alexandre Tombini, telefonou para a nata dos operadores de Wall Street e integrantes do governo americano. Seu objetivo suavizar a atuação dos EUA.


Os comunicadores do PSD deliram com a polêmica sobre Afif Domingos ser vice (SP) e ministro. Dizem que o PSD fica a cada dia mais conhecido.

sexta-feira, 10 de maio de 2013


 
O mandonismo
          Integrantes do governo avaliam que a intransigência da presidente Dilma é responsável pelas recentes derrotas no Congresso. Dizem que ela não gosta de ouvir nem de dialogar e considera que “só serve se for do jeito dela” e que o seu “é o único jeito certo”. A reação dos aliados é a rebelião, como nas votações da MP dos Portos, do Código Florestal e da unificação do ICMS.


Desarticulação no Congresso
No governo Dilma também há aqueles que criticam a atuação dos atuais líderes e defendem mudanças. O do Senado, Eduardo Braga (PMDB-AM), não conta com a boa vontade da cúpula do Senado nem do maior partido, o PMDB. O da Câmara, Arlindo Chinaglia (PT-SP), também não tem as graças da cúpula da Câmara e do comando da maior bancada, a do PT. O do Congresso, senador José Pimentel (PT-CE), é considerado “desatento” e diversionista. Eles contribuem para o desarranjo político, como ficou evidenciado na votação da MP dos Portos. Nela, não ocorreu um embate governo x oposição. O enfrentamento foi no interior da base aliada.


A votação da MP dos Portos é a mais melancólica fotografia do desgoverno que hoje impera no país. É a falta de controle da paquidérmica base (do governo)

Aécio Neves
Senador (MG) e candidato do PSDB à presidência da República


Estado de espírito
Ao chegar no Planalto para reunião com a presidente Dilma, o presidente da Câmara, Henrique Alves (PMDB-RN), a cumprimentou: "Tudo bem, presidenta?". E ouviu: "Não, né!, Henrique", brava por causa da MP dos Portos.


Barbaridade!
A gauchada do PMDB delirou, anteontem à noite no Jaburu, quando após seu discurso a presidente Dilma interpretou o “Canto Alegretense”. De autoria do poeta tradicionalista Antonio Augusto Fagundes, os versos mais conhecidos da música proclamam: “Ouve o canto gauchesco e brasileiro / Desta terra que amei desde guri”. E vai por aí.


À queima-roupa
O vice Michel Temer, segunda-feira, na reunião com o presidente do PT, Rui Falcão, foi taxativo: “O Pezão (PMDB) tem que ser o candidato único da presidente Dilma no Rio”. E completou: “O governador Sérgio Cabral é parceiro para valer”.


Caricatura bolivariana
Em atos oficiais da Venezuela, os chavistas no governo levantam nos discursos presidenciais para gritar "Venceremos!", bem alto, com um dos braços para cima. Na campanha do embaixador Roberto Azevêdo para a OMC, depois de noites viradas de trabalho, virou hit alguém levantar, com todos já sonolentos de madrugada, e gritar alto e com um braço esticado: "Venceremos!"


Falta de sintonia
No governo Dilma se fala muito na filiação, do ministro socialista Fernando Bezerra (Integração Nacional) no PT. Mas o PT pernambucano não quer acolher um adversário histórico. Os petistas prevêem que isso dizimaria o partido por lá.


Mais vices secretários
O caso Afif Domingos, vice de São Paulo e ministro, provocou um debate sobre o acúmulo de cargos pelos vices. O Rio já viveu isso. No primeira mandato de Sérgio Cabral, o vice Luiz Fernando Pezão foi secretário de Obras.


O ex-presidente Lula assistiu o discurso da presidente Dilma, ontem na posse de Afif Domingos, ao lado do ex-deputado petista Sigmaringa Seixas.

quinta-feira, 9 de maio de 2013



Começou assim
O governo Dilma vacilou muito antes de lançar a candidatura do embaixador Roberto Azevêdo para diretor-geral da OMC. A presidente Dilma, que foi decisiva para sua vitória, só bateu o martelo na última hora, em 28 de dezembro de 2012. Antes disso, havia muita desconfiança, dizia-se no governo que ele tinha fortes ligações com o ex-ministro de FH Luiz Felipe Lampreia.

Marina mostra as garras
Além de enfrentar a presidente Dilma, o PSDB tem um novo desafio pela frente na sucessão presidencia: encarnar a oposição. Os tucanos fizeram uma pesquisa nacional e o resultado acendeu a luz amarela. Marina Silva (Rede), com 31,7%, e Aécio Neves (PSDB), com 30,2%, estão em empate técnico no quesito “quem melhor representa oposição ao governo PT/Dilma”. Nela, a presidente Dilma aparece com 53% das intenções de voto, Marina Silva com 18%, Aécio Neves com 15% e Eduardo Campos com 6%. A pesquisa foi feita a pedido do novo marqueteiro dos tucanos, Renato Pereira, e foi aplicada pelo Instituto Ideia, que fez seis mil entrevistas.

Quem está contra nós, está contra o PSDB também. Eles que não se iludam

Paulo Bernardo
Ministro das Comunicações, sobre o potencial eleitoral da ex-ministra Marina Silva, candidata preferida dos eleitores que contestam a política tradicional

A OMC e os caças
A diplomacia brasileira repetia ontem “By By Rafale”. O mesmo valia para o “Gripen”. A ativa e agressiva campanha da França, Reino Unido e Suécia contra a candidatura do Brasil na OMC, deve pesar quando, finalmente, sair a compra de aviões caças para aparelhar as Forças Armadas.

A frente ampla
O governador Renato Casagrande (PSB-ES) está costurando para manter a aliança PSB-PT-PMDB na disputa pela reeleição. Para os aliados, tem dito que se manterá neutro no pleito presidencial caso Eduardo Campos se lance. Caberá aos partidos pedir votos para seus candidatos. O PSDB pode apoiá-lo. Luiz Paulo Vellozo Lucas foi acolhido no BANDES.

Os contribuintes agradecem
O deputado petista Vicente Cândido (SP) e o Sindifisco se uniram para coletar 1,5 milhão de assinaturas para apresentar projeto de iniciativa popular para corrigir a tabela do Imposto de Renda. A defasagem é de 55,86% pelo INPC.

Com o dedo na ferida
O cientista político Alberto Carlos Almeida, autor de “A Cabeça do Brasileiro”, criou uma página na rede social com o ousado objetivo de “mostrar que o Brasil é melhor do que dizem por aí e que os outros países não são tão bons quanto a maioria acha”. O título do primeiro texto: “Eleições no Canadá sob suspeita de financiamento fraudulento por empresas”.

Sobre protestos
Hoje os tucanos paulistas protestam porque Afif Domingos, é vice de Alckmin e será ministro de Dilma. Mas onde estavam no governo José Serra (2006-2010)? Seu vice, Alberto Goldman (PSDB), acumulou com a Secretaria de Desenvolvimento.

Mãozinha partidária
Integrantes da cúpula do PT paulista estão tentando empurrar os negócios do marqueteiro da casa, Vladimir Garreta, e sua empresa, a FX Comunicação. Pressionam, pela assinatura de contratos, candidatos e prefeitos do partido.

O Sindicato dos Nutricionistas de Santa Catarina enviou denúncia, ao MEC, de distribuição de alimentos em decomposição na merenda escolar.

quarta-feira, 8 de maio de 2013




O recado
O governo adotou discurso cor-de-rosa após a vitória do embaixador Roberto Azevêdo na OMC. Mas embaixadores brasileiros dizem que os emergentes impuseram uma derrota, que deve “marcar época”, à União Europeia e aos EUA. E que teria sido “uma derrota estratégica” caso vencesse Hermínio Blanco, que negociou a adesão do México ao Nafta e é alinhado aos interesses americanos.

Os bastidores da vitória
O Brasil contava com a vitória na OMC desde a eliminação da candidata da Indonésia, Mari Pangestu. O Itamaraty calcula uma vantagem de 30 manifestações de apoio. Além dos Brics (Brasil, África do Sul, China, Rússia e Índia), são computados os apoios da maioria dos africanos, países árabes e da América Latina. A posição da União Européia era esperada. Mas Portugal marcou pontos por ter sido aliado de primeira hora. Até mesmo a do Paraguai, por ter sido suspenso do Mercosul. Surpresa mesmo para a nossa diplomacia foi a Nicarágua “sandinista” se alinhar a um “Chicago Boys”. A vitória fortaleceu o ministro das Relações Exteriores, Antônio Patriota.

Esses europeus, hein?

Dilma Rousseff
Presidente da República, ao ser informada da vitória do embaixador Roberto Azevêdo na OMC e reagindo ao fato dos países ricos da Europa terem imposto o fechamento de questão aos aliados do Brasil naquele continente

O alvo agora é a OEA
Embaixadores das Américas foram recebidos para coquetel, anteontem, pelos ministros Antonio Patriota (Itamaraty) e Maria do Rosário (Direitos Humanos). O Brasil quer eleger Paulo Vanucchi à Comissão de Direitos Humanos da OEA.

Arapuca
O ministro José Eduardo Cardozo (Justiça) é quem trata dos temas indígenas no governo. Mas a Comissão de Agricultura da Câmara convocou a ministra Gleisi Hoffmann (Casa Civil) para falar hoje sobre a criação de uma Nação Guarani. Parece estranho, mas não é. Gleisi (PT) é candidata ao governo do Paraná, e o comando da Comissão é aliada do governador Beto Richa (PSDB).

Guerra na Comissão de Orçamento
O líder do PMDB, Eduardo Cunha (RJ), quer o deputado Danilo Forte (PMDB-CE) na relatoria da LDO 2014. O do PR, Anthony Garotinho (RJ), quer a função para Aelton Freitas (MG). Por causa da queda-de-braço a Comissão está paralizada.

Reconstituir os fatos
Ao tomar posse da presidência da Comissão da Verdade do Rio, o advogado Wadih Damous, anuncia hoje a criação do programa “Testemunhas da Verdade”. A ideia é coletar testemunhos de vítimas da tortura. O primeiro depoimento será da professora Dulci Pandolfi, pesquisadora da Fundação Getúlio Vargas, dia 23. Na ditadura militar, ela foi presa e usada como cobaia para o treinamento de torturadores.

Jurisprudência
Ser vice-governador e ocupar um cargo executivo não é novidade para Afif Domingos (PSD), novo ministro das Micros e Pequenas Empresas. No governo Alckmin, ele acumulou a vice com a Secretaria de Desenvolvimento Econômico.

Um dia depois do outro
O novo ministro Afif Domingos foi um dos articuladores de protesto contra o governo Lula, em 2005, no Centro de São Paulo. No ato, contrário ao mensalão e à corrupção, Afif distribuiu narizes de palhaço para a população.

O Itamaraty, enfim, abriu processo administrativo disciplinar, por assédio moral, contra o cônsul do

terça-feira, 7 de maio de 2013

Ilimar Franco 7.5.2013 1h00m
O convite
A presidente Dilma acertou previamente com o presidente do PSD, Gilberto Kassab, a condição em que Afif Domingos será ministro. Afif aceitou a tarefa em caráter pessoal e não partidária. Assim foi feito, porque sua direção quer esperar as eleições para saber quem dos seus têm peso político. O PSD fecha a semana com 12 Diretórios Regionais a favor da releição de Dilma.
Marina, a assombração
Entre tucanos e petistas já há quem preste mais atenção à candidatura Marina Silva, mesmo antes de seu partido, a Rede, virar realidade. O Instituto Paraná Pesquisas divulgou, no final de abril, pesquisa realizada no Estado, que ouviu 1.507 eleitores. Marina aparece em segundo lugar, com 15,86% das intenções de voto, na preferência de um dos eleitorados mais conservadores do país. A presidente Dilma lidera com 50,8%. O tucano Aécio Neves tem apenas 13,01%, enquanto o governador Beto Richa (PSDB) tem 40,61% e o senador Álvaro Dias (PSDB) tem 63,17%. A candidata do PT ao governo, ministra Gleisi Hoffmann (Casa Civil), tem 28,27%.
Democratizar a democracia é mais Joaquim Barbosa e menos Zé Dirceu

Slogan usado pelo Partido Rede
Partido de Marina Silva, na campanha por sua criação nas redes sociais
Quem é quem no PT
Questionado no twitter sobre seu domicílio eleitoral, o ministro Alexandre Padilha (Saúde) respondeu que está no Pará desde 2002. E que não pretende mudar isso tão cedo. "Estou calmo para não alimentar especulações", justificou.

SOS bolivariano
O presidente da Venezuela, Nicolás Maduro, vem pedir apoio à presidente Dilma. Maduro quer técnicos e financiamento para implantar as UPPs em Caracas. Quer especialistas em logística para garantir o abastecimento nos grandes centros urbanos. E o apoio da Embrapa para desenvolver a agroindústria local. Ele será recebido quinta-feira no Planalto.
É preciso dar um passo à frente
O ministro Moreira Franco (Aviação Civil) disse a empresários, ontem, em São Paulo, que é preciso sair da fase do planejamento, nas obras públicas, para a da execução. Segundo ele, a falta de qualificação das empresas vem atrasando obras.
Nação Guarani
A despeito do apoio da Funai e do Cimi, a criação da Nação Guarani nunca mereceu destaque nem revelância política. Mas o presidente da Comissão de Agricultura da Câmara, Fernando Giacobo (PR-PR), resolveu promover a reivindicação dos índios. Amanhã este será o tema em debate na Comissão. A referida Nação reivindica territórios no Brasil, Argentina, Paraguai e Bolívia.
A cantada
Os senadores Rodrigo Rollemberg (PSB-DF) e Lindbergh Farias (PT-RJ) se encontraram ontem no cafezinho do Senado. Após os cumprimentos, Rollemberg se saiu com essa. "Sabe que você é nosso sonho de consumo?". Lindbergh riu.
Sem medo de apagão
O ministro Edison Lobão (Minas e Eenergia) diz que não há razão para temer crise de energia. Justifica: a necessidade de expansão, até o final do ano, é de 4 mil megawates e que o governo entregará para o consumo 8.500 megawates.
O diretor-geral da PF, Leandro Daielo Coimbra, recusou sondagem para assumir também ao comando da Secretaria de Grandes Eventos.

domingo, 5 de maio de 2013





Com a pulga atrás da orelha          O comando da candidatura presidencial de Aécio Neves (PSDB) está ressabiada com o governador Eduardo Campos, nome do PSB ao Planalto. Acham estranho os furos do socialista. Eduardo não foi à Conferência do PPS, ao 1º de Maio da Força Sindical e à tradicional Expozebu. Segundo os tucanos, se quer ser candidato mesmo, o socialista “não pode fugir da realidade o tempo todo”.

Luta de poder no Judiciário
Além do ministro do STF, a presidente Dilma tem uma série de listas pendentes para escolher desembargadores dos TRFs, TSTs, TREs e, ainda, três vagas de ministros do STJ. Para o lugar de Teori Zavaski, promovido ao STF, disputam Ítalo Mendes, primo do ministro do Gilmar Mendes (STF), e Néfi Cordeiro, apoiado pelo presidente do STJ, Félix Fischer. Para a vaga de César Ásfor Rocha, concorrem Francisco Xavier Filho, com apoio do presidente da Câmara, Henrique Alves; e Mauro Renner, do governador Tarso Genro (RS). Para o lugar de Massami Uyeda, Paulo Dias Ribeiro tem o apoio do presidente do TJ de São Paulo, Ivan Sartori, e do empresariado paulista.


“Colocar em votação um projeto que criminaliza a ‘heterofobia’ é chamar os movimentos sociais de novo para a briga”
Chico Alencar
Deputado Federal (PSOL-RJ), sobre o viés provocador da pauta da Comissão de Direitos Humanos,anunciada pelo seu presidente Marco Feliciano (PSC-SP)

Colocando banca
O ex-ministro Marcio Thomaz Bastos (Justiça) se associou ao advogado Pierpaolo Bottini, defensor do Professor Luizinho no mensalão e já advogou para Gilberto Kassab e Fausto De Sanctis. Eles abriram um braço do escritório em Brasília.



Via crúcis
O ministro Luiz Fux, do STF, percorreu os gabinetes dos colegas nas últimas semanas para se explicar. Fez questão de falar de sua relação com o ex-chefe da Casa Civil José Dirceu, que contou que Fux tinha se comprometido a absolver os petistas no mensalão. E também sobre o julgamento de processos em que sua filha Marianna atuou como advogada.

Com o pé na estrada
A presidente Dilma decidiu sair do gabinete. Ela fez o triplo de viagens em abril, em comparação ao mesmo período do ano passado. A presidente fazia duas cerimônias no Planalto por semana, substituídas agora por palanques nos estados.

Nova batalha pelo Código Florestal
Dos 3.172 vetos que estão na fila para serem votados no Congresso, o presidente do Senado, Renan Calheiros (PMDB-AL), entendeu que 1.478 caducaram e que 1.649 estão pendentes de votação. Dentre eles, o Código Florestal e o Fator Previdenciário. Renan quer votar em bloco os não polêmicos e, na semana que vem, os partidos escolhem os que querem votar separadamente.

Baixa na AGU
O consultor-geral da União, Arnaldo Godoy, deve pedir demissão esta semana. A sindicância da AGU que apura seu envolvimento na Operação Porto Seguro vai pedir abertura de processo disciplinar. Godoy se antecipa à decisão.

No conchavo
Se tudo ocorrer como o combinado, o Movimento PT formaliza hoje seu apoio à reeleição de Rui Falcão (da Construindo um Novo Brasil) na presidência do PT. Mas a tendência quer mais espaço no Diretório Nacional e na Executiva.

Segundo o deputado Miro Teixeira (PDT-RJ) o Brasil vive um bipresidencialismo: “Dilma e Lula conversam a toda hora sobre como administrar o país”.

sábado, 4 de maio de 2013




Duas táticas
          As linhas mestras das campanhas do PT e do PSDB para as eleições presidenciais estão definidas. A dos petistas, é colar a presidente Dilma ao ex-presidente Lula e oferecer o pacote fechado dos feitos de 12 anos de governo. A dos tucanos, é fazer um corte e debater os resultados concretos dos quatro anos do governo Dilma, cujos indicadores são considerados piores que os de Lula.


A tática do medo está de volta?
Nos últimos dois meses, o PSDB vende a tese que o governo Dilma perdeu o controle da situação. Aécio Neves, candidato tucano, acusou: “O PT sempre foi permissivo com a inflação". O Instituto Teotônio Vilela proclamou “o aumento da possibilidade de faltar energia no país”. Em outro texto, o Instituto denuncia: “Antes superavitário, o comércio com os europeus passou para o vermelho”. O partido fez um seminário destinado a “recuperar a Petrobras” que segundo o ITV está no “fundo do poço”. Nas eleições de 2002, a atriz Regina Duarte, foi à TV alertar: “O Brasil corre o risco de perder toda a estabilidade. Outra coisa que dá medo é a volta da inflação desenfreada”.


“São impressionantes as mudanças na economia cubana, eles estão se abrindo mesmo”
José Guimarães
Líder do PT na Câmara (CE), ao retornar de reunião do Fórum de São Paulo, dias 29 e 30 de abril, em Havana

Sem vínculo empregatício
O relator da regulamentação da PEC das Domésticas, senador Romero Jucá (PMDB-RR), vai deixar expresso no texto que diarista até duas vezes por semana não tem direito a vínculo, mesmo que trabalhe na mesma casa há décadas.



Dura na queda
Apelidada pelos colegas da PF de Helô (personagem da novela Salve Jorge), Andréa Pinho, que investiga a eventual participação do ex-presidente Lula no escândalo do "mensalão", tem dito aos mais próximos que não tem medo de pressões e que não tornará seu trabalho público enquanto não der por fim a investigação. Ela quer distância dos holofotes.


Reforço na imagem
Convidado pelo presidente da Comissão de Segurança da Câmara, Otávio Leite (PSDB-RJ), ontem mesmo o secretário de Segurança do Rio, José Mariano Beltrame, concordou em falar sobre UPPs, terça-feira, na Câmara dos Deputados.


Mudou de lado
O ex-presidente Lula e dona Marisa Letícia estão de férias, hospedados na fazenda de Jonas Barcelos, conhecido como rei do gado, em Uberaba. Virou convidado de honra do almoço em que Barcelos recebeu empresários e produtores de todo o país na Expozebu. Em passado recente, Barcelos costumava festejar os amigos de seu ex-sócio Jorge Bornhausen.


Afinando o discurso
Os partidos de esquerda das Américas, que participaram do Fórum de São Paulo, em Cuba, aprovaram declaração de apoio “às eleições democráticas na Venezuela”. Consideram que é preciso “fortalecer os governos populares”.


No limite
Na passagem por Uberaba, na Expozebu, o presidente do PSD, Gilberto Kassab, conversou com os tucanos sobre uma aliança para o governo estadual. Mas deixou claro que no pleito nacional o partido está fechado com a presidente Dilma.


O Ministério Público decidiu atuar para inviabilizar a comissão criada na Câmara para chegar a um acordo na PEC 37. A posição é não votar nada.

sexta-feira, 3 de maio de 2013


 
Derrota à vista

          A cúpula do PMDB no Senado relatou à presidente Dilma, ontem de manhã, que há dificuldades para votar a MP dos Portos. Disseram que na base aliada existe muito descontentamento com o governo. E que o clima piorou com a posição do Planalto de não ceder nas negociações e antecipar vetos. Por isso, o Executivo já trabalha com um plano B: enviar projeto de lei sobre o tema.
O palanque paulista
O debate sobre a candidatura do PT ao governo de São Paulo se intensifica. A presidente Dilma precisa de um candidato forte no Estado. O favorito para assumir a tarefa continua sendo o prefeito Luiz Marinho (São Bernardo do Campo), que tem como padrinho o ex-presidente Lula. Sobre referências ao nome do ministro José Eduardo Cardozo (Justiça), os petistas contam que além de não ter a simpatia de Lula, enfrenta resistências na base do partido. O ministro Alexandre Padilha (Saúde) também citado, é eleitor no Pará, e não pretende mudar seu domicílio eleitoral sem que exista uma decisão do partido em São Paulo pela sua candidatura.

“Depois que o Kassab disse que o PSD não quer Ministério para apoiar o governo Dilma, não sei se é conveniente que o Afif Domingos aceite um cargo”

Saulo Queiroz
Secretário-geral do PSD
Novo comando
O delegado José Alberto Iegas, que era superintendente no Paraná, será o novo diretor de Inteligência da Polícia Federal. Ele assume no lugar de Maurício Valeixo, que foi promovido a adido da PF nos Estados Unidos.
Saia justa
Dias antes da presidente Dilma ir a Petrópolis (RJ), em 25 de março, para missa em memória das vítimas das chuvas, assessores do Planalto estiveram com o bispo Dom Gregório Paixão. Eles queriam uma cópia do sermão que ele faria na cerimônia. Surpreso, Dom Gregório disse que não poderia atendê-los, pois nunca escreve suas homilias.
Só serve para vice
A eventual candidatura do secretário de Segurança, José Mariano Beltrame, ao governo do Rio, enfrenta resistências no PMDB. Lideranças do partido interpretam seus movimentos recentes como uma tentativa de furar a fila.
Sem lenço e sem documento
A PF fez uma recomendação ao Vaticano: que não esqueça os documentos do Papa Francisco em sua vinda ao Brasil para a Jornada da Juventude. Na última visita de um papa ao país, o Papa Bento 16, em 2007, esqueceu o passaporte. Como seria um absurdo barrá-lo, a PF o liberou. Já o Papa Francisco, por ser argentino, para entrar no país, basta apresentar sua carteira de identidade.
Maduro vem aí
O presidente da Venezuela, Nicolás Maduro, deverá vir ao Brasil na próxima quinta-feira. Ele fará um giro pelos países da região e pediu à sua assessoria para tentar viabilizar uma agenda com a presidente Dilma.
Ponto final
A ministra Gleisi Hoffmann (Casa Civil), liga para explicar: “Bernardo Figueiredo é o coordenador do Programa de Investimentos em Logística. A Casa Civil monitora e cobra resultados. E continuará monitorando e cobrando”.
A próxima reunião dos Brics, no ano que vem, será em Fortaleza (CE). A escolha é da presidente Dilma, que assumirá a presidência do bloco em 2014.

Pesquisa coloca Marta na dianteira da corrida eleitoral por São Paulo

2/5/2013 12:41
Por Redação - de São Paulo

Marta Suplicy
Marta Suplicy não conseguiu levar adiante processo contra revista de ultradireita
Em pesquisa realizada no Instituto Datafolha e divulgada nesta quinta-feira, a ministra do Turismo, Marta Suplicy, foi eleita a melhor prefeita de São Paulo nos últimos 30 anos, por um em cada quatro moradores da cidade. A pesquisa ouviu 1.120 paulistanos na quinta e na sexta-feira da semana passada.
A líder petista administrou a capital paulista de 2001 a 2004 e deixou como marca programas como o Bilhete Único e dos CEUs (escolas com atividades extras em tempo integral). Entre os entrevistados, 28% disseram ter preferência pelo PT. Dos que escolheram Marta, o índice é de 47%.
Os tucanos Mário Covas (1983 a 1985) e José Serra (2005 e 2006) aparecem em segundo lugar na preferência dos paulistanos, de 16% e 15% dos entrevistados, respectivamente. Na avaliação dos piores prefeitos, 27% apontaram Celso Pitta, eleito pelo extinto PPB.
Paulo Maluf (PP) é apontado como melhor prefeito por 12%, o que o coloca na quarta posição. No ranking dos piores, porém, ele ocupa a segunda colocação – 23% dos entrevistados o escolheram, atrás apenas de seu sucessor.
O terceiro entre os piores, para 18%, foi Gilberto Kassab (PSD), que chegou à prefeitura como vice de Serra. Enquanto 7% dos entrevistados disseram que nenhum deles pode ser considerado o melhor prefeito, apenas 1% deixou de escolher o pior.
Novo quadro
Diante da pesquisa, que surpreendeu a direção petista, o ex-presidente Lula passa a contar com mais um elemento de peso na escolha que irá fazer, no próximo ano, sobre quem será o candidato do PT ao governo de São Paulo. Se ele não concorrer ao cargo, o que é uma possibilidade concreta, Lula agora tem mais um petista de fôlego com quem contar na corrida eleitoral. Além da ministra da Cultura, o partido tem ainda o ministro da Saúde, Alexandre Padilha, e o ministro da Fazenda, Guido Mantega, entre outros possíveis candidatos ao Palácio dos Bandeirantes.
Dentro do PT, a ministra da Cultura terá de passar pelo crivo de Lula para reconquistar a preferência partidária. Ela foi preterida em 2010, quando lançou sua candidatura a prefeita, pelo então ministro da Educação, Fernando Haddad. Lula ordenou que Haddad fosse o candidato, o partido atendeu e Haddad, por fim, venceu a eleição. Resignada, Marta renunciou à disputa interna no meio do caminho. O mesmo processo deverá ocorrer sobre a escolha do candidato petista a governador. Lula terá o baralho inteiro nas mãos e baixará a carta que desejar. Deste jogo fazem parte o atual prefeito de São Bernardo, Luiz Marinho, o ministro da Saúde, Alexandre Padilha, e o ministro da Fazenda, Guido Mantega, além da própria Marta.
Descartou-se, de própria voz, o ministro da Educação, Aloizio Mercadante, que avisou que não quer ser candidato para mergulhar em suas tarefas no governo federal. Ontem, 1º de maio, em rede nacional de tevê, a presidente Dilma anunciou que o foco de seu governo, nesta última quadra de primeiro mandato, será feito na Educação. Mercadante, portanto, está fora da disputa por São Paulo.
Pequeno perfil
Luiz Marinho, compadre de Lula, quer muito ser o escolhido para disputar o governo paulista. Trabalha para isso, com uma administração operosa em São Bernardo do Campo. Apesar da experiência administrativa que vai acumulado, ele ainda terá de ser apresentado para a grande maioria do eleitorado, uma vez que não figura como candidato viável, hoje, nas pesquisas de intenção de voto feitas pelo partido. Isso não impediu Lula, dois anos atrás, de escolher Haddad, que vivia a mesma situação, mas talvez ele reflita, pelo dito popular, que um raio não cai duas vezes no mesmo lugar. A ver.
O ministro Alexandre Padilha tem trânsito livre na máquina partidária, mas transferiu seu domicílio eleitoral para o Pará em razão de missões petistas. Ainda não o trouxe de volta. Evitou fazer isso em 2010 para não ser confundido como postulante ao cargo de prefeito de São Paulo, que estava reservado a Haddad. Padilha tem a preferência pessoal de Lula, mas carrega um contra-peso: a área da Saúde é que tem a pior avaliação popular no governo Dilma. É uma missão impossível corrigir essa percepção nos 17 meses que faltam para a eleição. Pode ser, por isso, que Lula tire o pé dessa candidatura.
A prosseguir a situação de crescimento abaixo das expectativas do PIB, o ministro da Fazenda, Guido Mantega, terá dificuldades em deixar o cargo para concorrer a governador. Mas ele é sim uma alternativa com que Lula trabalha para concorrer ao governo do Estado mais industrializado do País. O perfil de capitão de uma economia que gerou 19 milhões de empregos é, de fato, adequado para tentar empolgar as elites e as bases do eleitorado paulista, mas Mantega ainda depende de haver crescimento robusto nos próximos meses para ter segurança suficiente em trocar o posto de chefe de política econômica pelo de candidato em São Paulo.
Marta, por sua vez, vive seu melhor momento. Ela reagiu com a disciplina esperada à carona que lhe aplicada por Lula, ao preferir Haddad em lugar dela, que era a líder disparada nas pesquisas para a prefeitura da capital em 2010. Ao assumir, como espécie de prêmio de consolação, o Ministério da Cultura, ela não se acomodou. Ao contrário. Marta dinamizou a pasta, que sofria um turbilhão de críticas na gestão da antecessora Ana de Holanda. Ao criar o Vale Cultura, a nova ministra inovou num tema caro ao PT – o do subsídio direto contra a pobreza –, acrescentando renda no bolso do público e, assim, agradando a influente classe artística. Uma das confidentes da presidente Dilma, Marta voltou a se aproximar do ex-presidente Lula, com quem nunca rompeu.
Ambos têm conversado com frequência. O comportamento de Marta na campanha de Haddad, carregando o candidato por seus redutos eleitorais na periferia, foi considerado fundamental pelo partido para a vitória do atual prefeito. A ministra, ainda, talvez seja, na elite petista, a mais próxima e querida da população mais pobre. Com grandes redutos consolidados na populosa periferia da capital, Marta é vista como espécie de superstar nas cidades do interior. Fazer uma campanha dinâmica, alegre e desenvolvimentista já seria fácil para o PT com ela como candidata. Agora, com o título para Marta de melhor prefeita de São Paulo nos últimos 30 anos, ficou mais fácil ainda.