terça-feira, 30 de abril de 2013




A polêmica
          Os presidentes do Senado, Renan Calheiros (PMDB-AL), e da Câmara, Henrique Alves (PMDB-RN), colocaram nas mãos do ministro Gilmar Mendes (STF) a resposta ao dilema: Quem tem direito ao tempo de TV? Os partidos ou cada deputado?. E alertaram: se o STF permitir que aqueles que mudarem levem seu tempo de TV, cada um dos 513 deputados será um potencial partido.

FH cobra retribuição
Os tucanos relatam que foi dura, e franca, a última conversa entre o ex-presidente Fernando Henrique Cardoso e o ex-governador José Serra. Na mesa, o apoio à candidatura do senador Aécio Neves à presidência e a eventual saída de Serra do PSDB. Contam que FH disse a Serra que o partido "fez tudo a vida toda" por ele. Destacando que ele concorreu ao que quis, na hora que quis e teve o apoio de todos os tucanos. Lembrou as campanhas a presidente, Senado, governador e prefeito. Mas agora, completou FH, está na hora de Serra fazer uma reflexão e ceder, apoiando Aécio Neves a presidente e colocando de uma vez por todas um fim nas disputas internas.
Vamos definir o palanque da presidente Dilma e depois resolver as pendências regionais

Rui Falcão
Presidente nacional do PT, sobre as reuniões de cúpula entre o PT e o PMDB

Questão fechada
A presidente Dilma avisou aos ministros que não aceita em hipótese alguma projetos que mudem o Estatuto da Criança e do Adolescente ou que reduzam a maioridade penal, como quer o PSDB. A ordem à base aliada é rejeitar as propostas no Congresso. E, se forem aprovadas, Dilma vai vetar.


Eles sabem tudo
Há 11 brasileiros na lista dos 500 mais poderosos da revista Foreign Policy: a presidente Dilma; os ministros Antonio Patriota, Celso Amorim e Guido Mantega; Alexandre Tombini (BC); Maria das Graças Foster (Petrobras); Ricardo Paes de Barros (SAE); Joseph Safra; Fernando Haddad; Wagner Freitas (CUT); e o deputado Sérgio Guerra (foto).

A conversão
Os tucanos se divertiram ao ouvir o governador Jaques Wagner (BA), no Fórum de Comandatuba, defender a gestão da iniciativa privada de equipamentos públicas (como a Fonte Nova). Proclamaram: “Bem-vindo à social-democracia”.


Reviravolta na reta final
A ministra Gleisi Hoffmann (Casa Civil) está surpresa com a reação, de membros da Secretaria Nacional Antidrogas (Justiça), diante da proposta de parceria com as comunidades terapêuticas para tratamento de dependentes químicos. Ocorre que ela foi incluída no projeto de lei porque a secretária anterior, Paulina Duarte, convenceu o governo da correção da medida.

Reação da vizinhança
Moradores da quadra 706 Sul, em Brasília, estão denunciando o governo local por ter alugado uma casa por R$ 19,5 mil. No imóvel, a Secretaria da Saúde pretende instalar um Centro de Acolhimento e Combate ao Crac e ao álcool.

Atendimento aos turistas
O ministro Moreira Franco (SAC) foi cobrado pela governadora Roseana Sarney (MA) para licitar os serviços terceirizados para dotar o aeroporto de São Luís dos serviços de: farmácia, restaurante, banca de jornal, lanchonete e loja de artesanato.

O ministro Antonio Patriota (Itamaraty) pediu votos a favor de Roberto Azevêdo, para a OMC, para cerca de 100 chanceleres. A decisão sai dia 8 de maio.

segunda-feira, 29 de abril de 2013





Em rota de colisão
          Criada para coordenar o Programa de Investimentos em Logística, a estatal EPL perdeu a função. A ministra Gleisi Hoffmann (Casa Civil) entregou o projeto, de R$ 212 bilhões de investimentos em rodovias, ferrovias, portos e aeroportos, ao subchefe de Monitoramento da Casa Civil, Antonio Padilha. Dilma escolheu a dedo para a tarefa o presidente da EPL, Bernardo Figueiredo.
O PT quer PSB fora
Convencidos de que Eduardo Campos será candidato a presidente, dirigentes do PT querem precipitar a saída do PSB do governo. Esse desejo já teria sido informado à presidente Dilma pelos ministros Fernando Pimentel (Desenvolvimento) e Aloizio Mercadante (Educação). O ministro Fernando Bezerra (Integração), que caiu nas graças da presidente, já teria admitido sair do PSB em conversa com a ministra Ideli Salvatti (Relações Institucionais). Os petistas também estão inconformados com a ação dos líderes socialistas, o deputado Beto Albuquerque (RS) e o senador Rodrigo Rollemberg (DF), contra a MP dos Portos e ao projeto que dificulta a criação de novos partidos. Avaliam que foi “deslealdade” o tom do programa de TV do PSB na quinta-feira.
Ele bate e depois se faz de vítima. O Eduardo Campos está maltratando a presidente Dilma

José Guimarães
Líder do PT na Câmara dos Deputados (CE)
Não tem volta
No encontro com a Frente Nacional de Prefeitos, a presidente Dilma foi enfática na defesa da importação de médicos da Espanha e de Portugal. Sobre a resistência dos sindicatos, disse que “é uma briga que vale a pena ser enfrentada”.

Na barganha
O presidente do PSD, Gilberto Kassab, garantiu apoio à reeleição da presidente Dilma sem ganhar ministérios esse ano, mas prepara o pacote de pedidos para 2014. Para integrar a coligação petista, Kassab quer o apoio do PT para candidatos do PSD ao governo em quatro estados: Bahia, Santa Catarina, Amazonas e Rio Grande do Norte.
Ressabiado
Candidato ao governo da Bahia, o deputado Geddel Vieira Lima (PMDB), está disposto a abrir seu palanque para o candidato do PSB, Eduardo Campos. Explica: “Tô sempre pronto a cometer erros novos. Palanque duplo nunca mais”.
Prestando serviço
Há uma corrida no Senado entre os governistas. A razão: as duas vagas de ministro do TCU que serão abertas com a aposentadoria, em 2014, dos ministros Valmir Campelo e José Jorge, ambos do ex-PFL. Um dos mais notórios candidatos é o líder do PTB no Senado, Gim Argello (DF). Não é por acaso que ele é um radical defensor do projeto que dificulta a criação de novos partidos.
Conserta aí!
Na finalíssima pela indicação a diretor-geral da OMC, o embaixador brasileiro Roberto Azevêdo tem viajado o mundo num jatinho da FAB que não para de dar pane. Ele ficou empenhado nas últimas semanas no Caribe e na África.
Vai piorar
O presidente da Comissão de Direitos Humanos da Câmara, Marco Feliciano (PSC-SP), vai colocar mais lenha na fogueira. Ele pretende agilizar a votação de projeto que estabelece um plebiscito para decidir sobre a união homoafetiva.
O presidente do Senado, Renan Calheiros , quem diria, virou ídolo da equipe econômica do governo pela decisão de não promulgar a PEC dos TRFs.

domingo, 28 de abril de 2013


Em rota de colisão
          Criada para coordenar o Programa de Investimentos em Logística, a estatal EPL perdeu a função. A ministra Gleisi Hoffmann (Casa Civil) entregou o projeto, de R$ 212 bilhões de investimentos em rodovias, ferrovias, portos e aeroportos, ao subchefe de Monitoramento da Casa Civil, Antonio Padilha. Dilma escolheu a dedo para a tarefa o presidente da EPL, Bernardo Figueiredo.
O PT quer PSB fora
Convencidos de que Eduardo Campos será candidato a presidente, dirigentes do PT querem precipitar a saída do PSB do governo. Esse desejo já teria sido informado à presidente Dilma pelos ministros Fernando Pimentel (Desenvolvimento) e Aloizio Mercadante (Educação). O ministro Fernando Bezerra (Integração), que caiu nas graças da presidente, já teria admitido sair do PSB em conversa com a ministra Ideli Salvatti (Relações Institucionais). Os petistas também estão inconformados com a ação dos líderes socialistas, o deputado Beto Albuquerque (RS) e o senador Rodrigo Rollemberg (DF), contra a MP dos Portos e ao projeto que dificulta a criação de novos partidos. Avaliam que foi “deslealdade” o tom do programa de TV do PSB na quinta-feira.
Ele bate e depois se faz de vítima. O Eduardo Campos está maltratando a presidente Dilma

José Guimarães
Líder do PT na Câmara dos Deputados (CE)
Não tem volta
No encontro com a Frente Nacional de Prefeitos, a presidente Dilma foi enfática na defesa da importação de médicos da Espanha e de Portugal. Sobre a resistência dos sindicatos, disse que “é uma briga que vale a pena ser enfrentada”.

Na barganha
O presidente do PSD, Gilberto Kassab, garantiu apoio à reeleição da presidente Dilma sem ganhar ministérios esse ano, mas prepara o pacote de pedidos para 2014. Para integrar a coligação petista, Kassab quer o apoio do PT para candidatos do PSD ao governo em quatro estados: Bahia, Santa Catarina, Amazonas e Rio Grande do Norte.
Ressabiado
Candidato ao governo da Bahia, o deputado Geddel Vieira Lima (PMDB), está disposto a abrir seu palanque para o candidato do PSB, Eduardo Campos. Explica: “Tô sempre pronto a cometer erros novos. Palanque duplo nunca mais”.
Prestando serviço
Há uma corrida no Senado entre os governistas. A razão: as duas vagas de ministro do TCU que serão abertas com a aposentadoria, em 2014, dos ministros Valmir Campelo e José Jorge, ambos do ex-PFL. Um dos mais notórios candidatos é o líder do PTB no Senado, Gim Argello (DF). Não é por acaso que ele é um radical defensor do projeto que dificulta a criação de novos partidos.
Conserta aí!
Na finalíssima pela indicação a diretor-geral da OMC, o embaixador brasileiro Roberto Azevêdo tem viajado o mundo num jatinho da FAB que não para de dar pane. Ele ficou empenhado nas últimas semanas no Caribe e na África.
Vai piorar
O presidente da Comissão de Direitos Humanos da Câmara, Marco Feliciano (PSC-SP), vai colocar mais lenha na fogueira. Ele pretende agilizar a votação de projeto que estabelece um plebiscito para decidir sobre a união homoafetiva.
O presidente do Senado, Renan Calheiros , quem diria, virou ídolo da equipe econômica do governo pela decisão de não promulgar a PEC dos TRFs.

sábado, 27 de abril de 2013


Barbeiragem
          A Fazenda está criando problemas para o governo no Senado. A equipe do ministro Guido Mantega escalou o ex-líder Romero Jucá (PMDB-RR) como interlocutor. Alijado, o líder do PMDB, Eunício Oliveira (CE), está irritado. O Planalto detectou que este foi um dos motivos do quórum baixo no Senado e que atrapalhou a votação do projeto com restrições aos novos partidos.

Um dia depois do outro
No debate da reforma da legislação partidária e eleitoral a história se repete, só mudam os papéis. Hoje, no governo Dilma, o PT, em nome de defender “o fortalecimento dos partidos”, quer deixar sem Fundo Partidário e sem tempo de TV os novos partidos. O PSDB acusa: “é um atentado à democracia”. Mas nem sempre foi assim. Em 1999, no governo Fernando Henrique, o então líder do PSDB no Senado, Sérgio Machado (hoje presidente da Transpetro), liderou a aprovação da cláusula de barreira, que segundo o cientista político Jairo Nicolau, deixaria fora do Congresso 11 dos 18 partidos com deputados eleitos, mas que não atingiram 5% dos votos para a Câmara.

Mudança de lado no balcão
Os petistas protestam contra a liminar do STF que suspendeu a votação do projeto que restringe a criação de novos partidos. Mas em 1996, no governo FH, aplaudiram liminar do STF que suspendeu a votação da PEC da Previdência.


Rapaz, o jogo ainda nem começou e o Aécio (Neves) já quer me passar a tarefa dele

Eduardo Campos
Governador (PE) e candidato a presidente (PSB), reagindo à declaração (”Bem-vindo à oposição!") do candidato do PSDB ao Planalto, senador Aécio Neves (MG), sobre o programa deTV do PSB


Repórter por 1 dia
Em conversa informal, ontem no Copacabana Palace, o deputado Otávio Leite (PSDB-RJ) pergunta: “Por onde você entrou na política?”. O astro Arnold Schwarzenegger responde: “Pela direita , mas hoje sou uma pessoa de centro”. Schwarzenegger, que foi governador da Califórnia pelos Republicanos, está no Brasil para um evento de fisiculturismo.


Em busca de um lugar ao sol
O ex-diretor-geral do Dnit, Luiz Antonio Pagot, nomeado pelo PR e demitido durante a faxina promovida pela presidente Dilma nos Transportes, vai se filiar ao PTB na segunda-feira. Ele pretende ser candidato a deputado federal.


Cidade maravilhosa
O sambista Martinho da Vila gravou esta semana uma versão inédita da música hino carioca “Cidade Maravilhosa” para a festa de hoje no Maracanã com a presidente Dilma e os operários que trabalham na reforma do estádio. Os arranjos foram criados pelo maestro Guto Graça Mello. Martinho cantará para a presidente e a presenteará com um CD.


Deu ‘ibope’
O décimo assunto mais falado no Twitter, na noite da última quinta-feira, foi o programa na TV em que o PSB desfila um rosário de críticas ao governo Dilma. Os estrategistas de Eduardo Campos comemoram a “repercussão estrondosa”.


Para bom entendedor
Dezoito dias depois de conceder entrevista dizendo que esperava por aval da presidente Dilma para concorrer ao governo de São Paulo, o ministro Aloizio Mercadante declarou ontem que não será candidato. Pelo visto, foi vetado.


A direção da REDE, partido de Marina Silva, só vai tratar da política de alianças e de sua candidatura ao Planalto depois de obter o registro no TSE.

sexta-feira, 26 de abril de 2013



PMDB peita Planalto
          A reação do governo Dilma não abalou a determinação do presidente da Câmara, Henrique Alves (RN), e do PMDB, em aprovar a execução obrigatória das emendas parlamentares. “Nós vamos aprovar”, diz Alves. O líder do partido, Eduardo Cunha (PMDB-RJ), acrescenta: “Um governo democrático não deveria usar as emendas parlamentares para barganha política”.
Uma batalha secular
Os petistas tentam associar a adoção do chamado ‘Orçamento Impositivo’ à rebeldia do PMDB. Ou a uma tentativa de pressionar o governo Dilma. A bancada do PT tentou impedir a instalação da comissão e ameaçou não indicar representantes para debater a emenda constitucional. “Esse não é um problema desse governo, é de todos, dos passados e dos futuros”, afirma Henrique Alves. Essa luta vem de longe. Ela começou a ser travada na Inglaterra. Em 1215, reagindo ao absolutismo real, o Conselho Comum obteve o direito de instituir “tributos e auxílios”. A ampliação dos poderes do Legislativo ganhou impulso com as revoluções Americana (1776) e Francesa (1789).
Como assim? O Aécio está propondo a prorrogação do seu mandato de Senador?

Paulo Bernardo
Ministro das Comunicações, reagindo com ironia à proposta de acabar com a reeleição, definindo o mandato do próximo presidente em 5 anos e ampliando em um ano os mandatos dos parlamentares para que no futuro as eleições sejam coincidentes.
Jogo de paciência
A presidente Dilma vai deixar de molho os candidatos à vaga de Roberto Gurgel, na PGR. Ele se aposenta apenas em agosto. Até lá, os integrantes da lista tríplice do Ministério Público terão muito tempo para percorrer gabinetes.

Pé no freio
A avaliação no Congresso é que o ministro Gilmar Mendes (STF), deu liminar suspendendo a tramitação do projeto que prejudica os novos partidos em resposta à CCJ da Câmara, que admitiu proposta que dá ao Congresso o poder de revisar decisões do Supremo. Por isso, os presidentes do Senado e da Câmara foram comedidos na reação.

O critério
Além do respeito nos meios jurídicos, idoneidade e serenidade, a presidente Dilma procura um ministro do Supremo que não se encante com as luzes da ribalta. Segundo um ministro, trata-se de “um atributo muito raro nos tempos atuais”.

Babado
No calor do debate no Senado, na noite de quarta-feira, o senador Rodrigo Rollemberg (PSB-DF) ouviu uns desaforos do governador Cid Gomes (PSB-CE). Quando viu Cid nas galerias, Rollemberg foi até lá cumprimentá-lo. Foi recebido assim: “Você foi escalado pelo Eduardo para me atacar!”. Com a mão estendida, Rodrigo balbuciou: “Não é nada disso”. E saiu de fininho.
Disputando as sobras
Reação no PMDB ao discurso do PSB, de que ele e o PT tem tudo no governo e os socialistas as sobras. Diz o deputado Lúcio Vieira Lima (PMDB-BA): “O PSB pode mais. Nós queríamos uma sobra como a do Ministério da Integração”.
No mundo da bola
O Secretário de Aviação Civil, ministro Moreira Franco, anuncia hoje em Vitória a retomada das obras de ampliação de seu aeroporto. O governador Renato Casagrande trabalha para que a cidade seja uma das subsedes da Copa.
Partidos da base aliada decidiram deixar a MP dos Portos caducar. Avaliam que a MP, que mudas as concessões nos portos, é ruim para os Estados.

quinta-feira, 25 de abril de 2013


Reviravolta no PMDB gaúcho
          Aliado histórico do PSDB, o PMDB gaúcho caminha para apoiar a presidente Dilma. Ex-ministro no governo Fernando Henrique, o deputado Eliseu Padilha diz que “não há justificativa para não apoiar o vice Michel Temer”. Em maio, os 135 prefeitos do Sul vão jantar com Temer no Jaburu. Pelo acordo, em negociação, PMDB e PT terão candidatos ao governo e ambos pedirão votos para Dilma.
Troco no PSD prejudica Marina
Os governistas estão votando no Senado um projeto que dificulta a criação de novos partidos, como o Rede de Marina Silva. Mas uma emenda apresentada pelo líder do DEM, Ronaldo Caiado (GO), e apoiada na Câmara pelo PSDB, alvejou ainda mais a candidatura de Marina ao Planalto. A emenda redistribuiu o tempo de TV, permitindo que o DEM recuperasse o que perdeu com a criação do PSD. O DEM voltará a ter cerca de três minutos. Isto só foi possível porque a emenda reduziu de 33 segundos para 11 segundos a parcela do tempo que é dividida igualmente para cada um dos 30 partidos do país. O PT, o PMDB, o PSB e o PSDB também aumentaram seus tempos.
O PT e o PMDB ficaram muito gulosos, nós estamos vivendo das sobras e dos restos

Paulo Foletto
Deputado federal (PSB-ES), ao defender a candidatura do governador Eduardo Campos (PSB) à presidência da República
Cargos na mesa
Para pressionar o ministro Cesar Borges (Transportes) por nomeações no Ministério, os deputados do PR organizam um jantar, no dia 7 de maio, para tentar convencê-lo a mexer, pelo menos, nas direções do DNIT nos estados.

Fim da boquinha
O presidente do Senado, Renan Calheiros (PMDB-AL), esteve ontem com o presidente do STJ, Félix Fischer. Foi comunicar que, a partir de maio, os ministros que ocupam apartamentos funcionais do Senado passarão a pagar aluguel de R$ 8,8 mil. Hoje, eles não pagam nada e, ainda, têm direito a internet, água, luz e segurança.
Na gaveta
A ministra Càrmen Lúcia (STF) está há dois meses segurando o último embargo feito pelo deputado Natan Donadon (PMDB-RR). Somente por isso ele está em liberdade. Ele foi condenado há 13 anos de prisão pelo crime de peculato.
'Quem fala demais, dá bom dia'...
Após levar um puxão de orelhas do presidente do PT, Rui Falcão, o vice-presidente da Câmara, André Vargas (PT-PR), mandou uma carta e telefonou pedindo “desculpas” ao líder do PT no Senado, Wellington Dias (PI), e ao senador Jorge Viana (PT-AC). Anteontem, falando do projeto que prejudica os novos partidos, Vargas afirmara: “Tem que expulsar o Jorge Viana e trocar o líder”.
Azeitando a máquina
A Aeronáutica, a Secretaria de Aviação Civil, a Infraero e a Anac usaram o jogo de ontem, entre Brasil e Chile, em Belo Horizonte, para testar um Plano Operacional modelo para a chegada e saída das seleções nos aeroportos durante a Copa.
Um lugar ao sol
Arrependido de ter ficado sem mandato depois de deixar o governo do Espírito Santo, Paulo Hartung (PMDB) está se preparando para concorrer ao Senado. Hoje, ele integraria a chapa do governador Renato Casagrande (PSB).
A ministra Ideli Salvatti (Relações Institucionais) está atrás na corrida para o Senado (SC). O deputado Vignatti tem maioria na convenção do PT.

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quarta-feira, 24 de abril de 2013

A coluna Panorama Político (24/3) do jornal O Globo (Ilimar Franco)


 
 
Enquadrados
          O presidente do PT, Rui Falcão, desembarcou ontem em Brasília. Esteve com os senadores petistas Jorge Viana (AC), Anibal Diniz (AC), Paulo Paim (RS), Eduardo Suplicy (SP) e Lindbergh Farias (RJ). E deu o recado: aprovar o projeto que tira o Fundo Partidário e o tempo de TV dos novos partidos “é uma questão fechada da direção nacional”. O PT teme o esvaziamento do PSD de Kassab.
O que dizem os marineiros
A despeito das previsões dos tucanos, de que ela não repetirá os 20 milhões de votos de 2010, a candidata Marina Silva (Rede) avalia, segundo partidários, que tem mais força hoje que o PSDB, partido que teria perdido espaço nos últimos quatro anos. Seus aliados consideram que “Aécio Neves (PSDB) está tentando subir nas pesquisas” e que “Eduardo Campos (PSB) ainda não demonstrou ser capaz de conquistar uma parcela grande dos eleitores de São Paulo, de Minas, do Rio e do Sul do país. Quanto a presidente Dilma, eles perguntam: “A presidente Dilma chegou ao seu máximo? Ela conseguirá crescer mais? Será que ela não pode começar a decrescer?”.
Esse governo conseguiu criar um clima de diálogo entre o Aécio Neves (PSDB), o Eduardo Campos (PSB) e a Marina Silva (Rede)

Arnaldo Jardim
Deputado (PPS-SP), sobre projeto que retira dos novos partidos o Fundo Partidário e o tempo de TV
Cautela
Aliados do governador Sérgio Cabral (RJ) avaliam que é preciso esperar pesquisas para saber se a chapa Luiz Fernando Pezão - José Mariano Beltrame vai empolgar. A oposição minimiza: “O Beltrame não é essa Coca-cola toda”.

Abrindo portas
O presidente da empresa Indra, Javier Monzón, que atua com mão de obra especializada em infraestrutura, terá audiência com a presidente Dilma na próxima semana. Ele será recebido pelas mãos de Felipe González (foto), ex-primeiro-ministro espanhol. O Brasil quer atrair profissionais altamente qualificados na área da engenharia.
Tucanos cortejam Miro
O sernador Aécio Neves (PSDB-MG) está apostando tudo na atração do PDT do ministro Manoel Dias (Trabalho). Por isso, os tucanos acenam dar apoio à candidatura do deputado Miro Teixeira (PDT) para o governo do Rio.

OMC: candidatura do Brasil avança
O governo brasileiro comemora a decisão dos países europeus, adotada anteontem, durante reunião em Dublin na Irlanda, indicando o voto nos candidatos do Brasil, Roberto Azevêdo, e do México, Herminio Blanco, para a diretoria-geral da OMC. Na sexta-feira, serão conhecidos os dois candidatos que passaram pela peneira e serão submetidos aos 159 países filiados ao organismo.
Na mesa: o voto dos fiéis
O presidente da Comissão de Direitos Humanos da Câmara, Marco Feliciano, quer concorrer ao Senado. O PSC está no governo Alckmin, e negocia para o pastor ser o candidato. E promete o voto dos 7 milhões de evangélicos paulistas.

‘Olha a cabeleira do Zezé’...
As câmeras do plenário do Senado mudaram de posição. Todas as que estavam no mezanino foram desativadas. Motivo: os senadores carecas estavam reclamando do ângulo, pois de cima, suas cabeças ficavam muito expostas.
A CNI explica que não quer o fim da multa de 40% do FGTS para demissões, mas do adicional de 10% para o Fundo nas demissões sem justa causa.

terça-feira, 23 de abril de 2013


Efeito Serra
          Os tucanos ligados ao presidenciável Aécio Neves (MG) atuam para evitar a saída de José Serra do PSDB e sua eventual candidatura. Os aecistas querem Eduardo Campos (PSB) e Marina Silva (Rede) na corrida, visando disputar o segundo turno com a presidente Dilma. Mas querem Serra fora. Avaliam que, com Serra, o desempenho nacional de Aécio pode ser comprometido.
Divisão dos votos
Ninguém sabe o poder real de José Serra numa eleição ao Planalto, concorrendo por um pequeno partido, como o Mobilização Democrática. Mas todos reconhecem que “seu recall é elevado” e que ele pode ter condições de fazer uma votação expressiva em São Paulo. Alguns lembram que, em 1955, quando um paulista concorreu, o presidente eleito, o mineiro Juscelino Kubitschek, ficou apenas em terceiro no estado. Agora, não querem pagar para ver. Por isso, para segurar Serra, sinalizam que ele poderá coordenar a formulação do programa de governo. E apostam que o fato de os tucanos ligados a ele não o acompanharem acabará por inibi-lo.
O Serra tem história. Foi fundador, prefeito e governador, líder na Câmara e no Senado, e duas vezes candidato a presidente. Ele não tem motivo para sair do PSDB

Marcus Pestana
Deputado federal e presidente do PSDB-MG


A referência
O MEC e o Senado preparam homenagem a Darcy Ribeiro. Criaram uma coleção com os cem livros considerados de leitura essencial por Darcy para conhecer o Brasil. Dois milhões de exemplares serão distribuídos gratuitamente a bibliotecas e universidades de todo o país, começando pelo Rio, cidade que adotou.

Na gaveta
Para não desagradar ao Planalto e ao STF, contrários à criação de novos tribunais federais, a estratégia sugerida por aliados do presidente do Senado, Renan Calheiros (AL), é sentar em cima da PEC e ir deixando para lá sua promulgação.

O que dá para rir dá para chorar
A CNI lança hoje a Agenda Legislativa da Indústria 2013. Suas metas: aprovar a MP dos Portos e o fim da multa de 40% do FGTS nas demissões sem justa causa. Seu temor: que votem a redução da jornada de trabalho para 40 horas.

Socorro verde-amarelo
A um grupo de senadores, o embaixador de Cuba no Brasil, Carlos Zamora Rodriguez, pediu ajuda para que empresas brasileiras se instalem no país a fim de recuperar as usinas de cana-de-acúçar. O governo Raúl Castro quer ajuda do Brasil para produzir etanol porque as usinas cubanas estão sucateadas. Cuba quer diversificar. Hoje a maior parte dos investimentos é da Venezuela.

Guerra regional
Os usineiros do Sudeste estão protestando. Os do Nordeste conseguiram incluir numa MP, a 594, já votada na Câmara, subsídio para o custo de produção de etanol referente à safra 2011/2012 nas áreas de atuação da Sudene e da Sudam.
A Cadeia da Legalidade no cinema
O diretor de cinema Carlos Gerbase (RS) está atrás dos direitos autorais da família de Leonel Brizola para rodar um filme sobre a Cadeia da Legalidade. Estuda para o papel do caudilho o ator Werner Schünemann.

O vereador Netinho de Paula vai concorrer a deputado federal. O PCdoB espera ampliar sua bancada em São Paulo, que é de dois deputados.

segunda-feira, 22 de abril de 2013



A Pátria de chuteiras
          O governo criou um símbolo e um slogan próprios para a Copa de 2014. Eles são diferentes dos da FIFA, exclusivos da entidade e patrocinadores. Esta logomarca poderá ser usada por governos estaduais, prefeituras e empresas não patrocinadoras. A inspiração é de experiência semelhante nas Olimpíadas Londres 2012.

Missão quase cumprida
O deputado Paulo Pereira da Silva (PDT-SP) já tem 650 mil assinaturas para a criação do Solidariedade. Destas, 412 mil só no estado de São Paulo. Elas estão passando pelos cartórios eleitorais de todo o país. Até sexta-feira, 130 mil haviam sido aceitas. Como milhares de assinaturas são descartadas por não estarem de acordo, Paulinho quer juntar 750 mil.
‘Sexo, drogas e Rock and roll’
É rocambolesco o escândalo das fraudes praticadas pela consultoria RCA Assessoria no programa Minha Casa Minha Vida. Sobre as peças que constam do processo no Tribunal de Justiça de São Paulo um dos trechos diz: "Daniel Vital Nolasco gaba-se de ter obtido a senha após passar uma noite em um motel..." Ele referia-se a uma funcionária da Secretaria de Habitação do Ministério das Cidades. Em outro está registrado: "Carlos de Luna gaba-se de ter uma relação estreita com parceiros do PT”. E adiante: “que já participaram de orgias com garotas de programa na companhia de Carlos de Luna". Referindo-se a então ocupantes de cargos Planalto.

Quando o governo sangrou o DEM, o governador Eduardo Campos e a Marina Silva se omitiram. Agora, que eles são afetados, protestam. Isso é oportunismo!

Rodrigo Maia
Deputado federal (RJ) e ex-presidente do DEM

Cláusula pétrea
A ordem no governo Dilma é não deixar evoluir na base aliada a defesa da redução da maioridade penal. Acha que não resolve a questão da segurança e impunidade. Segundo o Planalto, não há apelo que mude a opinião do governo.

Divisão de tarefas
Peemedebistas presentes na casa do vice Michel Temer, quarta-feira à noite, para tratar dos arranjos regionais da aliança PT-PMDB, relatam que o ministro Aloizio Mercadante falava como coordenador da campanha da reeleição.

Sem chance de superfaturar
O Ministério da Saúde criou sistema inédito para uso das emendas dos parlamentares. Em site, oferece pacotes de projetos adequados ao tamanho da cidade e população, como instalação de unidades básicas de saúde, leitos para hospitais, equipamentos e tratamentos. A medida impede o desvio da verba, como acontece em licitações fraudulentas e superfaturamento.

Olho no olho
Um integrante do governo explicou que, desta vez, a presidente Dilma está tendo uma conversa prévia com todos os principais candidatos à vaga de Carlos Ayres Britto no STF. O encontro não significa que o jurista está nomeado.

Sonho de consumo
O PPS fez as contas. Sua bancada foi eleita em nove Estados. O partido tem 18 Estados para oferecer aos novos deputados. Os que aderirem terão o tempo de TV para suas campanhas pela reeleição. A expectativa: de 10 a 15 novos filiados.

SETORES da oposição avaliam que o alvo da lei contra novos partidos é Marina Silva. Estes, dizem que sem ela, Dilma vence com “um pé nas costas”.

sábado, 20 de abril de 2013


Adeus às ilusões          A despeito de suas declarações, José Serra é candidato à Presidência. Aliados contam que ele se movimenta para que o senador Aécio Neves (PSDB-MG) desista de concorrer ao Planalto. Ameaça sair do PSDB com esse objetivo. E pode se filiar ao Mobilização Democrática com essa expectativa, apostando que, ao arrancar com mais força nas primeiras pesquisas, Aécio desistirá.

‘É a economia...’
A oposição acusa o governo Dilma de adotar uma posição ideológica sobre a Venezuela. Mas a diplomacia brasileira diz que não é bem assim. As exportações do Brasil para o vizinho pularam de US$ 536 milhões, no primeiro ano de Hugo Chávez no poder (1999), para US$ 6 bilhões (2012). O saldo comercial a nosso favor, que era de US$ 165 milhões (2002), passou para US$ 4 bilhões (2012). A Venezuela entrou no Mercosul. Atuam lá: Camargo Corrêa, Andrade Gutierrez, Queiroz Galvão e Odebrecht. Investem lá: Grupo Ultra, Brasken e Gerdau, entre outros. O governo brasileiro tem razões para crer que a oposição promoveria uma reaproximação com os EUA.

“Chegamos aqui, tomamos as terras dos índios, pegamos suas mulheres. O que eles fizeram (invadir o plenário) não foi nada perto do que fizemos com eles”

Lincoln Portela
Deputado federal (PR-MG)



Caça ao voto
Todos os ministros que têm reunião internacional nos próximos dias foram orientados a pedir votos para a eleição do embaixador Roberto Azevêdo (foto) a diretor-geral da OMC. O ministro Antonio Patriota (Relações Internacionais) está à frente da campanha. Nos próximos dias, o grupo de cinco candidatos se reduzirá a dois nomes
Lado A e lado B O PMDB do Senado não reza pela mesma cartilha. De um lado estão o presidente da Casa, Renan Calheiros, José Sarney e Romero Jucá. Do outro, o presidente da CCJ, Vital do Rêgo, e os líderes Eduardo Braga e Eunício Oliveira.
Reação corporativa O Ministério da Saúde foi surpreendido com dezenas de pedidos de aposentadoria de médicos dos seis hospitais federais do Rio. A leitura é que isso se deve à instalação do ponto eletrônico, que faz o controle de horas efetivamente trabalhadas.
Apertando o passo O governador Cid Gomes (PSB-CE) defende internamente reunião do Diretório Nacional para discutir a candidatura de Eduardo Campos (PSB-PE) à Presidência. Cid quer que o partido defina seu rumo antes de setembro, o que lhe garantiria tempo para trocar de partido. Campos busca adiar ao máximo a reunião porque sabe que dela terá de sair uma decisão formal.

Pente-fino
O presidente do Senado, Renan Calheiros (PMDB-AL), mandou rever todos os contratos da Casa. Suspendeu convênio com empresa terceirizada de manutenção de computadores que cobrava R$ 12 mil pela visita de um técnico.
Referência internacional Uma delegação oficial da Indonésia chega segunda-feira a Belo Horizonte. A comitiva, organizada pelo Banco Mundial, vai conhecer o choque de gestão promovido pelo ex-governador Aécio Neves (PSDB) e que completa dez anos.

Novo comando. A senadora Ana Amélia (RS) assumirá nos próximos dias a presidência da Fundação Milton Campos, do PP.

sexta-feira, 19 de abril de 2013



Aposta governista
          Aliados do governador Eduardo Campos (PSB-PE) estão preocupados com o tom de suas críticas ao governo Dilma. Um deles cita pesquisa recente, em Pernambuco, onde Eduardo teria apenas 12 pontos percentuais à frente de Dilma. Reunidos anteontem, PT e PMDB concluíram que a candidatura Eduardo Campos não vai decolar.

PPS: ‘A história se repete’...
O projeto do presidente do PPS, deputado Roberto Freire (SP), desde que o PCB fechou suas portas, em 1991, é o de construir um grande partido democrático de esquerda no páis. A candidatura de Ciro Gomes, em 2002, a criação do partido da Mobilização Democrática, com a fusão com o PMN, e a tentativa de aglutinar o PSB e José Serra fazem parte deste processo. O modelo que está sendo seguido é o do Partido Comunista Mexicano, que liquidado por seu líder, Arnoldo Verdugo, em 1981, passou por sucessivas fusões, e revisões programáticas, até virar o Partido da Revolução Democrática (PRD), que fez 32,4% dos votos nas eleições mexicanas de 2012.

Na maioria dos Estados, o PMDB e o PT vão se compor. Em dois terá duplo palanque: RS e SP. Temos que acertar quatro casos: SC, RJ, MS e BA

Valdir Raupp
Presidente do PMDB, em exercício, e senador (RO)

UPPs tipo exportação
O funcionamento das UPPs despertou o interesse do governo Evo Morales (Bolívia). Por isso, o ministro José Eduardo Cardoso (Justiça) está organizando com o governo do Rio a visita de 20 autoridades bolivianas aos morros cariocas.


O dono da bola
A Cúria Metropolitana do Rio está avaliando a realização de uma partida amistosa de futebol durante a vinda do Papa Francisco para a Jornada Mundial da Juventude. O jogo seria realizado no Maracanã e a ideia é trazer ao Brasil o time do coração do Papa, o San Lorenzo de Almagro, para uma partida contra um dos times cariocas.

Beija-mão
A lista de autoridades de Norte a Sul do país que pede uma audiência com o Papa Francisco é de assombrar. São centenas, do baixo ao alto escalão. Para atender a demanda, foi sugerida uma missa especial para os VIPs na Igreja da Candelária.

Pressionando a Petrobras
A bancada federal do Rio Grande do Norte, liderada pelo presidente da Câmara, Henrique Alves (PMDB), esteve ontem com a presidente da Petrobras, Graça Foster. A governadora Rosalba Ciarlini e a prefeitura de Mossoró, Cláudia Regina, integravam a comitiva que foi protestar contra o desemprego provocado pela suspensão de dois empreendimentos no estado.

Garoto propaganda
O ex-presidente Lula esteve em New York, na semana passada, a convite de André Esteves, do Banco BTG Pactual. Fez palestra para um grupo de investidores estrangeiros e brasileiros. Sustentou que é seguro apostar no Brasil.

Pente fino
Os parlamentares vão acompanhar on-line a execução de suas emendas às obras e programas do Ministério da Saúde. O ministro Alexandre Padilha vai apresentar o novo programa semana que vem aos presidentes do Congresso.

O secretário de Segurança do Rio, José Mariano Beltrame, vai falar na Câmara dos Deputados, em 7 de maio, sobre o combate à corrupção policial.


“Cadê os Médicos?”
          A presidente Dilma deve fechar na próxima terça-feira, com a Frente Nacional de Prefeitos, o projeto para contratar médicos portugueses e espanhóis para atender nas periferias das grandes cidades e no interior. A proposta prevê contratos provisórios por três anos. Depois disso, os que quiserem ficar no Brasil farão o exame Revalida, como querem as entidades sindicais dos médicos.

Em compasso de espera
A escolha do candidato do PT ao governo paulista está vinculada ao cenário da eleição presidencial. Um petista resumiu os itens que serão avaliados no ano que vem. 1. O governador Geraldo Alckmin (PSDB) terá chances de reeleição? 2. A presidente Dilma vai precisar de um candidato que largue com um patamar elevado nas pesquisas? 3. Qual a expectativa do eleitor? Ele vai votar para renovar como em 2012? 4. Qual a avaliação da gestão do prefeito Fernando Haddad? 5. Qual a postura de Alckmin? Fará uma campanha solteira, como já fez o tucano Aécio Neves (MG), na expectativa que Lula e Dilma não joguem pesado, ou vai vestir a camiseta tucana?

"O pacto com o PMDB esgotou. A opinião pública quer renovação. A Dilma era e o Haddad (SP) foi renovação. Esse vento vai soprar na eleição presidencial

Eduardo Campos
Governador (PSB-PE), em jantar com senadores

Ele é VIP
Cinco ministros foram convocados para a reunião de hoje entre a presidente Dilma e o prefeito Fernando Haddad, de São Paulo. Haddad vai apresentar o Plano de Metas de sua gestão, promover ajustes e acertar os ponteiros.



Pega! Pega!
Numa roda de parlamentares, após ler o relatório da MP dos Portos, o líder do governo no Senado, Eduardo Braga (PMDB-AM), relatou um diálogo duro com a ministra Gleisi Hoffmann (Casa Civil), sobre as mudanças no texto. Disse que foi duas vezes governador e proclamou: “Esgotei minha conversa com a senhora”.

O critério
Há petistas defendendo que seja mudado o critério, instituído pelo ex-ministro Márcio Thomaz Bastos (Justiça), do presidente da República nomear o primeiro lugar da lista de candidatos à Procuradoria-Geral da República.

O calcanhar de Dilma
A principal conclusão da pesquisa qualitativa, encomendada pelo governador Eduardo Campos (PSB-PE), é que “a aprovação da (presidente) Dilma está firmemente assentada na satisfação das classes C, D e E”. Isso se deve ao aumento da renda média deste contingente da população. E sentencia: “a crise econômica e inflação alta tornam vulnerável a aprovação da presidente”.

“Vamos fugir! Pr’outro lugar, baby!”
O presidente da Comissão de Direitos Humanos da Câmara, Marco Feliciano (PSC-SP), temendo protestos, está evitando aeroportos e aviões de carreira. Está fazendo o percurso de Orlândia (SP) a Brasília de carro toda a semana. São 653 km.

A aposta
A governadora Roseana Sarney (PMDB) está exultante com a licitação da ANP para localizar gás de xisto. O Maranhão pode lucrar com três dos blocos que serão exploradas: Pará-Maranhão, Barreirinhas (MA) e Parnaíba (PI).

O ministro Garibaldi Alves (Previdência) vai assinar acordo com a França, pelo qual 80 mil brasileiros que trabalham lá contem tempo de serviço aqui.

quarta-feira, 17 de abril de 2013



Zé Dirceu cai em desgraça
          A presidente Dilma, o ex-presidente Lula e o PT estão possessos com o ex-ministro José Dirceu. A irritação decorre dos insultos ao ministro Luiz Fux (STF). Os petistas avaliam que eles “criam espírito de corpo” e que “polarizam", no momento em que o partido trabalha pela "distensão", visando superar “o clima de linchamento”. Sem falar, no fato, que foi a presidente Dima quem nomeou Fux.


Mensalão: duas táticas
Um ministro relata que, depois de passar uma temporada defendendo os réus do mensalão, “o Lula anda querendo pouco ruído em relação a Ação Penal 470”. A nova tática de Lula está associada à investigação do Ministério Público sobre sua conduta. No caso da presidente Dilma, além da crítica à sua indicação, um líder petista avalia que a agressividade de José Dirceu “tumultua”, no momento da indicação de um novo ministro do STF, que ainda terá de ser aprovado no Senado. Quanto ao PT, acreditam seus dirigentes que, o acirramento de ânimos não ajuda na conquista do maior objetivo do partido: livrar os réus do crime de formação de quadrilha.


Os grandes partidos querem um processo eleitoral sem concorrentes, preparam esse casuísmo, esse atentado à democracia

Rodrigo Rollemberg
Senador (PSB-DF), em protesto ao projeto que retira tempo de TV e Fundo Partidário dos novos partidos


Em busca de protagonismo
O governo enviou MP sobre a dívida dos Estados à Câmara. O líder do PT, Wellington Dias (PI), fez projeto igual no Senado. O deputado Eduardo Cunha (PMDB-RJ0 e o senador Luiz Henrique (PMDB-SC) apresentaram seus relatórios ontem.


Conhecer o eleitor
O candidato do PSB à presidência, governador Eduardo Campos (PE), recebeu pesquisa qualitativa, sistematizada pelo cientista político Antonio Lavareda, que ouviu eleitores de seis estados (SP, MG, RJ, BA, PA e RS). Para fins estratégicos, o PSB queria saber o que os eleitores esperam de um candidato ao Planalto como Eduardo.


Projetos regionais
O governador Cid Gomes (CE) não está só. Candidato ao Senado, o governador Wilson Martins (PI) não fala em público, mas também tem restrições a candidatura presidencial do PSB.


O outro lado da lambança
O PT culpa o presidente da Câmara, Henrique Alves (PMDB-RN), pela derrota, semana passada, na votação da urgência do projeto que retira dos novos partidos o tempo de TV e o Fundo Partidário. Dizem que ele só deu 30 minutos para votação nominal. O que seria inédito em votações tão importantes. Contam que o fez por ciúme. Pois quem colocou o projeto em pauta para ser votado foi o seu vice, André Vargas (PT-PR).


Henrique Alves rebate a bola
Diante das críticas, o presidente da Câmara, Henrique Alves (PMDB-RN), reage: “Matéria polêmica não poderia entrar sem conhecimento dos líderes. Prova dessa erro foi a desarticulação: faltaram 23 deputados do PT e 21 do PMDB”.


Novos atritos à vista
Os petistas reclamam ainda que Henrique Alves “não tem centralidade política”. O PMDB retruca dizendo que a queixa se deve à decisão de votar projeto que torna obrigatório om pagamento das emendas parlamentares individuais.


Fazer mais. O ministro Alexandre Padilha (Saúde) anuncia hoje investimento de R$ 388 milhões para construir 278 novas UPAS em 218 cidades.

USP de São Carlos discute hoje segurança das urnas eletrônicas

O Instituto de Ciências Matemáticas e Computação (ICMC) da Universidade de São Paulo promove hoje, a partir das 14 horas, o 1º Fórum Nacional de Segurança em Urnas Eletrônicas no auditório Fernão Stella de Rodrigues Germano, no campus da USP São Carlos com a participação de técnicos e especialistas em segurança da informação.
"Vamos colocar esses especialistas em confronto com outros da área, principalmente pesquisadores em eleições, contrapondo os pontos", declarou o professor Mário Gazziro, organizador do evento.
O fórum terá incialmente duas palestras: a do engenheiro Amilcar Brunazo Filho, especialista em segurança de informática e criador da página de internet www.votoseguro.org, que desde 1998 questiona a segurança do voto dos brasileiros, e do professor Diego Aranha, do Departamento de Ciência da Computação da Universidade de Brasília, que recentemente quebrou o sigilo do voto em evento organizado pelo próprio TSE.
Em seguida, haverá uma mesa redonda com a participação de Pedro Floriano Ribeiro e Maria do Socorro Braga (Universidade Federal de São Carlos, UFSCar); Kalinka Castelo Branco e Mario Gazziro (ICMC-USP); e Oscar Marques (Serviço Federal de Processamento de Dados, SERPRO). O evento será gratuito e aberto a todos os interessados, sem necessidade de inscrição prévia.
Embora tenha o nome de 1º Forum Nacional, na verdade este é o segundo evento desta natureza sobre a segurança das urnas eletrônicas. O primeiro foi realizado em 2000, em Brasília, no Centro Cultural da Câmara dos Deputados, organizado pelo PDT.
Estiveram presentes, entre outros, Leonel Brizola, senador Roberto Requião, senador Romeu Tuma, do então presidente do PTB, Martinez; e mais os especialistas em computação Benjamin Azevedo, Walter Del Pichia, Amilcar Brunazo Filho e Pedro Antonio Dourado de Rezende, além da advogada Maria Aparecida Cortiz,.
Outros participantes naquela ocasião foram o advogado José Roberto, de Camaçari (BA), do presidente do PPS de Camaçari, Douglas; e mais os jornalistas Ricardo Noblat e Osvaldo Maneschy, no papel de moderador, entre outros.

Hoje em São Carlos (SP)
 A mesa redonda que discutirá a segurança das urnas eletrônicas brasileiras a partir das 14 horas será transmitida ao vivo pelo IPTV, da USP,  possibilitando a interação dos participantes.
"Todo esse evento ficará disponível ao público de todo país para ter acesso quando quiser. E os internautas poderão interagir durante o fórum, enviando as perguntas através do site da IPTV", completou Gazziro, que também divulgou uma mini-biografia de cada um dos participantes:
•             Amilcar Brunazo Filho: Engenheiro, especializado sem segurança de sistemas de informática e delegado junto ao TSE para assuntos relacionados a urnas eletrônicas. Moderador do fórum do Voto Eletrônico;
•             Diego de Freitas Aranha: Doutor em Ciência da Computação, docente do Departamento de Ciência da Computação da UnB. Foi coordenador da primeira equipe de investigadores independentes capaz de detectar e explorar vulnerabilidades no software da urna eletrônica em testes controlados organizados pelo Tribunal Superior Eleitoral (TSE). Tem experiência na área de criptografia e segurança computacional;
•             Kalinka Regina Lucas Jaquie Castelo Branco: Possui doutorado em Ciências de Computação, e é docente do departamento de Sistemas de Computação do ICMC. Tem experiência nas áreas de sistemas computacionais distribuídos e computação paralela;
•             Maria do Socorro Sousa Braga: Doutora em Ciência Política, e docente da UFSCar. Tem experiência com os temas de comportamento político, sistema de governo, partidos políticos, eleições, representação política e comportamento eleitoral;
•             Mario Alexandre Gazziro: Doutor em Física Computacional, professor do ICMC. Suas áreas de atuação envolvem cibernética, microeletrônica, hardware reconfigurável, processamento de imagens e sinais, neurociências, engenharia biomédica, RFid, ressonância magnética, artes visuais e arte eletrônica;
•             Oscar Isauro Bacelar Marques: atua no SERPRO e é organizador de uma conferência de segurança e editor de uma zine underground focada na (in)segurança da informação. Estuda sistemas embarcados, robôs, mobiles e outras tecnologias. Desenvolve pesquisas na área de segurança da informação, anti-vírus, sistemas e aplicativos de acessibilidade para mobiles, veículo aéreo não tripulado e outros robôs para uso civil e militar;
•             Pedro José Floriano Ribeiro: Doutor em Ciência Política, atualmente docente da UFSCar, onde também coordena a formação do Centro de Estudos de Partidos Políticos (CEPP). Realiza suas pesquisas nas áreas de partidos políticos, eleições e comportamento político.

Mais informações:
Na página do evento no Facebook: www.facebook.com/events/127297480787691/
Link para a transmissão do evento: http://goo.gl/aoYYR

terça-feira, 16 de abril de 2013


Não às fusões          Os líderes do PT e do PMDB vão explicitar, na próxima votação de projeto que retira Fundo Partidário e tempo de TV dos novos partidos, que o mesmo se aplica às fusões partidárias. O alvo é a fusão PPS-PMN. No governo há quem tema que este partido vire um biombo para o lançamento de uma candidatura ao Planalto. O sonho de consumo do PPS é atrair José Serra para este projeto eleitoral.
Lambança no comando aliado
Faltaram apenas 10 votos para que o governo Dilma desferisse um golpe nos novos partidos. Por isso, PT e PMDB volkarão à carga esta semana para tirar dos novos partidos o direito ao Fundo Partidário e ao tempo de TV. Ontem, seus líderes se reuniram para lavar a roupa suja e evitar que se repitam erros cometidos. O PMDB reclama que a proposta só não foi aprovada, na semana passada, por imperícia do PT. Os relatos são que o líder José Guimarães (PT-CE) forçou a votação sem ter combinado nada com ninguém. O resultado, do que está sendo chamado de “negócio de amador”, foram os ausentes do PT (23 deputados de 89), do PMDB (20 de 82) e do PSD (15 de 48).

Me senti como aquele goleiro que agarrou um pênalti de susto

Alfredo Sirkis
Deputado federal (RJ), que está organizando o partido Rede de Marina Silva, na votação que derrubou a urgência ao projeto que deixa sem Fundo Partidário e tempo de TV os novos partidos.

O “promessômetro”
Uma das promessas que o DEM cobra da presidente Dilma é a de construir 2.883 postos de polícia comunitária. Em 2011 não foi gasto um centavo dos R$ 350 milhões previstos e neste ano nada foi aplicado dos R$ 9 milhões programados.


Gosto amargo
O governador Sérgio Cabral está sendo aconselhado a renunciar ao governo e concorrer ao Senado. Isso fortaleceria a chapa oficial, que tem como candidato ao governo o vice Luiz Fernando Pezão (PMDB). Um ex-governador chegou a dizer a Cabral que estava arrependido de ter ficado sem mandato após deixar o governo estadual e fazer o sucessor.

Na torcida
O governador Eduardo Campos (PE), que não quer perder poder no porto de Suape, comemora como vitória os desacertos do Planalto na MP dos Portos. Ele recebe informações quentes dos bastidores do deputado Márcio França (PSB-SP).

Divisão na base
O governo Dilma já prevê sua derrota na MP dos Portos. Esta votação está sendo comparada com a do Código Florestal. A base aliada está dividida. O puxão de orelhas no líder do governo no Senado, Eduardo Braga (PMDB-AM), que o Planalto tornou público, só piorou as coisas. Aliados dizem que o governo não tem votos para aprovar seu texto ideal e que o caminho será o veto.

A seis mãos
Ficou acertado ontem no Palácio do Jaburu, na presença da presidente Dilma e do vice Michel Temer, que será elaborado novo texto da MP dos Portos, pelo líder do governo Eduardo Braga, a Casa Civil e a Advocacia-Geral da União.

Fogo amigo
Pressionado pelo governo, por trabalhadores, por empresários e no Congresso, o líder do governo Eduardo Braga (PMDB-AM), se queixou, ao vice Michel Temer, pelo Planalto ter vazado que haviam restrições ao texto de seu relatório.

A meta da Força Sindical é anunciar no 1º de Maio, que o Partido Solidariedade chegou às 500 mil assinaturas de apoio à sua criação.

segunda-feira, 15 de abril de 2013

‘Investimento vai bombar em 2014’, diz Mantega
 

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Na primeira reunião dos ministros de Dilma, em 2011, Mantega previra PIB médio de 5,9% até 2014
mirador da ideia de que é possível tratar o imponderável com precisão, o ministro Guido Mantega (Fazenda) aproveita a atmosfera de dúvida que a inflação propicia para prever, com extraordinária dose de certeza, dias muito promissores. “A economia está num momento de transição”, diz ele. “Um programa de infraestrutura, como o que lançamos em 2012, demora a ter efeito. O investimento vai começar a bombar mesmo em 2014.”
Mantega propagou seu otimismo em relação ao ano eleitoral numa entrevista aos repórteres Raquel Landim e João Villaverde. Está disponível aqui. Insinuou que a carestia dos alimentos e dos serviços não é o bicho-papão que muitos pintam. “O que está na boca do povo é o tomate, não a inflação”, afirma. Para ele, “a inflação recente não é uma questão estrutural, mas pontual.”
No acumulado de 12 meses, a inflação estourou o teto da meta oficial em março. Nada que tire o sono de Mantega. “Vamos cumprir a meta neste ano.” Sim, o Banco Central talvez tenha que elevar a taxa Selic, o ministro admite. Dosagem leve, ele dá a entender, “porque a política monetária está mais eficiente.”. Tão eficiente que, se for mesmo necessário elevar os juros, “não é necessário um tiro de canhão. Pode ser um tiro de metralhadora.”
Evocando “projeções do mercado”, Mantega declara que o PIB crescerá de 3% a 3,5% em 2013. Nessa matéria, o ministro vem se revelando um bruxo em litígio com a realidade. Na primeira reunião ministerial do governo Dilma, realizada em janeiro de 2011, Mantega expôs aos colegas de Esplanada os objetivos econômicos da nova administração.
De 2011 a 2014, o Brasil cresceria uma média de 5,9% ao ano, estimou o titular da Fazenda. Em 2011, entregou 2,7%. Em 2012, 0,9%. A média de crescimento do primeiro biênio de Dilma foi de irrisória: 1,8%. Como se vê, a intimidade do ministro com os búzios é igual à do repórter com Sharon Stone. Nenhuma. Vão reproduzidas abaixo algumas declarações extraídas da entrevista:
- O fantasma da inflação: “O que está na boca do povo é o tomate, não a inflação. O comportamento dos preços neste começo de ano tem sido parecido com o dos últimos oito anos. Tivemos choques nos preços das commodities, o que não nos deixa tristes, já que somos grandes exportadores de produtos básicos, mas é claro que há reflexo na inflação. No ano passado, tivemos nos Estados Unidos e no Brasil uma seca. Além disso, fizemos uma desvalorização cambial, que também é inflacionária, tendo efeito de algo como 0,4 ou 0,5 ponto porcentual no IPCA. Se somarmos as coisas, veremos que a inflação recente não é uma questão estrutural, mas pontual. […] Vamos cumprir a meta neste ano.”
- Além dos alimentos, os serviços: “Essa alta nos preços dos serviços ocorre por conta do bom momento. A massa salarial está subindo, portanto, o poder aquisitivo da população aumenta. No caso dos bens industriais, se o produtor nacional aumenta o preço, o consumidor compra o importado. Mas com os serviços isso não é possível. Com o tempo, a concorrência se implanta, porque, se o corte de cabelo começa a ficar muito caro, logo alguém aparece fazendo o mesmo e cobrando menos. Mas, em março, os serviços não foram os vilões.”
- Os juros: “Não há necessidade de voltar [aos patamares do passado], porque a política monetária está mais eficiente e a economia já desindexou um pouco. […] O Brasil é um País mais normal hoje. Isso significa que, se precisar [subir os juros], não é necessário um tiro de canhão. Pode ser um tiro de metralhadora.”
- Os empregos: “Não vamos jogar fora o maior avanço recente, que é não ter desempregados. Esse problema do aumento do custo da mão de obra tem de ser enfrentado com velocidade na qualificação da mão de obra. Até, se for o caso, deveria vir mão de obra de fora para essa transição. Também rebatemos essa questão com a desoneração da folha, que contrabalança o aumento do salário real em condições de pleno emprego. Nos países com desemprego alto, o salário é mais baixo, mas não tem mercado. Qual é a vantagem? Acho um absurdo pensar que isso é uma vantagem. A população está muito satisfeita.”
- O intervencionismo estatal: “A pior coisa é ficar inerte, assistindo uma economia se degringolar. Não posso pensar: ‘Oh, que beleza, está valorizando o câmbio’, ou ‘Oh, que beleza, deixa o pessoal fazer arbitragem’. Aí explode a indústria. Se não tivéssemos tomado essas medidas para o setor automotivo, seríamos engolidos pelos importadores. Nas crises passadas, a indústria e o comércio eram destruídos e havia desemprego em massa. Nada disso aconteceu desta vez. A indústria cai uma hora, depois sobe, mas é assim mesmo. Agora serão necessárias menos medidas. O que vai continuar é o programa de desoneração.”
- Medidas de estímulo X Inércia do PIB: “O que nos pegou de surpresa foi o agravamento da crise europeia, e as medidas que tomamos ainda vão levar um tempo para surtir efeito. Você reduz os juros e ele tem efeito dali a dez meses. Não vamos esquecer que o juro vinha caindo lentamente e só foi atingir o atual patamar de 7,25% ao ano em outubro do ano passado. Há um paradoxo na economia brasileira no caso dos juros e do câmbio. Vivemos muito tempo com juros altos, e a economia ficou viciada. Mesmo o setor produtivo tem uma parte do seu rendimento que é atrelado ao mercado financeiro, como uma forma de se defender. Mesmo as empresas que passaram a vida toda pedindo para cortar o juro, perdem, num primeiro momento, quando isso acontece. […] A economia está num momento de transição. Um programa de infraestrutura, como o que lançamos em 2012, demora a ter efeito. O investimento vai começar a bombar mesmo em 2014.

domingo, 14 de abril de 2013

 
 
Barraco no marketing
         O marqueteiro João Santana e o ex-ministro de Comunicação Social Franklin Martins quebraram os pratos nas campanhas em que atuaram juntos, na Venezuela e em Angola. Em ambas, Santana ficou e Franklin foi embora. O padrinho do casamento desfeito, Lula, está chateado. Em 2014, Santana fará a reeleição de Dilma, enquanto Franklin vai estrear em campanhas petistas nos estados.

Todos os homens do Supremo
A presidente Dilma está demorando para escolher o novo ministro do STF. Ela não vai decidir sob pressão. Mas é extenso o cortejo ao ministro José Eduardo Cardoso (Justiça). A lista de candidatos, que foi até ele para apresentar suas credenciais, inclui: Ali Mazloum, Eugenio José Aragão, Heleno Taveiro Torres, Humberto Ávila, Ivan Sartori, José Benedito Franco de Godoi, José Carlos Xavier de Aquino, José Roberto Neves Amorim, Lênio Streck, Marcelo Figueiredo, Marco Antonio Marques da Silva, Marli Ferreira, Mary Elbe Queiroz, Paulo Rangel, Pedro Valls Feu Rosa, Roberto Wanderley Nogueira, Rui Portanova e Silvio Luis Ferreira da Rocha.

As pessoas só conhecem a favela para buscar empregada e babá, nunca sujaram a sola dos sapatos para saberem como vivem aquelas pessoas

José Mariano Beltrame
Secretário de Segurança Público do Rio, no Fórum da Liberdade, terça-feira, em Porto Alegre

Embaralhando as cartas
Eleito pelo PR, o senador Clésio Andrade (MG), ameaça deixar o PMDB. Ele quer se reeleger. Mas Josué Alencar, filho de José Alencar, está entrando no partido para concorrer ao Senado na chapa para o governo de Fernando Pimentel (PT).



O ídolo
A popularidade do presidente do STF, ministro Joaquim Barbosa, invadiu uma das referências do samba no Rio. No Clube Renascença (Andaraí), que promove o tradicional “Samba do Trabalhador”, há um imenso painel de Joaquim, com realce para a frase: “Enganaram-se os que pensavam que o STF iria ter um negro submisso, subserviente.”.

Não está fácil para ninguém
Itamaraty e Ministério de Desenvolvimento enfrentam dias difíceis. Com a ida da presidente Dilma à Argentina, dia 25, eles querem tratar com o governo Kirchner da crise naquele país. Mas os argentinos sequer admitem que há inflação.

Eu fora!
A despeito da procura de políticos, entre os quais o senador Aécio Neves (PSDB-MG), para que concorra ao governo do Rio, o apresentador Luciano Huck, em palestra para empresários no Fórum da Liberdade, em Porto Alegre, se saiu com essa: "Nem no ano que vem, nem... Se cada um fizer sua parte bem feita a gente transforma a vida das pessoas e eu faço isso na TV".

O combustível dos nanicos
A oposição teme que o governo Dilma estimule candidaturas a presidente de partidos nanicos para reduzir seu tempo na TV. Em 2010, foram cinco nanicos. Em 2006, foram três. Em 2002, foram dois. O auge foi em 1998, com oito nanicos.

Estamos de olho...
Nas entregas de máquinas e equipamentos nos estados pela presidente Dilma, sua equipe percebeu que prefeitos e governadores não colocam a logomarca do governo federal. Vão tentar mudar isso nos próximos lançamentos.

Estimativa de líderes partidários é que o Partido Solidariedade, do deputado Paulo Pereira da Silva (PDT-SP) terá entre 20 e 30 deputados.

sábado, 13 de abril de 2013






Lula e o Rio
          O ex-presidente Lula não vai apoiar qualquer iniciativa para retirar na marra a candidatura de Lindbergh Farias (PT) ao governo do Rio. Um integrante do governo Dilma relata que Lula contou que ele já pediu isso para Lindbergh (em 2010) e que não fará de novo. A direção do PT não tem aval nem disposição para uma nova intervenção (1998), que detonou a candidatura de Vladimir Palmeira.

PSD pode ir a pique
O PSD vai perder de 15 a 20 deputados se não for aprovado projeto que retira dos novos partidos o tempo de TV e o Fundo Partidário. Passada a euforia, seus deputados fizeram as contas e viram que o partido não vai reeleger nove em São Paulo, seis em Minas Gerais e na Bahia, cinco no Rio e quatro em Goiás e Santa Catarina. O Planalto não quer o PSD esvaziado e apoia a mudança, porque quer dificultar a eventual fusão PSB-PPS e a criação do Solidariedade, do deputado Paulo Pereira da Silva (PDT-SP), que está flertando com Aécio Neves e Eduardo Campos. O presidente da Câmara, Henrique Alves (RN), entrou nessa porque o PMDB pode perder até seis deputados.

“O Senado evitaria muitas divergências se tivesse adotado na Lei dos Royalties critério de transição semelhante ao do Fundo de Participação dos Estados”

Francisco Dornelles
Senador (RJ), presidente de honra do PP

MP da polêmica
O líder do governo no Senado, Eduardo Braga (PMDB-AM), fez barbeiragem ao negociar a MP dos Portos e vai ter que mudar o relatório. O Planalto avalia que o texto esvazia em 90% as concessões no Porto de Santos, em agosto.

‘Que Fazer?’
Amigos do governador Tarso Genro (PT-RS) começam a especular sobre sua eventual candidatura ao Senado em 2014. Alegam que o estado é “ingovernável” e um “cemitério de políticos”. Mas seus assessores garantem que ele é um soldado do partido. O Rio Grande do Sul não costuma reeleger um governador ou um partido.

Pragmatismo
Os tucanos sempre quiseram enxugar o quadro partidário. No governo FH, aprovaram a cláusula de barreira, derrubada pelo STF. Agora, os tucanos estão trabalhando pela fusão PPS-PMN e para criar os partidos Rede e Solidariedade.
Humor em tempos de Serra
Na passagem por Brasília, José Serra se esmerou para mostrar bom humor. Fez brincadeira de gosto duvidoso. Pegando um celular, disse que as mulheres tiram foto segurando o aparelho com o dedo mindinho apontado para cima. E os homens, com todos os dedos grudados. Mas que 20% deles deixavam o dedinho em riste. “Eles estão naquela zona cinzenta”, disse Serra, rindo.

Paulo Coelho entra em campo
O festejado escritor brasileiro Paulo Coelho enviou ao presidente da Venezuela em campanha, Nicolás Maduro, seus livros autografados com calorosas mensagens. Uma delas diz: “Que Deus te bendiga e te guie.”

Panos quentes
A ordem no governo Dilma é não hostilizar o governador Eduardo Campos (PE). Mesmo estando ele em campanha para o Planalto, existe uma convicção entre os conselheiros políticos da presidente que o socialista não será candidato.

Prazo de validade. O percentual da inflação acima da meta, segundo interlocutores da presidente Dilma, deve persistir ainda por seis meses.

sexta-feira, 12 de abril de 2013

 
 
A costura tucana
          Depois de sentar à mesa com o DEM, o candidato do PSDB ao Planalto, senador Aécio Neves (MG), conversou ontem com o presidente (no exercício) do PTB, Benito Gama. O tucano quer manter os trabalhistas na oposição e torce pelo insucesso das negociações para a integração deles ao governo Dilma. Aécio precisa do PTB para ter cerca de seis minutos de propaganda na TV.
Longe dos holofotes
Os articuladores de Aécio Neves avaliam que o PPS vai apoiar Eduardo Campos (PSB). E acham que isso é bom, pois temem que, sem aliados, Eduardo desista. Eles também precisam da candidatura de Marina Silva e, por isso, anteontem, votaram contra a urgência de projeto que deixava sem tempo de TV e Fundo Partidário novos partidos, como o Rede. “O Aécio precisa do Eduardo e da Marina. Sem eles, os eleitores vão achar que não haverá segundo turno”, relatou um tucano. Aécio não teme o desgaste de uma guerra com Eduardo e Marina. Avalia que todos terão de bater na presidente Dilma, porque é ela quem tem intenções de voto para perder na campanha.

Quem tem plano B não conquista o Plano A. Não devemos abrir esta conversa (retorno ao PV), pois ela nos contaminará (criação do Rede)
Marina Silva
Candidata à presidência da República, em conversa com deputados aliados

Dudu, o alarmista
A presidente Dilma está irritada com as opiniões do governador Eduardo Campos (PE) sobre economia. Avalia que o socialista estimula o "pânico" ao declarar que a economia está desandando e que os empregos estão ameaçados.


Língua solta
Caloroso o debate na Câmara sobre o projeto que dificulta a criação de novos partidos. Ao defendê-lo, Esperidião Amin (PP-SC), na foto, proclamou: “Nós estamos fechando a zona”. Roberto Freire (PPS-SP) contestou: “Quando era para beneficiar o governo Dilma (PT), o bordel estava aberto. Agora, que Dilma e o PT têm medo, fechamos o bordel”.

Água mole em pedra dura...
As derrotas na tentativa de votar a reforma política e de dificultar a criação de novos partidos, não abatem o presidente da Câmara, Henrique Alves (PMDB-RS). Ele pretende recolocar as propostas para votar em 30 dias.

Carreira de estado para médicos
As entidades sindicais, ouvidas pela presidente Dilma, são contra a proposta de importar médicos de fora para atender no Brasil. Disseram à presidente que vão lutar contra sua aprovação no Congresso. Propuseram a criação de uma carreira de Estado, como a dos Juízes, com salários acima do piso legal, para que médicos atuem no interior e na periferia das cidades.

Cada um por si no PTB
Candidato a governador, o senador Armando Monteiro (PE) quer apoiar Eduardo Campos. Para ter o apoio do PT à reeleição, o líder no Senado, Gim Argelo (DF), quer apoiar Dilma. O líder na Câmara, Jovair Arantes (GO), vai de Aécio Neves.

Os tentáculos das milícias
Com base em dados da investigação do Ministério da Educação, o deputado Miro Teixeira (PDT-RJ) diz que já há elementos para se concluir que, com o aval de prefeitos, milícas estão assumindo a merenda e o transporte escolar”.

O PSDB do Rio entregou os comerciais na TV, que terá direito a partir do dia 15, para o candidato tucano Aécio Neves se dirigir “aos meus amigos do Rio”.