quarta-feira, 29 de janeiro de 2014

Após 'rolezinhos', empresas de segurança mudam procedimentos (Mônica Bergamo)

Empresas que fazem a segurança de shoppings em SP criaram protocolo de procedimento para os "rolezinhos". A principal medida é guardar as armas em um cofre "para evitar qualquer tipo de incidente", diz Ademar Barbosa, diretor de operações da maior delas, a Verzani e Sandrini, que emprega 6.000 vigilantes em 70 centros comerciais no país.
PRAÇA
Os seguranças portam armas de fogo e de contenção, como pistolas Taser, que disparam dardos elétricos.

CANETA
A ação da Polícia Civil na cracolândia na quinta-feira passada levou pesquisadores da área de drogas a escrever um manifesto contra a operação. Eles classificam como "inaceitável" o "uso arbitrário de medidas repressivas e violentas" para lidar com o problema. O texto, que será divulgado hoje, é assinado por 54 estudiosos dos campos de saúde, ciências sociais e direito, de São Paulo e de outros Estados.

RECOMEÇO
Eduardo Campos (PSB-PE) pode deixar o governo de Pernambuco no dia 1º de abril para se lançar candidato à Presidência. Na mesma data, em 1964, seu avô, Miguel Arraes, foi preso depois do golpe militar. Tropas cercaram o Palácio das Princesas, no Recife, e propuseram que ele renunciasse ao cargo de governador de Pernambuco. Arraes rechaçou.

PEDRA
Caso a sugestão, feita por colaboradores próximos ao governador, vingue, será passada a ideia de que ele sai do mesmo lugar em que o avô foi preso para cumprir um "destino interrompido". O único porém: 1º de abril é também o dia da mentira.

TABUADA
A expectativa entre ministros do STF (Supremo Tribunal Federal) é a de que Luiz Fux, relator dos embargos infringentes, rejeite pedidos de advogados de réus do mensalão para que o tamanho das penas de alguns condenados sejam rediscutidas. Ele só admitiria nova análise do mérito das condenações que tiveram quatro votos pela absolvição.

ENDEREÇO
A casa em que os escritores Jorge Amado e Zélia Gattai passaram os últimos anos de suas vidas será administrada pela Prefeitura de Salvador. Desde a morte do casal, o imóvel, no Rio Vermelho, está vazio. Os herdeiros já tentaram até fazer um restaurante no lugar, mas a ideia não vingou.

NUMA ILHA
O plano é investir R$ 6 milhões na reforma e manutenção de objetos de Jorge Amado, como louças, roupas, mobiliário e presentes que ganhou em viagens pelo mundo. O exemplo a ser copiado é o do Chile, em que a casa de Pablo Neruda em Isla Negra segue intacta, funcionando como um museu.

Grávida, Sandy vai a pré-estreia de filme

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Bruno Poletti/Folhapress
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A cantora Sandy Leah, grávida de quatro meses, foi à pré-estreia do filme "Quando Eu Era Vivo", que protagoniza ao lado do ator Antonio Fagundes, na segunda (27), no shopping Cidade Jardim
MEMÓRIAS PÓSTUMAS
A cantora Sandy Leah, grávida de quatro meses, esteve na pré-estreia do filme "Quando Eu Era Vivo", que protagoniza ao lado de Antonio Fagundes e Marat Descartes. O quadrinista e escritor Lourenço Mutarelli, que também faz parte do elenco, e o diretor do longa, Marco Dutra, receberam convidados como os atores Arieta Corrêa e Milhem Cortaz, no evento realizado anteontem, no shopping Cidade Jardim.

TOGA E AVENTAL
Ex-empregada doméstica, a ministra do TST (Tribunal Superior do Trabalho) Delaíde Arantes vai fazer uma palestra na Sorbonne, em março, para juristas franceses e alunos de pós-graduação. Ela defendeu junto à OIT (Organização Internacional do Trabalho) que os Estados deveriam oferecer ensino fundamental, médio e superior aos profissionais que lavam, passam e cozinham.

INGRESSO ESGOTADO
E a palestra que Joaquim Barbosa fará hoje em Londres teve tanta procura que o King's College vai abrir um auditório para exibir a fala do ministro em uma tela a quem ficar de fora. A transmissão será em tempo real.

Homenagem às vítimas do Holocausto

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Bruno Poletti/Folhapress
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O senador Aécio Neves (PSDB-MG) e o governador de São Paulo, Geraldo Alckmin, participaram do evento
MEMÓRIAS VIVAS
O senador Aécio Neves (PSDB-MG) esteve na cerimônia em memória às vítimas do Holocausto, no Palácio dos Bandeirantes, organizada pela Confederação Israelita do Brasil e a Federação Israelita do Estado de SP. O ator Juca de Oliveira participou da homenagem, anteontem. O governador de SP, Geraldo Alckmin, recebeu os convidados, como o presidente da Federação Israelita do Rio, Jayme Salim Salomão.

CURTO-CIRCUITO
Rodrigo Savazoni lança hoje o livro "A Onda Rosa-Choque", às 19h, na Balsa, no vale do Anhangabaú.
Luciana Oliveira faz show de lançamento do disco "Pura", hoje, às 20h30, no Sesc Vila Mariana. 12 anos.
Lilian Pacce é a única brasileira no júri do LVMH Prize, prêmio do conglomerado de luxo de Paris para novos estilistas.
A peça "Domésticas" é atração hoje no Itaú Cultural, na avenida Paulista, às 20h. Grátis. 12 anos.
A Drogaria São Paulo lançou campanha para incentivar funcionários a doar sangue. Desde 2004, já foram 21 mil doações.
A cantora Dri Vallejo canta hoje, às 20h30, no Ipê Clube, no Ibirapuera. Livre.
com ELIANE TRINDADE, JOELMIR TAVARES, ANA KREPP e MARCELA PAES 
mônica bergamo
Mônica Bergamo, jornalista, assina coluna diária com informações sobre diversas áreas, entre elas, política, moda e coluna social. Está na Folha desde abril de 1999.

domingo, 26 de janeiro de 2014

Pobre cidade rica


O antigo eixo das funções civilizatórias da capital se perdeu sem que um novo fosse definido, o que a vem enriquecendo especulativamente e empobrecendo socialmente


26 de janeiro de 2014 | 11h 44

José de Souza Martins*

O caos que São Paulo aparenta nos dias de hoje não é tão caos assim. Apesar de ser hoje a cidade do desencontro, a própria negação do urbano, nos crescentes e amargos problemas sociais dos moradores de rua, das cracolândias, da violência, dos roubos e assaltos, das manifestações populares destrutivas e ineficazes. Nem a cidade foi sempre desse jeito. A cidade que hoje conhecemos substituiu outra, que começou a nascer aí por 1873, no começo do esplendor do café, uma nova e monumental cidade, coisa de gente grande e sábia. Eurípedes Simões de Paula, professor de História na Faculdade de Filosofia, Ciências e Letras da USP, chamou aquele momento de "segunda fundação de São Paulo". E o foi.
 Desde seu 4º centenário, a metrópole apenas incha, mergulhada numa lógica dos avessos - Tiago Queiroz/ Estadão
Tiago Queiroz/ Estadão
Desde seu 4º centenário, a metrópole apenas incha, mergulhada numa lógica dos avessos

Por essa época, a velha cidade colonial de taipa começou a ser demolida. No chamado Triângulo, formado pelas atuais Ruas São Bento, Direita e Quinze de Novembro, no lugar de velhas casas de pau a pique foram edificados altos edifícios de pedra e concreto, ecléticos no estilo, no geral reproduzindo formas arquitetônicas europeias, mas nem por isso alheias a inspirações americanas. Como é o caso do Edifício Sampaio Moreira, de 1924, o primeiro arranha-céu de São Paulo, projeto do arquiteto Cristiano Stockler das Neves. Belo e refinado, ainda orna a Rua Líbero Badaró, sufocado pelas linhas retas de edifícios sem graça da pós-modernidade da terceira fundação de São Paulo, a dos anos 1960. Stockler das Neves projetou e construiu também a terceira, última e monumental Estação Sorocabana, na Praça Júlio Prestes, que hoje abriga a Sala São Paulo.
Esse período de pouco menos de um século foi o da São Paulo concebida como uma Paris tropical. É o período da criação de instituições públicas que revolucionariam nossa mentalidade caipira, as escolas superiores, os institutos de pesquisa, o Instituto de Educação, o Theatro Municipal, em 1911. Não só a cultura erudita nos vinha da Europa, mas uma cultura erudita nativa, nascendo em contraponto com os acordes da viola e as histórias de Pedro Malasartes no marco da Semana de Arte Moderna.
Esse período civilizador foi o único momento civilizado da história urbana de São Paulo, quando a cidade foi de fato cidade. Pouco tempo depois dos fulgurantes festejos comemorativos do quarto centenário de sua fundação, em 25 de janeiro de 1954, explodiu a especulação imobiliária que derrotaria a capital paulista. A pós-modernidade de São Paulo nascia presidida pela lógica do caos, do rentismo especulativo sobrepondo-se ao bem-estar de todos.
Até então, a cidade se desenvolvera. Desde então, a cidade apenas incha, derrotada nas insuficiências. Tudo aqui é insuficiente. Quanto mais metrô se faz, mais insuficiente o metrô fica. Quanto mais hospitais se constroem e se instalam, mais hospitais são necessários. Quanto mais escolas se tem, mais escolas se precisa e menos ensino se consegue. Estamos no reinado de Alice do outro lado do espelho: quanto mais andava, mais distante ficava. Chegamos, finalmente, à lógica dos avessos. Nem o povo é inocente nessa história. Uma cidade que reclama da falta de transporte e queima ônibus todos os dias é uma cidade louca. É melhor chamar o Alienista, de Machado de Assis.
Mas não é só São Paulo. Outras cidades brasileiras tiveram seu momento de esplendor e vivem hoje sua agonia. O caos do Rio de Janeiro, a cidade que já foi maravilhosa e que é hoje a cidade de maravilhas escassas. Até raio cai no Cristo Redentor. Há décadas que o transporte ferroviário em ruínas desafia a paciência dos cariocas, de gente sacrificada no vai e vem cotidiano para o ganho do mal contado pão nosso de cada dia. Os trens ruins e perigosos põem em risco a vida de seus passageiros todo o tempo, com episódios frequentes de terror nos desastres, nas panes, nos bloqueios.
Com muita facilidade e sem muito critério, se fala hoje em cidade e metrópole no Brasil para lamentar o que não temos e o que não somos. Amontoamento de prédios não faz uma cidade. Cidade é um modo de vida em que o redesenho e a racionalização do espaço deve tornar a vida mais fácil, mais simples. Deve agregar qualidade à existência, rapidez, conforto, bem-estar, alegria.
As populações de cidades como São Paulo ainda têm memória de quando chamavam a cidade de cidade e sabiam o que isso queria dizer. Ainda no início dos anos 1960, quando alguém ia da Mooca, do Brás, de Osasco, de Pinheiros, de Santo Amaro para o centro, ia à cidade. Ninguém se atrevia a ir à cidade em mangas de camisa, como se fosse para o trabalho. Homens, de terno e gravata, como se vê em numerosas fotografias da época, feitas na rua. Até os anos 1940, iam também de chapéu. As mulheres punham sua melhor roupa. Até as crianças eram vestidas com os trajes de domingo, trajes de ir à missa.
A cidade estava espacialmente distribuída e dividida em funções, de modo equilibrado. Esse equilíbrio se perdeu. Como dizia o caipira daqui, "cada quá com seu piquá". Tratava-se de separações culturais e de origem. Cidade de imigrantes estrangeiros, sobretudo europeus, os de cada origem acabavam indo viver com os seus e mesmo os seus estavam divididos. Os italianos da Calábria, no Bexiga e em parte na Mooca; os napolitanos, na Mooca; os vênetos, em São Caetano e São Bernardo; os bareses, no Brás. No interior desses nichos de nacionalidade e de cultura havia uma estrutura de classes sociais. Cada um tinha sua burguesia, seu proletariado, sua classe média e seus próprios canais de ascensão social. É claro que havia, também, bairros pobres e bairros ricos, os bairros pobres junto às fábricas, uma anomalia no desenho urbano de São Paulo, o operário praticamente vivendo ao lado de fábricas poluentes e insalubres.
Ir à cidade era a recompensa do propriamente urbano. O centro da cidade é que desempenhava propriamente as funções urbanas, como centro da cultura, da administração pública e dos negócios. De modo que o urbano se realizava diferencialmente no espaço dividido. O centro tinha as funções propriamente monumentais da sociedade, as do poder e do espírito, as funções de superação do cotidiano e de sua rotina de repetições, de reprodução social. Não é estranho, pois, que os habitantes da cidade se referissem ao centro de modo solene.
A crise urbana paulistana começa com o populismo político que se seguiu à queda de Getúlio e ao fim da 2ª Guerra Mundial e se agrava a partir de 1988 com a transferência da periferia para ao centro, a pretexto de popularizá-lo. Daí resultou a periferização do centro, sem que tivesse havido propriamente melhoras na vida da população e melhoras na situação social dos bairros. O eixo das funções civilizatórias da cidade se perdeu, sem que um novo eixo se definisse. Sem que a cidade se reorganizasse em torno do que deveria ser, propriamente, a revolução urbana, a alteração das mediações espaciais para instituir e difundir um novo modo de vida, libertador e emancipador. A cidade vem se tornando especulativamente mais rica e socialmente mais pobre.
*José de Souza Martins é sociólogo, professor emérito da Faculdade de Filosofia da USP e autor, entre outros, de 'A sociologia como aventura' (Contexto).

terça-feira, 21 de janeiro de 2014

Dilma ouve Lula e encurta viagem para fechar reforma ministerial

Fechando o pacote Dilma decidiu encurtar a visita a Cuba para fechar a reforma ministerial até o fim do mês. Ela decolará de Havana no dia 28 para concluir as mudanças na equipe. Os pedidos do PMDB, que quer o sexto ministério, foram o principal tema da reunião de ontem com Lula. Segundo relatos, o ex-presidente defendeu que a sucessora atenda à sigla do vice Michel Temer. Dilma teria se mostrado mais disposta a acomodar PSD, PTB e Pros, que ampliarão seu tempo de TV na campanha.
*
Deputado, não Dilma já indicou ao PMDB que não quer nomear nenhum deputado do partido para o ministério. Assim, evita o compromisso de manter o novo auxiliar em 2015, caso se reeleja.
Os cordeiros A presidente só quer garantir a permanência de dois ministros que farão o "sacrifício" de não disputar eleições em outubro: Aloizio Mercadante (PT) e Aldo Rebelo (PC do B).
Minha vez Depois de anos como o número dois de Fernando Haddad e Mercadante, José Henrique Paim será ministro da Educação.
Contrapé O PT se surpreendeu com a decisão do governador do Rio, Sérgio Cabral (PMDB), de antecipar sua renúncia. O partido está irritado porque o vice Luiz Fernando Pezão ganhará mais 30 dias como titular.
Contra Pezão Os petistas se enervaram ainda mais porque Pezão, pré-candidato do PMDB, não descartou apoiar o tucano Aécio Neves. "Seria uma prova da ingratidão de Cabral com Dilma e Lula, depois de tudo o que fizeram pelo Rio", diz o deputado Alessandro Molon (PT-RJ).
Dupla dinâmica O presidenciável Randolfe Rodrigues (PSOL-AP) encontrou um mote geográfico para a chapa com a ex-deputada Luciana Genro (PSOL-RS), que ele convidou ontem para sua vice: "Do Oiapoque ao Chuí".
Figuração O PSB de Eduardo Campos não fará muito esforço para encontrar candidatos competitivos aos governos de São Paulo e do Rio. A prioridade é reforçar o número do partido na TV.
Ex-verde No Rio, isso fortaleceria a ideia de lançar o deputado Alfredo Sirkis (PSB), que não quer se reeleger.
Voo solo A disputa por cargos no Ministério da Justiça tem novo alvo: a diretora-geral da Polícia Rodoviária Federal, Maria Alice Nascimento Souza. Dirigentes da Polícia Federal estão irritados com iniciativas de Maria Alice que estariam "atropelando" a corporação.
Papo-cabeça A UGT (União Geral dos Trabalhadores) não vai participar da festa do 1º de Maio com as outras centrais sindicais. Em vez de sortear prêmios e organizar shows, a entidade promete fazer seminários com palestrantes como o sociólogo espanhol Manuel Castells.
Lista VIP O deputado Paulinho da Força (SDD-SP) convidou a oposição em peso para seu aniversário, no dia 25, em São Paulo. Dirigentes do PSDB e do PSB serão maioria entre os políticos. No governo, uma das poucas exceções na lista é o ministro Aldo Rebelo (Esportes).
Na tela da TV O governador Geraldo Alckmin (PSDB) incluiu no programa de bônus a policiais, lançado ontem, um fator para incentivar a redução dos latrocínios. Para o tucano, os roubos seguidos de morte têm mais visibilidade na imprensa e turbinam a "sensação de insegurança" na população.
Deixa rolar A Secretaria de Segurança paulista diz que não vai tratar os "rolezinhos" como prioridade. No fim de semana, a polícia foi orientada novamente a não reprimir os movimentos.
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TIROTEIO
Os tucanos têm toda razão em reclamar. Realmente, é muito estranho uma mineira ir tanto a Minas. O Aécio que o diga!
DO ATOR JOSÉ DE ABREU, filiado ao PT, sobre as queixas do PSDB contra a viagem de Dilma Rousseff a Minas Gerais, reduto do tucano Aécio Neves.
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CONTRAPONTO
Ao vivo é diferente
Em 1998, o governador paulista Mario Covas (PSDB) se afastou do cargo para concorrer à reeleição. O vice Geraldo Alckmin (PSDB), até então desconhecido, assumiu o comando do Estado e passou a cumprir a agenda de compromissos oficiais do governo.
Em uma visita ao hospital Pérola Byington, na região central de São Paulo, Alckmin foi ciceroneado por funcionários que se referiam a ele como "governador". Sem reconhecê-lo, uma paciente comentou com uma amiga:
-Engraçado... Pessoalmente, o Mario Covas parece mais magro do que na TV!
Com ANDRÉIA SADI e BRUNO BOGHOSSIAN 
painel
Vera Magalhães é editora do Painel. Na Folha desde 1997, já foi repórter do Painel em Brasília, editora do caderno 'Poder' e repórter especial.
 

segunda-feira, 20 de janeiro de 2014

Panorama Político - 20-01-2014 (O Globo - Ilimar Franco)
Alerta vermelho              

                 A paciência do governo está chegando ao limite com o presidente do Atlético Paranaense, Mario Petraglia. A obra da Arena da Baixada está enroscada. A presidente Dilma e o ministro Aldo Rebelo (Esportes) trataram do assunto semana passada. O governo não pode recorrer à construtora. Ela é de amigos do cartola. O estádio, que deve receber quatro jogos, pode sobrar.

PMDB: “stand up comedy"
Uma sonora gargalhada tomou conta do Palácio do Jaburu na noite de quarta-feira. Depois de extravasar o descontentamento com os rumos da reforma ministerial e da relação eleitoral nos estados com o PT, a cúpula do PMDB jantava com o vice Michel Temer, quando um dos presentes fez uma intervenção surpreendente e recheada de ironia. Lá pelas tantas, ele brinca: “O Michel vai assumir na próxima semana. Ele devia aproveitar que a Dilma está viajando. Ele demite, nomeia e faz a reforma ministerial". A descontração tomou conta do ambiente. E, mesmo sendo brincadeira, os peemedebistas presentes à reunião insistem em dizer que não lembram quem foi o gaiato.

A reação aos rolezinhos tem uma dimensão preconceituosa. As pessoas associam aquela correria nos shoppings com os arrastões na praia

Luís Adams
Advogado-Geral da União

A todo vapor
A CUT publicou texto na internet defendendo os “rolezinhos”. O secretário de Juventude da entidade, Alfredo Santos Junior, diz que “a reação de conservadores representa o medo das elites de ter seu espaço ameaçado pelos excluídos".

Contra a corrente
O enredo corre solto no PSB. O governador Geraldo Alckmin nem o PSDB pensam em abrir mão da vice em favor do PSB, como sonha o deputado Márcio França (SP). Alckmin quer ser candidato a presidente em 2018 e não deseja deixar no governo, durante 10 meses, o aliado de um de seus prováveis adversários, o socialista Eduardo Campos.

Palanque exclusivo
O candidato do PSDB ao Planalto, Aécio Neves, independente de suas declarações, não quer uma aliança do governador Geraldo Alckmin com o PSB, pois ela implica dividir o palanque tucano com o candidato socialista Eduardo Campos.

Reforçando o alicerce
Os palanques regionais são a maior dor de cabeça dos candidatos de oposição à Presidência, Aécio Neves (PSDB) e Eduardo Campos (PSB). Os dois estão empenhados em construir candidaturas no maior número de estados. Vários quadros estão sendo pressionados a entrar na disputa para dar suporte à campanha nacional.

Palanque mineiro
O ministro da Agricultura, Antonio Andrade, anuncia amanhã ao comando do PMDB se será vice na chapa do candidato do PT ao governo de Minas, o ministro Fernando Pimentel. O PT dá a dobradinha como certa. Mas o PMDB ainda não.

Na crista da onda
O prefeito de Salvador, ACM Neto (DEM), foi festejado pela massa na Lavagem da Igreja do Bonfim, na quinta-feira. Seus partidários estranharam a ausência do candidato do PSDB ao Planalto, Aécio Neves. Oportunidade perdida.

O bistrô da livraria Sebinho, na Asa Norte, em Brasília, virou ponto de encontro de assessores do governo Dilma. Eles se escondem dos locais glamorosos.

segunda-feira, 13 de janeiro de 2014

'Cauã e Isis tiveram entrega vertical', diz autor da série 'Amores Roubados'


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Autor de "Amores Roubados", uma das séries recentes de maior audiência na Globo, George Moura diz que a dedicação de Cauã Reymond e de Isis Valverde para compor seus personagens "é maior" que os rumores sobre suposto romance dos dois atores durante as gravações. O roteirista afirma também ser desnecessário "apelar" para fazer sucesso na TV aberta. Envolvido com a edição dos capítulos, Moura falou à coluna por e-mail.

*

Folha - Como tem sido a repercussão do trabalho?
George Moura - É um momento feliz. É quando você consegue ouvir comentários, nas mais diferentes latitudes, sobre algo que escreveu, seja do porteiro do prédio, na padaria da esquina ou com amigos que moram em lugares distantes. Não acredito que, para escrever para a TV aberta, seja necessário apelar. Basta acreditar que ainda há espaço para a sutileza.


Estevam Avellar/Globo
O roteirista George Moura, autor da minissérie Amores Roubados, da TV Globo
O roteirista George Moura, autor da minissérie Amores Roubados, da TV Globo

A suposta mistura entre ficção e realidade, envolvendo Cauã e Isis, prejudicou ou ajudou?
Acredito que o trabalho de construção de Cauã para Leandro Dantas e de Valverde para Antônia Favais são maiores e mais verticais do que esse suposto envolvimento. Os dois são talentos incríveis e que tiveram uma dedicação e entrega verticais em "Amores Roubados". Se as fofocas ajudaram ou prejudicaram a minissérie, é impossível de se aferir.


Por que a personagem de Isis critica o "abandono" ao ver as obras de transposição do rio São Francisco?
A cena nasceu quando, no período de pesquisa, buscávamos a geografia física onde a minissérie se passaria. Em viagem de locação, ainda antes do roteiro, rodando de carro pelo sertão de Pernambuco, me deparei com uma gigantesca obra inacabada. Era um dos canais da transposição. O estado de abandono e sensação de desperdício de dinheiro bateram forte em mim. Fiquei olhando ao redor e vendo a terra estorricada.


Você se surpreendeu?
Sou de Pernambuco e tenho um fascínio pelo sertão. Até então, não conhecia aquele cenário desolador, um canal seco e semidestruído antes mesmo de ser totalmente construído. Antônia (Isis), filha de um poderoso produtor de vinhos local, faz essa trajetória de voltar ao lugar de onde veio e se choca ao olhar aquilo. Há ali uma metáfora do desencontro dela com o desejo do pai; eles estão em lados opostos.


É a favor do projeto?
É um assunto complexo. Não tenho domínio técnico para opinar. Mas, ao ver canais secos da transposição, não é possível deixar de sentir que, num país onde as necessidades são tão prementes, seja necessário esperar e gastar tanto por algo que me parece, há anos, incompleto.


Acredita haver espaço para críticas políticas na TV aberta?
A ideia não é fazer crítica. A questão é humana e social.


Quem se destaca no elenco?
A interpretação dos atores em "Amores Roubados" é uma sinfonia polifônica. Cada um com seu personagem, sua prosódia e sua cor. Todos tocam seus instrumentos afinados. Em alguns capítulos temos belos solos individuais. Todo o elenco está a serviço de contar uma história universal, das paixões.


LINHA CRUZADA
Decisões políticas equivocadas do Ministério das Comunicações e da Anatel (Agência Nacional de Telecomunicações) resultaram em serviços de internet caros e lentos no Brasil. É a conclusão de um estudo sobre a implantação da banda larga no país, apresentado na Universidade de Westminster, em Londres.


LINHA CRUZADA 2
A dissertação é de autoria de Elizabeth Veloso, consultora em telecomunicações da Câmara dos Deputados. Após ouvir 24 especialistas e autoridades do setor no Brasil, a autora mostra as consequências da "falta de competição em um mercado controlado por grandes operadoras e regulado por agência de baixa credibilidade".


LINHA CRUZADA 3
Em resposta aos questionamentos da pesquisadora, o ministro das Comunicações, Paulo Bernardo, nega que tenha se autointitulado "o ministro das teles" e que defenda interesses das operadoras. "Nunca fiz essa afirmação e o papel do governo é manter relações cordiais com todos os segmentos", declarou, por e-mail, ao estudo. E criticou quem tenta "demonizar os investidores".


LINHA CRUZADA 4
"O Brasil vem se consolidando como um dos maiores mercados mundiais das comunicações, tanto pela popularização dos serviços quanto pelo crescente faturamento das empresas. É um jogo onde todos ganham", diz Bernardo. Já o presidente da Anatel, João Rezende, não se manifestou no estudo.


TIPO EXPORTAÇÃO
O Paraguai estuda adotar o padrão brasileiro de plugues e tomadas. O ministro Fernando Pimentel, do Desenvolvimento e Indústria, e o presidente do Inmetro, João Jornada, vão hoje ao país vizinho tratar do assunto com autoridades locais.


Retomada da temporada de "Crazy for You"

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Bruno Poletti/Folhapress
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Claudia Raia fez cabelo e maquiagem e recebeu massagem nos pés antes de subir ao palco na retomada da temporada do musical "Crazy for You", que estava suspensa por conta do fim do ano, na quinta (9), no Complexo Ohtake Cultural

PERNAS PRA QUE TE QUERO
Claudia Raia fez cabelo e maquiagem e ainda recebeu massagem antes de subir ao palco na retomada da temporada do espetáculo "Crazy for You", após pausa no fim do ano. O namorado da atriz, Jarbas Homem de Mello, a bailarina Nina Sato e os atores, Mariana Gallindo e Daniel Cabral também fazem parte do elenco do musical em cartaz no Complexo Ohtake Cultural.


BRASILEIRÍSSIMA
A atriz Camila Pitanga estará na próxima temporada da série "Sessão de Terapia", do GNT. Diferentemente das duas primeiras, que foram adaptadas do original israelense, a terceira terá um roteiro original, criado no Brasil. E trará uma personagem especialmente criada para a atriz. Produzida pela Moonshot Pictures e dirigida por Selton Mello, a série reestreia no segundo semestre.


BATUTA
Roberto Minczuk estará novamente à frente da orquestra do New York City Ballet, no Lincoln Center. O maestro brasileiro chega a Nova York para concertos entre os dias 22 e 25.


TROFÉU ABACAXI
Ativistas contrários à Copa do Mundo de 2014 estão se mobilizando na internet para tentar eleger a Fifa a "pior corporação do mundo". A entidade é uma das candidatas ao prêmio Public Eye Awards, que escolhe as instituições com "os piores históricos de responsabilidade social". Os brasileiros tentam fazer frente à campanha mundial do Greenpeace contra a petroleira Gazprom, a primeira colocada. A Fifa é a segunda.


BASE NACIONAL
A coleção de Pedro Lourenço para a M.A.C., gigante canadense de maquiagem, será comercializada a partir de junho. "São 11 produtos desenvolvidos em um ano de trabalho. Defini das cores à embalagem", diz o estilista, primeiro brasileiro a fazer parte do time de criadores da marca.


CURTO-CIRCUITO

A peça "Teatro de Bonecas" estreia hoje no teatro Sérgio Cardoso, às 20h. 12 anos.

O escritor e jornalista Cadão Volpato lança livro infantil hoje às 16h, na Livraria Saraiva da Consolação.

A Casa do Saber inicia hoje curso sobre história com base nas séries "The Tudors", "Os Bórgias" e "Downton Abbey", às 20h.

A mostra "Performances da Memória" foi prorrogada até dia 24, na galeria Mezanino, na Liberdade.

mônica bergamo Mônica Bergamo, jornalista, assina coluna diária publicada na página 2 da versão impressa de "Ilustrada". Traz informações sobre diversas áreas, entre elas, política, moda e coluna social. Está na Folha desde abril de 1999.

domingo, 12 de janeiro de 2014

BRAGA PODE GANHAR MINISTÉRIO (PORTAL DO HOLANDA)

Talvez já nesta semana, a presidente Dilma comece a fazer mudanças na Esplanada dos Ministérios, na reforma que deve começar com os ministros Gleisi Hoffmann (Casa Civil) e Alexandre Padilha (Saúde). O petista Aloisio Mercadante, que estava “afastado” da chefa se reaproximou e  deixará a pasta da Educação para ficar mais perto de Dilma, na Casa Civil. O PTB também se reaproxima e em troca de apoio à reeleição de Dilma pleiteia uma pasta, que pode ser Agricultura ou Integração.
Nessa mexida pode sair uma “arrumação” para o líder no Senado. Eduardo Braga (PMDB) permanecer em Brasília, deixando por enquanto o campo livre para o projeto político do governador Omar Aziz e seu vice José Melo.
Dilma sabe que mesmo contando com a força do tucano Artur Neto em Manaus, a base aliada de Omar vai estar firme na defesa da sua candidatura à reeleição.
MELO E ARTUR NAMORAM SÉRIO
O vice- governador José Melo vem estreitando os laços de amizade com o prefeito Artur Neto. A visita de ontem ao prefeito, no Hospital Samel, onde Artur fez cirurgia no joelho, mostra que a relação entre eles já não é apenas institucional. Oriundos de grupos políticos diferentes e adversários nas disputas eleitorais nos últimos 35 anos, os dois trilharam caminhos paralelos na política. Mas agora começam uma aproximação que deve resultar numa “ação conjunta”,  quando Melo assumir o governo estadual no início de abril.
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Melo sabe do potencial de crescimento político de Artur na capital e já ficou claro que pretende deixar o comando das obras feitas com recursos do governo em Manaus nas mãos do prefeito. “A ideia é criar um grupo de trabalho conjunto sob o comando do prefeito, com o Estado repassando os recursos à prefeitura”.
HANAN PREOCUPADO COM APARATO BÉLICO

O ex-vice-governador do Amazonas. Samuel Hanan,diz não entender por que tanto aparato repressivo para enfrentar um ano que deveria ser só de festa popular. Afinal, 2014 vai ser o Ano da Copa. E ano eleitoral. Mas o governo Dilma  se prepara para um campo de batalha. E não é só no âmbito federal. Depois de criar uma tropa de choque com 10 mil homens para agir em manifestações populares, o governo de São Paulo, por exemplo,  montou um batalhão para “ações de controle de distúrbios civis e de antiterrorismo”. Para Hanan, as manifestações de rua têm um foco bem definido: o povo quer a mudança de estilo na forma de governar o país. E vai cobrar isso nas eleições deste ano.
SAUDAÇÃO DIFERENTE
Enquanto a maioria deseja um bom dia ou bom trabalho às pessoas de suas relações, o deputado Wilson Lisboa (PCdoB) vai mais fundo e, na sexta-feira, 10, fez votos de “Excelente sexta-feira e muito trabalho para todos nós.” Se levou ao pé da letra a saudação, não se sabe.
EXIGÊNCIA LEGAL
Não são poucas as vantagens de se praticar o jogo do xadrez e o vereador Massami Miki foi mais além ao conseguir aprovar projeto que torna obrigatório, a partir de abril deste ano, o ensino e a prática do esporte de tabuleiro na rede municipal. É iniciativa que vai dar campeões ao Amazonas.
REDE SOCIAL
Enquanto a vereadora Vilma Queiroz fez seu último post no Facebook no dia 31 de dezembro, de lá pra cá o mural serviu para publicidade de terceiros. Vai do anúncio de camisas, passando por convite de sindicato para culto ecumênico, até um outro que se diz eficiente para limpar o nome no Serasa.

BRAGA PODE GANHAR MINISTÉRIO

pORTAL DO HOLANDA

Talvez já nesta semana, a presidente Dilma comece a fazer mudanças na Esplanada dos Ministérios, na reforma que deve começar com os ministros Gleisi Hoffmann (Casa Civil) e Alexandre Padilha (Saúde). O petista Aloisio Mercadante, que estava “afastado” da chefa se reaproximou e  deixará a pasta da Educação para ficar mais perto de Dilma, na Casa Civil. O PTB também se reaproxima e em troca de apoio à reeleição de Dilma pleiteia uma pasta, que pode ser Agricultura ou Integração.
Nessa mexida pode sair uma “arrumação” para o líder no Senado. Eduardo Braga (PMDB) permanecer em Brasília, deixando por enquanto o campo livre para o projeto político do governador Omar Aziz e seu vice José Melo.
Dilma sabe que mesmo contando com a força do tucano Artur Neto em Manaus, a base aliada de Omar vai estar firme na defesa da sua candidatura à reeleição.
MELO E ARTUR NAMORAM SÉRIO
O vice- governador José Melo vem estreitando os laços de amizade com o prefeito Artur Neto. A visita de ontem ao prefeito, no Hospital Samel, onde Artur fez cirurgia no joelho, mostra que a relação entre eles já não é apenas institucional. Oriundos de grupos políticos diferentes e adversários nas disputas eleitorais nos últimos 35 anos, os dois trilharam caminhos paralelos na política. Mas agora começam uma aproximação que deve resultar numa “ação conjunta”,  quando Melo assumir o governo estadual no início de abril.
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Melo sabe do potencial de crescimento político de Artur na capital e já ficou claro que pretende deixar o comando das obras feitas com recursos do governo em Manaus nas mãos do prefeito. “A ideia é criar um grupo de trabalho conjunto sob o comando do prefeito, com o Estado repassando os recursos à prefeitura”.
HANAN PREOCUPADO COM APARATO BÉLICO
 

O ex-vice-governador do Amazonas. Samuel Hanan,diz não entender por que tanto aparato repressivo para enfrentar um ano que deveria ser só de festa popular. Afinal, 2014 vai ser o Ano da Copa. E ano eleitoral. Mas o governo Dilma  se prepara para um campo de batalha. E não é só no âmbito federal. Depois de criar uma tropa de choque com 10 mil homens para agir em manifestações populares, o governo de São Paulo, por exemplo,  montou um batalhão para “ações de controle de distúrbios civis e de antiterrorismo”. Para Hanan, as manifestações de rua têm um foco bem definido: o povo quer a mudança de estilo na forma de governar o país. E vai cobrar isso nas eleições deste ano.
SAUDAÇÃO DIFERENTE
Enquanto a maioria deseja um bom dia ou bom trabalho às pessoas de suas relações, o deputado Wilson Lisboa (PCdoB) vai mais fundo e, na sexta-feira, 10, fez votos de “Excelente sexta-feira e muito trabalho para todos nós.” Se levou ao pé da letra a saudação, não se sabe.
EXIGÊNCIA LEGAL
Não são poucas as vantagens de se praticar o jogo do xadrez e o vereador Massami Miki foi mais além ao conseguir aprovar projeto que torna obrigatório, a partir de abril deste ano, o ensino e a prática do esporte de tabuleiro na rede municipal. É iniciativa que vai dar campeões ao Amazonas.
REDE SOCIAL
Enquanto a vereadora Vilma Queiroz fez seu último post no Facebook no dia 31 de dezembro, de lá pra cá o mural serviu para publicidade de terceiros. Vai do anúncio de camisas, passando por convite de sindicato para culto ecumênico, até um outro que se diz eficiente para limpar o nome no Serasa.



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