Da rendição (Paulo Coelho)
seg, 03/03/14
Um guerreiro da luz nunca se acovarda – mesmo estando diante de forças superiores.
A fuga pode ser uma excelente arte de defesa, mas nunca pode ser usada quando o medo é muito grande.
Na dúvida, o guerreiro prefere enfrentar a derrota e depois curar suas feridas – porque sabe que, se fugir, estará dando ao seu agressor um poder maior do que ele merece.
Ele sabe que pode curar o sofrimento físico, mas será eternamente perseguido por sua fraqueza espiritual. Então, mesmo diante de alguns momentos difíceis e dolorosos, o guerreiro encara a situação desvantajosa com heroísmo e coragem.
Diz Gandhi: “se eu fosse forçado a escolher entre o enfrentamento e a covardia, não hesitaria em decidir pelo enfrentamento”. Um guerreiro da luz também.
3 comentários »
Da injustiça
dom, 02/03/14
por Paulo Coelho |
categoria Todas
Um guerreiro da luz não olha a injustiça com indiferença. Ele é o primeiro a se levantar e a denunciar o abuso de poder e jamais se acovarda diante dos que pensam ter domínio sobre os outros.
Ele sabe que tudo é uma coisa só e que cada ação individual afeta todos os homens do planeta.
Então, quando está diante do sofrimento alheio, usa a sua espada para colocar as coisas em ordem.
Mas embora ele evite a opressão, em momento algum procura julgar o opressor.
Cada um de nós terá que responder por seus atos diante de Deus. Por isso, uma vez cumprida a sua tarefa, o guerreiro não emite qualquer comentário: segue adiante em busca de uma nova causa.
Um guerreiro da luz usa sua força com sagacidade e a usa também para vencer os combates que trava consigo mesmo. Está no mundo para ajudar seus irmãos, e não para condenar o seu próximo.
5 comentários »
Da entrega
sáb, 01/03/14
por Paulo Coelho |
categoria Todas
Adaptação do excelente livro de “Bahá’-U’-lláh”, líder espiritual da antiga Pérsia (1817-1892):
“Oh, meu amigo, ouve com teu coração e tua alma as canções do espírito, e tem com elas o mesmo cuidado que tens pelos teus olhos. Pois a sabedoria do céu, assim como as nuvens da primavera, não descerão sobre ti todos os dias”.
“Mesmo que a graça do Todo Poderoso continue sempre a fluir, há momentos em que uma parte dela é colocada de lado, para que tu possas compreender a suprema misericórdia. Por isso, entende que a nuvem que hoje despeja as bênçãos de primavera não ficará ali para sempre, e procura aproveitar cada gota que cai”.
“Nem todo oceano tem pérolas. Nem todo ramo floresce. Nem todo rouxinol canta com suavidade. Então, faz um esforço para ouvir com teu coração e tua alma as canções do espírito, porque elas chegam e partem”.
3 comentários »
Da Bíblia
sex, 28/02/14
por Paulo Coelho |
categoria Todas
Um texto do Deuteronômio:
“Quando fizeres a colheita em teu campo e nele esqueceres um feixe de espigas, não voltes para recolhê-lo. Ele é do órfão, da viúva, e do estrangeiro. Assim, o Senhor teu Deus abençoará as obras de tuas mãos.
“Quando sacudires a oliveira, aquilo que ainda ficar preso aos galhos deve permanecer lá. Ele será então para o órfão, para a viúva, e para o estrangeiro.
“Quando recolheres as uvas da tua vinha, não retornes para ver se esquecestes algumas no chão. O que sobrar é para o órfão, para a viúva, e para o estrangeiro.
“Lembra-te de que foste escravo na terra do Egito. E obedece ao que te ordeno”.
7 comentários »
Dos detalhes
qui, 27/02/14
por Paulo Coelho |
categoria Todas
Okakura Kazuko, escritor japonês (1863-1913), um dia reuniu seus discípulos:
“Vou ensinar-lhes uma nova maneira de entrar em contato com o Universo”, disse. Em seguida, preparou um chá e serviu a todos. Fazia os movimentos com tanta formalidade, que fez com que seus alunos percebessem a importância dos detalhes na vida quotidiana.
Um dos rapazes, porém, reclamou da ausência de preces e meditações. Kazuko expulsou-o da aula, comentando:
“Aqueles que são incapazes de compreender o que há de grande nas pequenas coisas, terminarão sem enxergar o que há de pequeno nas grandes coisas, e serão confundidos pelo resto da vida”.
11 comentários »
Da predestinação
qua, 26/02/14
por Paulo Coelho |
categoria Todas
O texto é do “Livro dos Espíritos”, de Alan Kardec:
“Tudo que o homem faz não é o resultado de uma ação predestinada. Ele é freqüentemente instrumento que o Espírito usa para executar uma obra”.
“Tudo se confunde num fim geral, para onde convergem as forças que trabalham naquele sentido. Se o fim é bom, teremos a bondade. Se o fim é mau, teremos a perdição de todo um grupo, porque o mal estimula a quem está próximo”.
“Há pessoas que só vivem para elas mesmas, e não conseguem ser úteis para nada. São pobres que começam a expiar sua culpa neste próprio mundo, pelo tédio e desgosto da vida”.
“A importância de uma missão é proporcional à capacidade e elevação do Espírito”.
14 comentários »
Das gêmeas
ter, 25/02/14
por Paulo Coelho |
categoria Todas
O psicanalista Rollo May conversava com duas meninas gêmeas. À determinada altura, disse:
- Todo mundo deve comentar a semelhança entre vocês.
- Sim, disseram as meninas. – E nós detestamos isto. Seria tão bom ouvir alguém dizendo: “como elas são diferentes!”
A tarefa do ser humano é buscar a vida em sua plenitude e em sua individualidade. Não dá certo repetir fórmulas alheias, ou aceitar temores que não são nossos.
A natureza humana não é uma fábrica de produção em série, que vai colocando homens e mulheres nesta Terra. Basta olhar as árvores para constatar como são diferentes: por imensa que seja a floresta, cada árvore se desenvolve de acordo com suas necessidades, esforçando-se para sempre dirigir suas folhas em direção à luz.
6 comentários »
Da estima
seg, 24/02/14
por Paulo Coelho |
categoria Todas
Num belo livro, mas com um horrível título, “Canja de galinha para a alma” (Ed. Ediouro), a mãe comenta com a filha como se preparar para a vida:
“No mundo inteiro, não há ninguém como eu. Sou dona de meu corpo, dos meus pensamentos, das minhas idéias.
“Pertencem a mim as imagens que meus olhos contemplam e eu preciso saber escolhê-las. Possuo minhas próprias fantasias, meus sonhos, esperanças e medos.
“Uma vez que sou dona de mim, preciso me conhecer intimamente e possibilitar que todo o meu eu trabalhe a meu favor. Há aspectos em mim que me confundem, outros que não conheço. Mas esteja ou não de acordo com tudo o que sou, é autêntico e representa o momento em que vivo.
Tenho ferramentas para melhorar, para ser produtiva, e para organizar o que está desajustado. Sou dona de mim. Sou eu mesma e estou bem”.
11 comentários »
Da força
dom, 23/02/14
por Paulo Coelho |
categoria Todas
A jornalista Dora Kramer, analisando o conflito entre um senador e o Presidente da República, escreveu: “o uso da força, quando bem administrado, vence a inteligência”.
Tem toda razão. Um guerreiro da luz que confia demais na sua capacidade acaba por subestimar o poder do adversário. É preciso saber que há pessoas que podem nos prejudicar – mesmo que sejamos mais capazes.
Nestes casos, agir com prudência é o mais sábio.
Uma tourada dura quinze minutos. O touro aprende rápido que está sendo enganado. Seu próximo passo é partir para cima do toureiro. Quando isto acontece, não há brilho, argumento, inteligência ou charme que possam evitar a tragédia.
3 comentários »
Da melodia
sáb, 22/02/14
por Paulo Coelho |
categoria Todas
Zaki ouviu o Xá discutir com seus amigos sobre qual seria a mais bela melodia na Terra. Uns diziam que era a que vinha da flauta, outros afirmavam que era a dos pássaros. Não chegaram a conclusão alguma.
Dias depois, Zaki convidou o Xá e seus amigos para jantar. No salão, a melhor orquestra do mundo tocou lindas canções, mas não havia comida na mesa.
Perto da meia-noite, quando todos já estavam mortos de fome, Zaki serviu um refinado banquete.
“Que bela canção é o tilintar de pratos e talheres”, comentou o Xá.
“Estou respondendo à sua pergunta sobre qual a mais bela melodia da Terra”, respondeu Zaki. “Pode ser a voz da amada, o tilintar de copos e pratos, a respiração de uma pessoa querida. Mas ela sempre virá do som que nosso coração precisa ouvir”.
G1
por Paulo Coelho |
seg, 03/03/14
categoria Todas
Um guerreiro da luz nunca se acovarda – mesmo estando diante de forças superiores.
A fuga pode ser uma excelente arte de defesa, mas nunca pode ser usada quando o medo é muito grande.
Na dúvida, o guerreiro prefere enfrentar a derrota e depois curar suas feridas – porque sabe que, se fugir, estará dando ao seu agressor um poder maior do que ele merece.
Ele sabe que pode curar o sofrimento físico, mas será eternamente perseguido por sua fraqueza espiritual. Então, mesmo diante de alguns momentos difíceis e dolorosos, o guerreiro encara a situação desvantajosa com heroísmo e coragem.
Diz Gandhi: “se eu fosse forçado a escolher entre o enfrentamento e a covardia, não hesitaria em decidir pelo enfrentamento”. Um guerreiro da luz também.
3 comentários »
Da injustiça
dom, 02/03/14
por Paulo Coelho |
categoria Todas
Um guerreiro da luz não olha a injustiça com indiferença. Ele é o primeiro a se levantar e a denunciar o abuso de poder e jamais se acovarda diante dos que pensam ter domínio sobre os outros.
Ele sabe que tudo é uma coisa só e que cada ação individual afeta todos os homens do planeta.
Então, quando está diante do sofrimento alheio, usa a sua espada para colocar as coisas em ordem.
Mas embora ele evite a opressão, em momento algum procura julgar o opressor.
Cada um de nós terá que responder por seus atos diante de Deus. Por isso, uma vez cumprida a sua tarefa, o guerreiro não emite qualquer comentário: segue adiante em busca de uma nova causa.
Um guerreiro da luz usa sua força com sagacidade e a usa também para vencer os combates que trava consigo mesmo. Está no mundo para ajudar seus irmãos, e não para condenar o seu próximo.
5 comentários »
Da entrega
sáb, 01/03/14
por Paulo Coelho |
categoria Todas
Adaptação do excelente livro de “Bahá’-U’-lláh”, líder espiritual da antiga Pérsia (1817-1892):
“Oh, meu amigo, ouve com teu coração e tua alma as canções do espírito, e tem com elas o mesmo cuidado que tens pelos teus olhos. Pois a sabedoria do céu, assim como as nuvens da primavera, não descerão sobre ti todos os dias”.
“Mesmo que a graça do Todo Poderoso continue sempre a fluir, há momentos em que uma parte dela é colocada de lado, para que tu possas compreender a suprema misericórdia. Por isso, entende que a nuvem que hoje despeja as bênçãos de primavera não ficará ali para sempre, e procura aproveitar cada gota que cai”.
“Nem todo oceano tem pérolas. Nem todo ramo floresce. Nem todo rouxinol canta com suavidade. Então, faz um esforço para ouvir com teu coração e tua alma as canções do espírito, porque elas chegam e partem”.
3 comentários »
Da Bíblia
sex, 28/02/14
por Paulo Coelho |
categoria Todas
Um texto do Deuteronômio:
“Quando fizeres a colheita em teu campo e nele esqueceres um feixe de espigas, não voltes para recolhê-lo. Ele é do órfão, da viúva, e do estrangeiro. Assim, o Senhor teu Deus abençoará as obras de tuas mãos.
“Quando sacudires a oliveira, aquilo que ainda ficar preso aos galhos deve permanecer lá. Ele será então para o órfão, para a viúva, e para o estrangeiro.
“Quando recolheres as uvas da tua vinha, não retornes para ver se esquecestes algumas no chão. O que sobrar é para o órfão, para a viúva, e para o estrangeiro.
“Lembra-te de que foste escravo na terra do Egito. E obedece ao que te ordeno”.
7 comentários »
Dos detalhes
qui, 27/02/14
por Paulo Coelho |
categoria Todas
Okakura Kazuko, escritor japonês (1863-1913), um dia reuniu seus discípulos:
“Vou ensinar-lhes uma nova maneira de entrar em contato com o Universo”, disse. Em seguida, preparou um chá e serviu a todos. Fazia os movimentos com tanta formalidade, que fez com que seus alunos percebessem a importância dos detalhes na vida quotidiana.
Um dos rapazes, porém, reclamou da ausência de preces e meditações. Kazuko expulsou-o da aula, comentando:
“Aqueles que são incapazes de compreender o que há de grande nas pequenas coisas, terminarão sem enxergar o que há de pequeno nas grandes coisas, e serão confundidos pelo resto da vida”.
11 comentários »
Da predestinação
qua, 26/02/14
por Paulo Coelho |
categoria Todas
O texto é do “Livro dos Espíritos”, de Alan Kardec:
“Tudo que o homem faz não é o resultado de uma ação predestinada. Ele é freqüentemente instrumento que o Espírito usa para executar uma obra”.
“Tudo se confunde num fim geral, para onde convergem as forças que trabalham naquele sentido. Se o fim é bom, teremos a bondade. Se o fim é mau, teremos a perdição de todo um grupo, porque o mal estimula a quem está próximo”.
“Há pessoas que só vivem para elas mesmas, e não conseguem ser úteis para nada. São pobres que começam a expiar sua culpa neste próprio mundo, pelo tédio e desgosto da vida”.
“A importância de uma missão é proporcional à capacidade e elevação do Espírito”.
14 comentários »
Das gêmeas
ter, 25/02/14
por Paulo Coelho |
categoria Todas
O psicanalista Rollo May conversava com duas meninas gêmeas. À determinada altura, disse:
- Todo mundo deve comentar a semelhança entre vocês.
- Sim, disseram as meninas. – E nós detestamos isto. Seria tão bom ouvir alguém dizendo: “como elas são diferentes!”
A tarefa do ser humano é buscar a vida em sua plenitude e em sua individualidade. Não dá certo repetir fórmulas alheias, ou aceitar temores que não são nossos.
A natureza humana não é uma fábrica de produção em série, que vai colocando homens e mulheres nesta Terra. Basta olhar as árvores para constatar como são diferentes: por imensa que seja a floresta, cada árvore se desenvolve de acordo com suas necessidades, esforçando-se para sempre dirigir suas folhas em direção à luz.
6 comentários »
Da estima
seg, 24/02/14
por Paulo Coelho |
categoria Todas
Num belo livro, mas com um horrível título, “Canja de galinha para a alma” (Ed. Ediouro), a mãe comenta com a filha como se preparar para a vida:
“No mundo inteiro, não há ninguém como eu. Sou dona de meu corpo, dos meus pensamentos, das minhas idéias.
“Pertencem a mim as imagens que meus olhos contemplam e eu preciso saber escolhê-las. Possuo minhas próprias fantasias, meus sonhos, esperanças e medos.
“Uma vez que sou dona de mim, preciso me conhecer intimamente e possibilitar que todo o meu eu trabalhe a meu favor. Há aspectos em mim que me confundem, outros que não conheço. Mas esteja ou não de acordo com tudo o que sou, é autêntico e representa o momento em que vivo.
Tenho ferramentas para melhorar, para ser produtiva, e para organizar o que está desajustado. Sou dona de mim. Sou eu mesma e estou bem”.
11 comentários »
Da força
dom, 23/02/14
por Paulo Coelho |
categoria Todas
A jornalista Dora Kramer, analisando o conflito entre um senador e o Presidente da República, escreveu: “o uso da força, quando bem administrado, vence a inteligência”.
Tem toda razão. Um guerreiro da luz que confia demais na sua capacidade acaba por subestimar o poder do adversário. É preciso saber que há pessoas que podem nos prejudicar – mesmo que sejamos mais capazes.
Nestes casos, agir com prudência é o mais sábio.
Uma tourada dura quinze minutos. O touro aprende rápido que está sendo enganado. Seu próximo passo é partir para cima do toureiro. Quando isto acontece, não há brilho, argumento, inteligência ou charme que possam evitar a tragédia.
3 comentários »
Da melodia
sáb, 22/02/14
por Paulo Coelho |
categoria Todas
Zaki ouviu o Xá discutir com seus amigos sobre qual seria a mais bela melodia na Terra. Uns diziam que era a que vinha da flauta, outros afirmavam que era a dos pássaros. Não chegaram a conclusão alguma.
Dias depois, Zaki convidou o Xá e seus amigos para jantar. No salão, a melhor orquestra do mundo tocou lindas canções, mas não havia comida na mesa.
Perto da meia-noite, quando todos já estavam mortos de fome, Zaki serviu um refinado banquete.
“Que bela canção é o tilintar de pratos e talheres”, comentou o Xá.
“Estou respondendo à sua pergunta sobre qual a mais bela melodia da Terra”, respondeu Zaki. “Pode ser a voz da amada, o tilintar de copos e pratos, a respiração de uma pessoa querida. Mas ela sempre virá do som que nosso coração precisa ouvir”.
Nenhum comentário:
Postar um comentário