Quanto valia a Vale com FHC? Quanto vale a CSN com Steinbruch?
Em 1996, quando a maior mineradora do mundo, a Vale do Rio Doce, foi doada-privatizada, escrevemos exaustivamente sobre esse crime hediondo. Os cálculos mais baixos concluíam: a Vale, por mais que sejamos burros, displicentes ou incoerentes, tem um valor patrimonial acima de 3 TRILHÕES. Vendemos por 3 BILHÕES hipotéticos, sem dinheiro algum. O dinheiro indispensável foi "dado ou emprestado" pelo BNDES.
Agora, já deveríamos estar em pleno processo de retomada do que doamos miseravelmente, não se vê o menor movimento de DESPRIVATIZAÇÃO. Existe algum movimento, é verdade, mas na Argentina. Temos que reaver esse fabuloso patrimônio da Vale, alguns outros, além de recuperar o monopólio da Petrobras, que existiu quando O PETRÓLEO ERA NOSSO, corre o risco de deixar de ser.
Para que não se percam as esperanças e que não se mergulhe no medo, vamos repetir números de 1996, cada vez mais lancinantes, atingindo nosso coração e nossa mente.
1 - Preparando o terreno, o ministro Serra afirmou o óbvio: "Não podemos vender a Vale sem entregar também os minérios de sua propriedade".
2 - O próprio ministro reafirmou: "Venderemos a Vale por 20 bilhões de reais, amortizaremos a dívida interna e pagaremos muito menos juros".
Por que então não reduzem logo os juros à metade e deixam a Vale em paz?
3 - Reservas da Vale em minérios, e quanto tempo durarão essas reservas, num levantamento que está ainda muito aquém da verdadeira realidade.
4 - FERRO - Reservas para 540 anos.
5 - BAUXITA - Reservas para 187 anos.
MANGANÊS - Reservas para 185 anos.
OURO - Reservas para 25 anos.
COBRE - Reservas para 24 anos.
CAOLIM - Reservas para 350 anos.
6 - Entregar tudo isso e receber em troca (se é que receberemos) apenas 20 bilhões é o chamado crime hediondo. Pois estaremos condenando todo o povo brasileiro à miséria mais terrível e mais duradoura.
7 - Vender a Vale, entregar a Vale, privatizar a Vale é o primeiro passo para a internacionalização da Amazônia. Todos estão de olho na Amazônia.
8 - Doar a Vale é doar Carajás, o Porto de Itaqui, a Baía de São Marcos, entregar todas as riquezas estratégicas dos estados do Maranhão e do Pará.
A Vale tem minérios pelo menos para 150 anos, a Petrobras, se resistir a todas as ofensivas, tem petróleo para 150 anos, temos assunto para 150 artigos, no mínimo. Usemos um pouco desse espaço para continuar escrevendo sobre o roubo da CSN, era potência estatal, do povo, passou a ser potência pessoal, de um homem só, Steinbruch.
Foi outra DOAÇÃO-PRIVATIZAÇÃO, das maiores, ficando apenas um pouco abaixo da Vale. E caiu nas mãos de um escroque, desonesto, corrupto, sem moral, sem ética e sem caráter que se chama Benjamin Steinbruch. Não tinha nada, a família possuía um banco falido, a CSN caiu nas suas mãos enlameadas. Por mistérios indecifráveis, a poderosa CSN corre o risco de ir à falência.
Pelo menos 500 mil pessoas em Volta Redonda, Barra Mansa e outras cidades estão apavoradas de perderem o emprego e o Brasil ficar sem uma das suas maiores fontes de riqueza. O presidente Lula precisa mandar tomar providências urgentes para salvar a CSN (Companhia Siderúrgica Nacional).
PS - A investigação pode começar pela fortuna do senhor Steinbruch, saber como começou e a razão de ter chegado ao ponto que chegou.
PS 2 - E depois, verificar porque está respondendo a mais de 10 mil ações e já teve mais de 3 BILHÕES PENHORADOS. Steinbruch costuma dizer, como Daniel Dantas: "Sou inatingível e intocável". Pelo jeito parece que é mesmo. A não ser que aconteça alguma coisa.
Solange Amaral
Simpática mas sem votos, e sempre prejudicada pelo "apoio" de César Maia. Por que não se liberta?
Não foi por acaso que o presidente do Banco Central aumentou os juros em 0,75%. Contrariou todas as expectativas (e até palpites), os mais pessimistas não passavam de 0,50%. Talvez não devêssemos chamar de pessimistas e sim de bem informados os que achavam que os juros subiriam para valer. Os lucros do capital-financeiro especulativo (que não produz nada) ficaram altíssimos, a DÍVIDA sobe a jato.
Parecia impossível: pois na Argentina, Dona Cristina é muito pior que o incompetente Menem. Este ainda conseguiu a reeeleição. Lá mesmo dizem que Dona Cristina não demora perde o cargo e o casamento.
No Estado do Rio ninguém tem a menor dúvida: Zito, que foi prefeito de Caxias, voltará ao cargo sem fazer campanha, sem gastar nada.
Curiosidade: a maior força eleitoral da Baixada, Zito queria ser governador. Aconteceu um fato espantoso: o próprio partido vetou seu nome. Motivo: "É muito provinciano". E os outros?
Lindemberg Farias, que foi para Nova Iguaçu ser prefeito e depois governador, está no mais completo ostracismo. Não era provinciano, diziam. Mas não é lembrado para coisa alguma.
Dona Dilma, se continuar inteiramente desconhecida para 2010, pode disputar o governo do Rio Grande nesse mesmo ano. Mas ela ainda continua na lista de Lula para sua sucessão.
Já Tarso Genro não tem uma chance em 1 milhão para disputar o lugar de Lula. E no Rio Grande do Sul, tem rejeição ainda maior. Foi prefeito, derrotado para governador.
Dona Marta tenta incorporar o espírito galhofeiro dos filhos (principalmente do Supla), fica longe da austeridade do sobrenome, e diz: "Estou trabalhando para ser eleita no primeiro turno". Ha! Ha! Ha!
Só vai para o segundo turno porque existem 9 candidatos é só dois verdadeiros. Assim, inevitavelmente chega junto com Alckmin e perde folgadamente. Perdeu no Poder, por que venceria agora que não é nem governo nem oposição? É o "kassabismo" feminino.
Mais óbvio do que a derrota de Dona Marta é a manchete da "Folha" de ontem: "Sonho de jovem é emprego e casa própria".
É o "sonho" de todos. Roosevelt percebeu isso quando assumiu em 1933, primeiro mandato. Obrigou os bancos a financiarem casa própria através da hipoteca. Dura até hoje, apesar dos bancos.
É uma injustiça impedir a candidatura de Gilberto Kassab à reeeleição, "pelo uso da máquina". Ha! Ha! Ha! Se ele for usar a máquina será soterrado por ela, não tira nem terceiro.
Curitiba é uma das poucas capitais onde o prefeito será reeeleito tranqüilamente. Seu nome: Beto Richa. Ganhou a prefeitura com o nome do pai, mas vai permanecer por causa dele mesmo.
Em Salvador, ACM neto, que estava em quarto lugar, deu um salto e já encostou nos dois primeiros, pode ganhar sem muito esforço. E se ganhar, inaugura nova Era, longe do avô.
Orestes Quércia continua espalhando que será senador em 2010. Tão longe, mas tão perto do "disque Quércia para a corrupção". E o autor da frase (genial), Requião, vai apoiá-lo.
Ontem revelei que a Academia faria um apelo a Antonio Candido para que aceitasse ser eleito para a vaga de Zelia Gattai. O maior intelectual vivo do País, jamais quis se candidatar.
Ontem havia um clima de satisfação e a impressão: o grande crítico (a Academia sempre teve os maiores críticos, desde José Veríssimo) aceitaria. Se não aceitar terá que ser marcada outra data. Os 23 candidatos inscritos não se elegerão.
Federer, ontem, deixou de ser o tenista número 1 do mundo. Em Toronto perdeu no primeiro jogo, agora em Cincinatti, no segundo. Federer não conseguiu ganhar do Karlovic. Vem jogando mal há muito.
Durante todo o governo de Dona Rosinha Mateus revelei escândalos enormes na Secretaria de Saúde, dominada pela quadrilha de Gilson Cantarino. Mostrei tanta corrupção no Hemorio, que a diretora foi transferida mas não demitida ou responsabilizada.
Enriqueceu tanto que mudou de um apartamento de 2 quartos na Ilha do Governador para um de 300 metros na Rua Almirante Guilhem. (Onde moram vários personagens enriquecidos pela corrupção).
Agora a polícia prende todos, a começar pelo próprio Cantarino. Dona Rosinha, "muito atarefada", disse que não sabia de nada.
8 deles entraram com habeas-corpus, julgado anteontem na 2ª Câmara Criminal TJ-RJ. Todos perderam por unanimidade, 3 a 0. Relator: desembargador Antonio José de Carvalho. E mais: desembargadores José Augusto de Araujo Neto e Eunice Ferreira Caldas.
Vão tentar agora no STJ. Desfilando na tribuna, grandes advogados, desses que cobram fortunas para defender réus de peculato, corrupção, formação de quadrilha.
XXX
O que estará acontecendo com os clubes do Rio no Brasileirão? O Flamengo estava disparado na ponta, o treinador, Caio Junior, perto de se transformar num ídolo.
Inesperadamente surge do Qatar aquela proposta indecente, perdão, irrecusável. O Flamengo cobriu em dinheiro e em elogios, Caio Junior ficou.
Depois disso, o Flamengo jogou 5 vezes, não ganhou nenhuma, perdeu 3 e empatou duas. Em 15 pontos, ganhou apenas 2, está no limite de sair do G-4.
O Fluminense empolgou o Rio na final da Libertadores, perdeu, Renato Gaúcho afirmou: "Não faz mal, vamos disputar todas as próximas Libertadores, ganharemos". No Brasileirão não ganha nada. Em 16 jogos, 48 pontos, somou apenas 13 pontos.
O Santos, um dos grandes na história do Brasil, também na zona do rebaixamento. Jogou 17 vezes, 51 pontos, ganhou apenas 16.
E finalmente o Vasco, jogou 15 vezes (completou a rodada ontem, muito depois do meu horário), em 45 pontos tem 15. Os três na zona de rebaixamento, que atração. É possível que saiam. Por enquanto, decepção tripla.
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