domingo, 31 de março de 2013



Atrás da cortina
          O governo Dilma não está se mexendo ostensivamente nem vai colocar a mão na massa, mas tem interesse na reforma politica. Os petistas têm dois objetivos básicos: deixar sem tempo de TV partidos a serem criados (como o Rede) e abrir uma janela para a troca de partidos. O objetivo: criar obstáculos para a candidatura de Marina Silva e criar condições para minguar a oposição.

Com o JN na cabeça
A candidata do partido Rede, Marina Silva, precisa que a criação de seu partido esteja aprovada pelo TSE até 20 de setembro para que ele tenha pouco mais dez dias para filiar futuros candidatos em todo país. Seus dirigentes avaliam que sua única possibilidade de aliança é com o PPS. A despeito disso não teme o pouco de propaganda na TV. Foram 1m23s nas eleições de 2010. O deputado Alfredo Sirkys (RJ) diz que "o fundamental é todos os dias aparecer no Jornal Nacional" (TV Globo). E explica: "os eleitores prestam mais atenção no noticiário que no horário eleitoral".

"O meu futuro político depende do saldo que eu tiver depois de realizar as Olimpíadas de 2016"
Eduardo Paes
Prefeito do Rio de Janeiro


Tinha uma pedra

O secretário-geral do PSD, Saulo Queiroz, conta que seu partido foi formado em quatro meses, por isso avalia que Marina Silva tem condições de viabilizar seu partido, o Rede. Mas alerta: é preciso colocar a mão na massa. E explica: "Nós, enfrentamos brutal oposição. Tivemos que recolher mais de 800 mil assinaturas para que fossem validadas 550 mil". Ele não crê que o Rede enfrentará tantas barreiras.

Mudança de guarda
Os novos líderes do PMDB no Senado, Eunício Oliveira (CE), e na Câmara, Eduardo Cunha (RJ), querem colocar os seus no governo Dilma. Um dos alvos de cobiça é a INFRAERO.

Marinho é o ponto de convergência
A candidatura de Luiz Marinho ao governo de São Paulo ganha musculatura no PT. O prefeito de São Bernardo do Campo continua dizendo publicamente que não quer ser o adversário do governador Geraldo Alckmin (SP). Mas a cúpula do PT paulista está se curvando ao ex-presidente Lula e por lá  são muitos os que dizem que é a "melhor alternativa" e "o candidato mais viável".

O drama

Pesquisas encomendadas pelo DEM constatam que a presidente Dilma não tem o carisma do ex-presidente Lula nem a mesma rejeição ou oposição. Dilma tem mais intenções de voto nas elites e entre os ricos do que Lula teve.

A oposição
Os aliados do candidato tucano ao Planalto, senador Aécio Neves (MG), querem que ele organize logo os palanques de seus aliados nos estados. Alegam que ele precisa cacifá-los para ter quem ajude a puxar votos. Justificam: um candidato a governador que hoje tem 15%, sem apoio, cai para 8%.

O que vai pelo mundo
É conhecida a rixa entre o COI e a FIFA e a rivalidade entre os eventos Copa do Mundo e Olimpíadas. O Brasil não podia ficar de fora desta disputa de vaidades. No COB corre solto que "A Copa do Mundo é o evento teste das Olimpíadas".
O ministro Edison Lobão (Minas e Energia) está tirando o time de campo. Ele não pretende disputar o governo do Maranhão. Alega que é hora de renovar.

sábado, 30 de março de 2013


Os palanques de Dilma
          Nas eleições regionais do ano que vem, o PT avalia que a presidente Dilma poderá ter dois ou três palanques nos Estados. O principal aliado, o PMDB, por isso, quer que a campanha de Dilma passe ao largo destas refregas. Alegam que, ao contrário, do ex-presidente Lula, nas eleições de 2010, não há mais necessidade dela entrar em campo para garantir maioria governista no Senado.
Os desafios de Eduardo Campos
Festejada pela oposição e vista com reserva no Planalto, a eventual candidatura do governador Eduardo Campos (PSB-PE) tem muito pela frente. Ele precisa unir seu partido. O governador Cid Gomes (PSB-PE) tem reiterado apoio à reeleição da presidente Dilma. Ele necessita de aliados para ampliar seu tempo de propaganda na TV. Tem que galvanizar o Nordeste em torno de si, coisa que Ciro Gomes (CE), pelo PPS, não alcançou em 2002. Há o desafio do Sudeste, que concentra 43% dos eleitores. Nele, o melhor percentual de Ciro foi em São Paulo (10,57%). Mas Ciro fora ministro da Fazenda de Itamar Franco e, por isso, visto pelo eleitor como um dos gestores do Plano Real.
O poste está andando. Eles (o governador Sérgio Cabral e o prefeito Eduardo Paes) vão puxar o poste
Luiz Fernando Pezão
Vice-governador e candidato do PMDB ao governo do Rio

A referência
Eduardo Campos não padece do destempero de Ciro Gomes (foto). Mas isso não reduz seu drama. Em 2002, Ciro só foi primeiro no seu Ceará (44,48%). No Nordeste só teve maior votação que José Serra (PSDB) no Maranhão (22,10%). Mas este Estado sonhou ver Roseana Sarney no Planalto, que no escândalo Lunus despencou de 38% para 14%.

Falam em 500 mil. Será?
Os evangélicos planejam para a segunda semana de abril manifestação, em Brasília, com fiéis de todo país, para defender a permanência do deputado Marco Feliciano (PSC-SP) na presidência da Comissão de Direitos Humanos.

Esforço na reta final
A presidente da CNA, senadora Katia Abreu (PSD-TO), abraçou proposta da Firjan para instituir o porto 24 horas no país. Empresários e entidades, querem que os postos da Receita, do Ministério da Agricultura, da Anvisa e da Docas funcionem 24h, como nos portos de Rotterdam, Shanghai e Singapura. E querem aprovar emenda do deputado Edinho Bez (PMDB-SC).

O homem da reeleição

O ministro Aloizio Mercadante (Educação) é nome forte para coordenar a campanha pela reeleição da presidente Dilma. No “Valor Econômico”, o ex-presidente Lula praticamente descartou sua candidatura ao governo paulista.

Agenda cheia
No Planalto o que se conta é que o ministro José Eduardo Cardoso (Justiça) recebeu 18 candidatos à vaga de Ayres Brito no STF. O mais notório deles foi o presidente do TJ paulista, Ivan Sartori, nomeado pelo governador Geraldo Alckmin.

Passando o ofertório
O vice-presidente Michel Temer embarca amanhã para Omã, no Golfo Pérsico. Seu séquito inclui comitiva de empresários e investidores brasileiros interessados em fazer negócios com o poderoso e milionário governante, o Sultão Said Al Said.

O PSD pode nomear um vice da CEF e assumir o Dnit mineiro. A contrapartida é apoiar o ministro Fernando Pimentel ao governo mineiro.

sexta-feira, 29 de março de 2013

 
PT banca Lindbergh
          A direção nacional do PT não vai retirar eventual candidatura do senador Lindbergh Farias ao governo do Rio. Sua única preocupação é que o petista faça uma campanha civilizada para não empurrar o PMDB local para a oposição. Um alto dirigente do partido assegura: "Não podemos sacrificar o Rio mais uma vez. Temos um candidato que não é nenhum pangaré".

A volta da 'Abalu'
A cúpula da Câmara jogou a toalha. Não há como tirar, regimentalmente, o deputado Marco Feliciano (PSC-SP) da presidência da Comissão de Direitos Humanos. Na semana que vem, o presidente da Câmara, Henrique Alves (PMDB-RN) convocou os líderes das bancadas para ver o que fazer. Pois a despeito disso, é preciso fazer a comissão funcionar. E, também, garantir um contraponto às suas propostas sobre temas da vida dos brasileiros. Mas há quem, como o deputado Arnaldo Jordy (PPS-PA), e outros, que pregam aos leigos se retirar da Comissão e aderir à 'Abalu', sigla fake de uma tendência estudantil, a "Abandonar a Luta".

“Uma vez eleito, pelo regimento, não temos como tirá-lo”
Henrique Eduardo Alves
Presidente da Câmara (PMDB-RN), sobre o presidente da Comissão de Direitos Humanos, Marco Feliciano (PSC-SP)




... Tocou novamente
O ministro Guido Mantega (Fazenda) anda irritado com o líder do governo no Senado, Eunício Oliveira (PMDB-CE). Ele liga todos os dias e Eunício não atende. Mantega já fez beicinho no Planalto. O ministro é contra a PEC do senador que distribui, para os Estados, 25% da arrecadação do PIS/Confins. A mudança tiraria R$ 500 milhões/ano da União.

Renúncia à vista
O conselheiro da Comissão da Verdade, ministro do STJ Gilson Dipp, deu sinais ao governo que poderá renunciar ao cargo por problemas de saúde e sobrecarga de trabalho.

A largada do candidato de Cabral
Para aferir o efeito das inserções na TV do vice Luiz Fernando Pezão, o Instituto Ideia fechou uma pesquisa de 1.200 entrevistas, para o PMDB, na última terça-feira. O governador Sérgio Cabral está batendo o bumbo. O percentual de conhecimento de Pezão subiu 50%, em relação a de fevereiro, indo de 30% para 44%. Intenção de voto: Garotinho 23%, Lindbergh 17% e Pezão 16%.

Façam suas apostas
Egresso da USP, renomado tributarista e apoiado pelo ministro Ricardo Lewandowski, o jurista Heleno Taveiro Torres é apontado, no mercado, como o nome mais forte para ocupar a vaga no STF deixada pelo ex-ministro Carlos Ayres Britto.

Assédio aos leigos
O PSB entrou em campo e está assediando os deputados do PSC que são leigos ou cujos eleitores não professam o radicalismo religioso. Os alvos são o deputado Hugo Leal (RJ) e três eleitos pelo Paraná.

Ah, se fosse um cidadão comum...
A segurança da Câmara não sabe o que fazer. Funcionários do gabinete da deputada Érica Kokay (PT-DF) têm por hábito subir em cima das mesas para protestar, como agora na Comissão de Direitos Humanos.

A presidente Dilma pediu ao ministro Manoel Dias (Trabalho) rapidez e eficiência na regulamentação da PEC das Domésticas.

quinta-feira, 28 de março de 2013



Dilma é Dilma
          A direção nacional do PT intercedeu pedindo que o pré-candidato ao governo do Rio, senador Lindbergh Farias, se acalme. O governador Sérgio Cabral (PMDB) alertou ao ex-presidente Lula que não é prudente dividir o vértice da aliança que administra o país. Um aliado de Cabral adverte: "Deixa o PT lançar candidato em todo lugar para ver o que acontece. Lula era Lula!".

Falta comover a sociedade

Em recente conversa com integrantes da Comissão da Verdade, a presidente Dilma criticou a escassez de depoimentos de familiares de desaparecidos políticos com capacidade de comover o país, servindo como espécie de catarse nacional. Citou como exemplo as experiências da Argentina e da África do Sul. Disse que está se produzindo documentação importante, mas que a comissão precisa garantir espaço aos que querem chorar seus mortos. O depoimento dado ao órgão por seu ex-marido Carlos Araújo, dia 17, em que acusou empresários brasileiros de financiarem órgãos da repressão foi considerado importante por exorcizar fantasmas do passado.

O pastor Feliciano é o homem errado no lugar errado e, para a função, totalmente inadequado. Ele representa a negação dos direitos humanos

Chico Alencar
Deputado federal (PSOL-RJ)




Discrição
Ele é contido em suas declarações públicas e não faz questão de se exibir. Mas no governo Dilma, o secretário do Tesouro Nacional, Arno Augustin, foto, tem peso a cada dia maior. A presidente Dilma confia nele e, por isso, é acionado para todas as reuniões que tratam da liberação de recursos para os estados e os municípios.

Agora vai
O presidente chinês, Xi Jinping, disse a presidente Dilma que está disposto a importar mais produtos de valor agregado do Brasil, uma das principais reivindicações na área comercial. E falou em apoiar Roberto Azevêdo na OMC.

Virou o jogo
As pesquisas de opinião que jogam lá em cima a popularidade da presidente Dilma e garantem conforto à reeleição, fizeram com que pisasse no freio. Está vendo com outros olhos as negociações com PSD, PR e PTB. Avalia que se quiserem se aproximar do PSB e do PSDB, o problema é deles. Os partidos se movem pela perspectiva de poder e, neste quesito, por enquanto, reina absoluta.

O Planalto quer faturar

O governo ficou exultante com a aprovação da PEC das Domésticas. A presidente Dilma disse que foi votação histórica e vai citá-la no pronunciamento de 1º de maio. Ela também planeja fazer evento em apoio à medida.

Questão de gosto
O vice-governador de São Paulo, Afif Domingos (PSD), anda dizendo por aí que se tiver que optar entre seu atual cargo e o Ministério da Micro e Pequena Empresa, prefere ficar onde está. Não aceita a ideia de ter que renunciar.

Má gestão
A despeito da demissão da cúpula das Indústrias Nucleares do Brasil, que responde à Ciência e Tecnologia e era ligada ao PSB, o governo diz que ocorreu por pura má gestão. O Brasil é autossuficiente em urânio, mas passou a importar o mineral.

Atendendo a apelo da cúpula do PSD, o deputado Ricardo Izar (SP) deve desistir da candidatura a presidente do Conselho de Ética da Câmara.

quarta-feira, 27 de março de 2013

 
Ilimar Franco 
 
 
Em compasso de espera
          O governador Eduardo Campos (PSB), que ontem esteve com a presidente Dilma em Serra Talhada (PE), só vai decidir sobre sua candidatura à Presidência no ano que vem. Aos políticos e empresários que conversaram com ele, tem afirmado claramente: “Se eu for candidato é para ganhar as eleições. Não será para preparar 2018. Nunca fiz eleição teste”.
Rebeldia contra o exclusivismo
Integrantes da cúpula do PSB asseguram que a candidatura de Eduardo Campos só existirá “se o governo Dilma chegar envelhecido na eleição, num país que não cresce e sem projeto futuro”. Os socialistas estão pasmos com a “atitude raivosa do PT, que acirra ânimos, como se negasse aos aliados o direito de participar do debate político sobre o país”. Seus dirigentes também perguntam sobre a atitude do PT com os aliados nas eleições regionais: “Os petistas vão compor com os aliados ou vão querer promover um acerto de contas, usando como álibi desacertos do passado?”.
Aécio Neves está se reunindo com empresários e conversando com os partidos, como Eduardo Campos. A diferença, é que ele não publica a agenda no facebook

Marcus Pestana
Presidente do PSDB-MG e deputado

Saia justa
Estes dias, por acaso, o governador Renato Casagrande (ES) e o ministro Fernando Pimentel se encontraram. No pano de fundo, o lobby da EBX para o Estaleiro Jurong investir no porto de Açu. Pimentel se apressou: “A única coisa que fiz foi assinar carta genérica pedindo para o embaixador do Brasil em Cingapura fazer gestões para a Jurong conversar com um diretor da EBX”.
Compromisso na Catedral
Para tratar do socorro federal para a reconstrução de Petrópolis, ontem, após a missa pelas vítimas, a presidente Dilma, o governador Sérgio Cabral, secretários e ministros, fizeram reunião na sacristia da Catedral São Pedro de Alcântara.
Não há inocentes nesta história
O PSC não é o único culpado pela eleição do deputado Marco Feliciano (SP) para a Comissão de Direitos Humanos da Câmara. Os maiores partidos da Casa (PT, PMDB, PSDB e PSD) não deram prioridade a esta Comissão. O mesmo fizeram outros oito partidos. Todos eles poderiam ter assumido o comando desta Comissão, mas deram preferência por atuar em outras áreas.
Tarefa quase impossível
No comando da Autoridade Pública Olímpica, Márcio Fortes só deixa o cargo pela vontade da presidente Dilma. Ocorre que ele foi eleito e tem mandato até 2015, quando depois do trabalho feito pode aparecer alguém querendo faturar.
Estranho no ninho
A bancada mineira do PR entregou documento à direção do partido rejeitando a indicação do deputado Jaime Martins para o Ministério dos Transportes. Alegam que ele segue o senador Clésio Andrade, que trocou o PR pelo PMDB.
Tem paulista no samba
O ministro Aluízio Mercadante (Educação) foi visto no último domingo à noite tocando tamborim e maraca na tradicional roda de choro e de samda de raiz do Grau, um modesto boteco do Lago Norte, região residencial de Brasília.
O Espírito Santo terá sua Comissão da Memória e da Verdade. Projeto para sua criação foi enviado ontem pelo governador Renato Casagrande.

segunda-feira, 25 de março de 2013

Aécio não entusiasma deputados tucanos de SP

  • O PSDB chega à ante-sala de 2014 sem ter absorvido o acontecido em 2010. Decorridos mais de dois anos da tempestade, veio a cobrança. O tucanato paulista serve ao mineiro Aécio Neves o pão que o Tinhoso amassou. Nesta segunda (25), dia em que Aécio fará palestra para o tucanatode de São Paulo, a repórter Luiza Bandeira traz à luz uma enquete com 35 deputados federais e estaduais do PSDB.
Pergntou-se quantos, afinal, apoiam a candidatura presidencial Aécio. Apenas oito disseram categoricamente apoiar o minero. Doze elogiam Aécio, mas não fecham questão quanto ao apoio. Outros 15 negam-se a dizer quem irão apoiar. Quer dizer: antes de se entender com aliados externos, o PSDB terá de arrumar a própria casa –trocar as lâmpadas quebradas, desentortar a vara do trombone, limpar o vômito do tapete e verifcar se não ficou um José Serra Escondido dentro do sofá.

domingo, 24 de março de 2013

 
De carro oficial
          Paulo Dias Moura Ribeiro, candidato a ministro do STJ, está fazendo campanha utilizando carro oficial e motorista do Supremo Tribunal Federal. O candidato foi visto, semana passada, chegando em dois badalados restaurantes de Brasília. Ribeiro é ligado a Carlos Vieria Von Adamek, juiz substituto de segundo grau, que atua como auxiliar do ministro José Antônio Dias Tofolli.
Rio: Eduardo x Aécio
O DEM encomendou pesquisa no Rio sobre o conhecimento entre os eleitores dos candidatos ao Planalto Aécio Neves (PSDB) e Eduardo Campos (PSB). Aécio levou a melhor. O tucano é conhecido por 51,6% dos ouvidos. O socialista por por 22,6%. A imagem positiva de Aécio é de 45,4% e a de Eduardo 30,8%. O Instituto GPP fez 2 mil entrevistas residenciais em todo estado dias 16 e 17. Na corrida pelo governo do Rio, o ex-governador Anthony Garotinho (PR), com 17,5%, e o senador Lindbergh Farias (PT), com 17,4%, lideram. O vereador César Maia (DEM) tem 15,3%, o vice Luiz Fernando Pezão (PMDB) 11,6% e o deputado Alfredo Sirkis (Rede) 2,3%.
 Minha missão na OEA é tentar reverter a saída da Venezuela e acabar com a bobagem de que Direitos Humanos é uma agenda de Barack Obama e David Cameron

Paulo Vanucchi
Candidato do Brasil à Comissão Interamericana de Direitos Humanos

O amor é lindo
O juiz Paulo Augusto Moreira Lima, responsável pela prisão do contraventor Carlos Cachoeira, e Léa Batista, procuradora que investigou o o caso pelo Ministério Público vão casar no fim deste mês. Eles se conheceram durante a operação e CPI do Cachoeira. O casal convidou para padrinho o senador Pedro Taques (PDT-MT), foto.
2
Penosa negociação
Extenuante a tarefa do senador Luiz Henrique (PMDB-SC) para montar palanque da presidente Dilma. Quer chapa com o governador Raimundo Colombo (PSD) e Ideli Salvatti (PT) ao Senado. O drama: PT E PSD não se aceitam como aliados.
O Papa e os casais de 2ª união
Católicos brasileiros estão na expectativa que o Papa Francisco I autorize os casais de 2ª união a receber a comunhão. Estes fiéis participam ativamente da Igreja e estão organizados em Pastoral em cerca de 260 dioceses. Embora a tese tenha ampla simpatia, não foi trilhado ainda um caminho teológico e doutrinário que a legitime.
Montando o palanque
A presidente Dilma, o líder do governo no Senado, Eduardo Braga (PMDB) e o presidente do PR, Alfredo Nascimento, falaram sobre a eleição no Amazonas. A ideia é Braga ao governo, Alfredo a vice e Amazonino Mendes (PDT) ao Senado.
Mudança de endereço
Com dificuldade em emplacar candidatura à Presidência, a ex-deputada Luciana Genro (PSOL) pode mudar o domicílio eleitoral de Porto Alegre para São Paulo. Não pode concorrer a deputada no Sul porque seu pai é governador.

sábado, 23 de março de 2013

A coluna Panorama Político (23/3) do jornal O Globo (Ilimar Franco)

 


O eleitor decisivo
          Apesar do convite para concorrer a vice ou ao Senado na chapa do PT para o governo paulista, o presidente do PSD, Gilberto Kassab, está decidido a concorrer ao Palácio dos Bandeirantes. O partido, em São Paulo, não tem muitas ilusões sobre as chances de Kassab ir para o segundo turno. Mas o PSD está convencido de que o apoio de Kassab vai definir o resultado da eleição.

De olho no Nordeste
Um grupo de ministros se reuniu ontem com a presidente Dilma no Palácio do Planalto para discutir um pacote de medidas de combate à seca. Não conseguiram chegar a uma proposta satisfatória. Entre as medidas analisadas estão a criação de sistema mais moderno de perfuração de poços com uso de máquinas mais potentes. Há ideia de fazer um convênio com a Petrobras, que tem tecnologia de ponta. Pensa-se em criar um observatório para atuar na prevenção; e atuar na desburocratização das ações do governo no combate à seca. As prefeituras terão o dinheiro liberado por cartão de pagamento, como já ocorre em situações consideradas emergenciais.
O PSD como um todo está muito mais próximo de Dilma. A vinculação do Kassab com Eduardo Campos é pessoal

Saulo Queiroz
Secretário-geral do PSD

Com a mão na taça
No dia 15 de abril, Ideli Salvatti passa a ser a ministra com mais tempo no comando da Secretaria de Relações Institucionais na era petista (governos Lula e Dilma). Ela ultrapassa em um dia o detentor do record anterior, o atual ministro do TCU, José Múcio, que ficou no cargo 672 dias. A cautelosa ministra, até lá, está de dedos cruzados.
Raio-X
Para atenuar a imagem no povão que o PSDB é contra políticas sociais, Aécio Neves vai usar a pré-campanha para mostrar suas ações quando era governador no Vale do Jequitinhonha, região mais pobre de Minas Gerais.
Briga de egos
Os ministros mais influentes junto a presidente Dilma, Fernando Pimentel e Aloizio Mercadante, estão em lados opostos. Mercadante quer Paulo Passos no Transportes. De olho na campanha, Pimentel quer um mineiro do PR na pasta.
Abridor de latasA passagem do ex-presidente Lula pela Nigéria rendeu. Ele fez palestra para a nata do empresariado. A Cotia já teve negócios lá, onde atualmente só atua a Petrobras. Agora, a Andrade Gutierrez firmou parceria com o Grupo Dangote, o maior daquele país, com enormes carências de infra-estrutura, notadamente energia.
Chuvas, socorro e corrupção
Desde a década de 80 que Teresópolis e Nova Friburgo convivem com mortes e deslizamentos pelas chuvas. Há dois anos, seus prefeitos foram afastados por desvio de recursos federais e estaduais para reconstrução e socorro de vítimas.
Força Nacional
Para evitar desvio do dinheiro nas calamidades, o deputado Miro Teixeira (PDT-RJ) defende que seja declarado Estado de Defesa (artigo 136 da Constituição). Daria foco nacional à reconstrução e o uso adequado do dinheiro repassado.
Desprestígio. No aniversário de dez anos da Secretaria da Igualdade Racial, dia 21, nenhum ministro do governo Dilma compareceu.


Ilimar Franco 22.3.2013 12h28m



Depois da porta arrombada
          O TCU deu aval ao projeto que simplifica a liberação de recursos para obras de reconstrução em áreas de calamidades. Após a Páscoa, o vice-governador Luiz Fernando Pezão (RJ) e o ministro Fernando Bezerra (Integração) vão pedir ao Congresso que dê urgência às mudanças. O prazo de emergência será móvel, de acordo com a necessidade. Hoje, são seis meses. Pezão diz: “Depois de apanhar tanto, é hora de mudar”.

IBOPE: a aprovação de Dilma
O presidente do IBOPE, Carlos Augusto Montenegro, explica porque a avaliação negativa nas áreas da Saúde e da Segurança Pública não abalam o prestígio da presidente Dilma. Relata que, para a população, a gestão da Saúde é compartilhada por União, Estados e Municípios, e que “o desgaste fica mitigado”. Na segurança pública, ele esclarece: “As pessoas identificam segurança com os Estados”. Quanto aos juros, diz: “O povão não nota quanto um bem vai custar em 24 prestações. Ele só quer saber se vai poder pagar cada parcela”. E acrescenta: “50% da população brasileira não tem conta em bancos”.

 (Chávez) governou sempre tendo em vista a emancipação econômica da Venezuela e a melhoria da qualidade de vida de sua gente

Roberto Amaral
Vice-presidente nacional do PSB, em artigo no seu site, que tem como lema “pensarBrasil”

Ele tem a força?
Primeiro ato: o empresário Jorge Gerdau, conselheiro do governo Dilma, criticou o excesso de Ministérios. Segundo ato: nenhum partido quer assumir a Secretaria de Assuntos Estratégicos. Terceiro ato: a presidente Dilma pode extinguir a SAE. Quarto ato: o IPEA voltaria para o Planejamento e o Conselhão ficaria com a ministra Ideli Salvatti.
Medo!!
A ministra Ideli Savatti num jantar com deputados mineiros na quarta-feira foi embora à meia-noite. Pediram que ela ficasse mais. Contam que a ministra respondeu: "Senhores, amanhã chega a minha chefe brava e ungida pelo Papa”.
Força-tarefa tucana
O candidato do PSDB ao Planalto,senador Aécio Neves (MG) está orientando os tucanos a procurarem o governador Eduardo Campos (PSB-PE) para pedirem que não desista de disputar a sucessão presidencial. Os tucanos avaliam que Campos tem que disputar para levar o pleito para o segundo turno
O PTB continua fora
A presidente Dilma receberá o PTB, mas o partido não terá ministério. O partido apoia o governo, mas fez aliança com José Serra (PSDB) em 21010 e agora está namorando com a candidatura Eduardo Campos (PSB) para o pleito de 2014.
Novo capítulo da novela
O PR voltará a ser recebido pela presidente Dilma. Mas seus auxiliares dizem que não haverá mudança do ministro dos Transportes. No Planalto existe uma avaliação que é ruim devolver ao PR, depois de um processo da faxina.
Cláusula Pétrea
Sobre a emenda constitucional sobre a divisão dos royalties do petróleo, o senador Francisco Dornelles (PP-RJ) ironiza: “O inciso 36 do artigo 5º diz: a lei não prejudicará o direito adquirido, o ato jurídico perfeito e a coisa julgada.
O MINISTÉRIO DA JUSTIÇA vai liderar R$ 2 milhões para o Arquivo Nacional recuperar o acervo histórico danificado pelas chuvas deste mês no Rio.



Ilimar Franco 21.3.2013 7h00m

Amnésia quase coletiva
          A festejada proposta de acordo nos royalties, feita pelo governador Eduardo Campos (PE), não sensibilizou o governador Sérgio Cabral (RJ). O que se diz na sua equipe é que “não cola” está prática de “um dia fazer uma coisa e no outro dizer outra coisa”. No Palácio das Laranjeiras, está bem vivo na memória que “Eduardinho” foi um dos maiores defensores da lei, que prejudica os Estados produtores.
Resistência e opinião pública
A cúpula da Câmara e a maioria dos deputados espera que, nos próximos dias, o presidente da Comissão de Direitos Humanos, o polêmico Marco Feliciano (PSC-SP), renuncie. Mesmo perdendo o aval de sua bancada, Feliciano tem o apoio da direção de seu partido para resistir e defender suas posições religiosas, mesmo que elas desagradem parcela da opinião pública. Por lá, avalia-se que existe uma opinião pública “cristã e evangélica” que aplaude suas posições. Um dirigente resumiu: “Quem tá chiando não vota no PSC”. E, previu: “ele vai arrebentar de votos” nas eleições do ano que vem. Estes dizem que Feliciano só sai  “por vontade própria”.

Após oito anos de um excelente governo do Fernando Henrique, o Lula conseguiu aprofundar a distribuição de renda

Sérgio Cabral
Governador (RJ), ontem em palestra para jovens promovida pelo IBMEC no Teatro Maison de France
 
Na corrida
O nome do presidente do PSDB mineiro, deputado Marcus Pestana, está sendo trabalhado para ser candidato à sucessão do governador Antônio Anastasia. Consta que tem a simpatia de Aécio Neves, mas não está só. O vice-governador Alberto Pinto Coelho (PP) está no páreo, caso seu partido não apóie a reeleição da presidente Dilma.
Arrumando a casa
O candidato do PSDB, Aécio Neves, definiu que Orjan Olsen (Instituto Brasil) cuidará da área de pesquisas. O marqueteiro Renato Pereira já está produzindo as inserções comerciais e o programa de TV dos tucanos que vão ao ar em maio.
Serra não se considera fora do jogo
O ex-governador tucano José Serra (SP) mandou um recado ontem, de que não desistiu da concorrer ao Planalto. No Twitter, baseado em crítica distribuída, no dia anterior, pelo Instituto Teotônio Vilela, atacou o governo Dilma: “Cadê as 6 mil casas prometidas para Petrópolis em 2011? Apenas 4 obras de contenção foram entregues. Há recursos que ainda estão retidos ”.
Ação e chuvas previsíveis
O ITV acusa, com razão, o governo federal de ter histórico ruim nestas calamidades. Petrópolis padeceu de estragos e mortes nos anos de 86, 87, 88, 94, 98, 99, 2000, 2001, 2002, 2003, 2004, 2005, 2007, 2008, 2009, 2010, 2011, 2012 e agora.

É palmo a palmo
Atenta a possibilidade do PTB deixar sua aliança eleitoral com o PSDB em direção ao governador Eduardo Campos (PSB), a presidente Dilma chamou seus líderes amanhã no Planalto, para tratar da participação do PTB no governo.

À procura de uma porta de saída
O prefeito Arthur Virgilio anunciou que deixará o PSDB se o partido votar a favor da unificação do ICMs. A lei prejudicaria a Zona Franca de Manaus. Ele já recebeu convite do governador Eduardo Campos para se transferir para o PSB.

OS PETISTAS não gostaram da pressão do presidente da Câmara, Henrique Alves (PMDB-RN), para que a CCJ vote a lei do Orçamento Impositivo.

quinta-feira, 21 de março de 2013


PR volta à carga
          A presidente Dilma deve se reunir, na sexta-feira, com o presidente do PR, senador Alfredo Nascimento (AM), para tratar do Ministério dos Transportes. O partido vai apresentar quatro nomes à pasta. O mais forte deles é o deputado Jaime Martins (MG). Ele tem o apoio do ministro Fernando Pimentel (PT), que quer o PR ao seu lado na disputa pelo governo de Minas Gerais.

O PT paulista entra na briga
Ele quer que o senador Antonio Rodrigues (SP) seja o ministro. Neste caso, seu suplente, Paulo Frateschi, Secretário Nacional de Comunicação petista, assumiria. O PR vai levar ainda a Dilma, o nome do deputado Aracely de Paula (MG) e reapresentar o do deputado Luciano Castro (RR).

Carência afetiva
O ex-líder do PSDB no Senado Álvaro Dias (PR) e o deputado Ricardo Trípoli (PSDB-SP) falavam ontem, sobre o PSDB, numa roda num restaurante de Brasília. “Eu não estou sabendo de nada! Nem de candidatura a presidente da República nem a presidente do partido”, disse Álvaro. “Eu também não! De vez em quando a gente sabe alguma coisa pela imprensa”, emendou Trípoli. “Acho que é porque o pessoal sempre decidiu tudo petit comité”, retrucou Álvaro. O ex-líder do PSDB na Câmara Bruno Araújo (PE) chega na roda e arremata: “Estou como um católico, na praça do Vaticano, esperando sair a fumaça branca”. Gargalhadas.

Depois disso aqui, quem não vem? Pode ser que depois piore. Mas agora, tá bom!

Fernando Pimentel
Ministro do Desenvolvimento, com a pesquisa Ibope/CNI nas mãos, falando sobre a manutenção do apoio dos partidos aliados à presidente Dilma nas eleições de 2014


E agora, José?
O Louro José, personagem do programa “Mais você”, da TV Globo, saiu-se com esta ontem, lá pelas nove horas da manhã: “Eu gosto da presidente Dilma!” A apresentadora Ana Maria Braga concordou, e o papo seguiu. O “Mais você” é o líder de audiência no horário. Atinge em média 504 mil domicílios em São Paulo, segundo o Ibope de 22 de fevereiro último.

Porta aberta
Sexta-feira passada, o governador e candidato do PSB à Presidência, Eduardo Campos, foi ao Rio visitar o presidente licenciado do PTB, Roberto Jefferson. Saiu de lá com a porta aberta para uma eventual composição com o PTB em 2014.

Namoro
Na semana passada, emissários do candidato do PSDB ao Planalto se reuniram com o presidente do PPS, Roberto Freire. O ex-comunista disse que seu partido está aberto a conversas com os candidatos Aécio, Eduardo Campos (PSB) e Marina Silva (Rede). Freire, muito próximo a José Serra, alegando insegurança no diálogo, insistiu na necessidade de pacificação interna do PSDB.

A disputa pela Jurong
O governador Renato Casagrande flagrou num restaurante, em Brasília, diretores do Estaleiro Jurong, que investem no Espírito Santo, com o diretor Institucional da EBX. Estes se apressaram em dizer que tratavam de “outras sinergias”.

Contra a reforma política fatiada
Os líderes do PSD, do PSB, do DEM, do PDT, do PR, do PTB, do PCdoB, do PRB e do PSC fecharam questão ontem contra qualquer tentativa de votar uma reforma política parcial. Dizem que isto só interessa aos grandes partidos.
A ministra Tereza Campelo debate o programa Brasil Sem Miséria, sexta-feira, na reunião do Conselho de Administração da OIT, em Genebra.

terça-feira, 19 de março de 2013


Ilimar Franco 19.3.2013 7h00m


Poderoso
          Pré-candidato ao governo de São Paulo, o ministro Aloizio Mercadante (Educação) é o nome preferido da presidente Dilma para concorrer contra o governador Geraldo Alckmin. Mercadante é um dos ministros mais influentes junto a presidente. Tanto que, há três meses, por sua influência, o projeto do ministro Alexandre Padilha (Saúde) para contratar médicos estrangeiros está parado para avaliação no Planalto.
Intriga internacional
O embaixador do Brasil em Cingapura, Luiz Fernando Serra, chegou ontem em Brasília convocado pelo ministro Antônio Patriota. Ele está no Brasil para explicar a pedido de quem e que tipo de gestões fez junto ao Estaleiro Jurong, para que este transferisse um investimento de R$ 500 milhões, do litoral norte do Espírito Santo para o porto de Açu (RJ). O embaixador foi chamado ao Brasil na quarta-feira, dia 13, quando esta coluna relevou que o governador Renato Casagrande (ES) estava protestando junto ao Itamarati. O senador Ricardo Ferraço (PMDB-ES), sexta-feira, no Senado, em discurso revelou que a transferência beneficia o empresário Eike Batista.
Um dos desafios da candidatura Marina Silva é manter e ampliar o eleitorado nas regiões Sul e Sudeste que já votou nela nas eleições presidenciais de 2010

Alfredo Sirkis
Deputado Federal (PV-RJ)

Chico presidente
O PSOL também já começou a tratar da sucessão presidencia de 2014. O partido decidiu que terá candidato. O deputado Chico Alencar (RJ), foto, é o nome preferido. Mas disputa a indicação com a ex-deputada Luciana Genro (RS). Para o partido manter sua vaga na Câmara, vão concorrer Marcelo Freixo e Milton Temer.

Rebelião
Segundo cálculos dos senadores, só o Rio de Janeiro e São Paulo querem aprovar a unificação das alíquotas do ICMS. Todos os demais estados avaliam que perdem dinheiro e, portanto, vão tentar implodir a proposta do governo Dilma.
Mais atraente à cobiça política
A presidente Dilma pretende dar maior musculatura à Secretaria de Assuntos Estratégicos. Está na sua mesa Medida Provisória que dá à Secretaria a responsabilidade de fiscalizar as agências reguladoras. A SAE cuida apenas do Conselho de Desenvolvimento Econômico e Social e é considerada uma espécie de patinho feio da Esplanada dos Ministérios.
Um retrato dramático
O governador Renato Casagrande (ES) está apavorado. Hoje no Senado vai relatar que de um orçamento de R$ 13,9 bi, perderá R$ 900 milhões com a lei dos royalties e R$ 3,6 bilhões se for aprovada a unificação do ICMS dos estados.
Gafe
Ao anunciar que pretende acabar com o reinado de 50 anos dos Sarney no Maranhão, o presidente da Embratur, Flávio Dino (PCdoB), coloca para debaixo do tapete os governos de José Reinaldo Tavares (02-06) e de Jackson Lago (07-09).
Cobiça no PSD
Um dos motivos para Afif Domingos não ter sido anunciado ainda para o Ministério das Micros e Pequenas Empresas é a ambição da bancada de deputados. Quase todos eles querem o cargo.
O ministro Manoel Dias (Trabalho) está trazendo de volta para a secretaria-executiva Paulo Roberto Pinto, que ocupou o cargo na gestão Carlos Lupi.

segunda-feira, 18 de março de 2013

Eduardo Campos, um governista cada vez ma non troppo, não dá mais um passo sem tropeçar em 2014. Seus cumprimentos soam como inaugurações do bom dia. Em cada frase, um discurso. O governador pernambucano não vai ao meio-fia sem levar à mão um comício.
Nas pegadas da semana em que roubou a cena num encontro de governadores em Brasília, fez palestra para industriais no Rio e jantou com varejistas em São Paulo, Eduardo foi à praia. Lançou em Recife o “Praia sem Barreiras”, programa concebido para facilitar o acesso de pessoas com problemas de locomoção às areias.
Ao lado de Geraldo Julio, o “poste” que acomodou na prefeitutra da capital pernambucana no ano passado, Eduardo participou de uma partida de vôlei sentado. “Estou jogando melhor sentado do que em pé”, comentou, entre risos, negando uma vez mais que esteja em campanha.
Ao deparar-se com os microfones, em número cada vez maior, o não-candidato subiu no caixote. Um dia depois de Dilma Rousseff ter defendido o fortalecimento de sua coalizão na cerimônia de troca de comando em três ministérios, Eduardo criticou os “velhos pactos políticos”. Heimm?!?
“O pacto político, ao meu ver, que vai ser capaz de fazer as mudanças continuarem, acelerarem, não será conservador, com as velhas políticas, com aquilo que incomoda a sociedade brasileira. O prazo acho até que está passando, porque a gente precisa dessa renovação.”
Membro da coalizão que critica, Eduardo diz que não é possível prever quando virão as mudanças. Mas fala como se as farejasse. “Eu já sinto os sinais do processo de renovação.” Hã?!?
Evocando a eleição municipal do ano passado, na qual rompeu com o PT pernambucano e prevaleceu sobre o ex-aliado na disputa pela prefeitura de Recife, o governador fustigou: “Vi isso aqui em Pernambuco, fiz parte desse processo de renovação.”
Eduardo repisou o que dissera no repasto com empresários paulistas. “Vi uma dose grande de pessimismo nas perguntas […]. Eu disse que sou um otimista, que nos últimos anos se fez muito. Mas também disse que pode ser feito mais.”
Sócio do condomínio que governa o país desde 2003, o presidenciável do PSB virou o que Nelson Rodrigues chamaria de um aliado de passeata. Cada frase de Eduardo vale por um panfleto contra o governo de Dilma Rousseff:
“[…] Precisamos fazer mais, sim. Até porque tivemos dois anos muito duros para o Brasil, 2011 e 2012, e precisamos ganhar 2013. Infelizmente o debate eleitoral foi antecipado e aí, tudo que a gente disser, sempre se puxa para a questão eleitoral. É um direito que se puxe para a questão eleitoral, como é um direito meu continuar discutindo o Brasil…”
E quanto a Dilma? “Com o espírito público que ela tem, provavelmente deseja fazer mais. A cidadania quer mais, essa é a questão.” Eduardo cobrou uma reforma tributária. E disse que as desonerações iniciadas sob Lula e mimetizadas por Dilma viraram remédio ineficaz contra a crise.
“Ultimamente, estamos fazendo desonerações tributárias muito pontuais, que são importantes para determinados setores. Mas acho que os efeitos dessa desoneração sobre a economia já demonstraram que elas, a cada dia que passa, são muito limitadas. É como se você já tivesse acostumado o organismo com determinado tipo de medicamento e determinada dose.”
Todo ser humano é um ator à procura de plateia. Representa para uma namorada, para os familiares, para os vizinhos, para os credores… Dono de índices de popularidade altíssimos no seu Estado, Eduardo Campos faz pose para o resto do país. Pose de presidenciável.

http://josiasdesouza.blogosfera.uol.com.br/2013/03/17/eduardo-campos-sinto-os-sinais-de-renovacao/

domingo, 17 de março de 2013


Mudança no PP
          O senador Francisco Dornelles (RJ) vai deixar o comando do PP. Ele passará a ocupar a presidência de honra do partido e trabalha para viabilizar como seu sucessor o senador Ciro Nogueira (PI). Dornelles, candidato à reeleição em 2014 na chapa do PMDB ao governo, segundo aliados, vai sair porque, a despeito de ser primo de Aécio Neves, jamais levaria o PP a ficar contra a presidente Dilma.

Chesf na mira
Apesar de parlamentares do PT e do PMDB buzinarem nos ouvidos de ministros próximos da presidente Dilma que Fernando Bezerra (Integração) deveria ser demitido, ela o manterá. Um ministro explica que, como ele é aliado do governador Eduardo Campos(PSB-PE), a queda de Bezerra “fecharia uma porta que não poderia mais ser aberta”. Mas Campos nem o PSB devem sair ilesos das mudanças. Alegando problemas de gestão, Dilma deverá substituir o presidente da Chesf, João Bosco de Almeida, o que afeta em cheio o partido no Nordeste. O cargo era do PMDB e passou para o PSB em 2011.
Somos contra reforma política fatiada, ela só serve para o governo de plantão. Os governistas estão urdindo uma proposta para desarticular a oposição

Ronaldo Caiado
Líder do DEM na Câmara (GO)

Campanha na rua
O presidente da Fiesp, Paulo Skaf, candidato ao governo paulista pelo PMDB, está na TV. “Com muita luta conseguimos baixar o preço da conta de luz”, proclama. E, indica um site para “conferir se o desconto está vindo correto”. É sua primeira estocada no governador Geraldo Alckmin (PSDB) que defendeu as posições das estatais paulistas.
De olho na briga alheia
Os tucanos estão fazendo lista de municípios em que PT e PMDB foram adversários nas eleições municipais. O passo seguinte é cativar estas lideranças peemedebistas para que votem no candidato do PSDB à sucessão presidencial.
Tricotando
Corre no PMDB relato da presidente Dilma festejando o vice Luiz Fernando Pezão para governadores. Contam que foi assim (fala Dilma): "Ah! Pezão. Você não lembra como nós fizemos o Teleférico do Alemão. Foi na luta!".
Vem aí o GEOLIMPÍADAS
Depois do GECOPA, o governo anuncia esta semana a criação do GEOLIMPÍADAS, que terá como tarefa o acompanhamento das obras e o treinamento dos atletas brasileiros. Os Jogos serão no Rio, mas uma das decisões já tomadas é descentralizar a preparação de atletas e seleções do país. Serão criados centros de treinamento em outros estados, inclusive no Norte-Nordeste.
Na Comissão de Direitos Humanos
Deputados evangélicos podem propor moção de censura contra Nicholás Maduro, presidente da Venezuela, por ter dito que Henrique Capriles é gay. O objetivo é constranger quem quer tirar o presidente Marcos Feliciano (PSC-SP).
Na ponte aérea
O governador de Pernambuco, Eduardo Campos (PSB), voltará a Brasília terça-feira para reunião organizada pelo senador Armando Monteiro (PTB-PE). Os convidados são os senadores do PTB, PR, PSC e e PPL, do bloco "União e Força".
Associação Comercial do Rio debate 2ª-feira o pacto federativo com o governador Antonio Anastasia (MG) e o secretário da Fazenda, Renato Villela.

sábado, 16 de março de 2013



Cerco aos maus motoristas
          O governo quer aprovar projeto em tramitação na Câmara que mede a velocidade média dos veículos nas estradas durante todo o percurso. Quem ultrapassar a velocidade máxima da pista, será multado. O sistema existe em alguns países da Europa. A presidente Dilma tratou do assunto em reunião com a Casa Civil, Ministério da Justiça e líderes na Câmara esta semana.

Ações no STF e negociação política
Juristas debruçados sobre a nova lei dos royalties dizem que a regra é clara: “proposta uma ação direta de inconstitucionalidade, não se admitirá desistência.” Além disso, a jurisprudência do STF segue rigorosamente a mesma linha. Há decisões assinadas pelos ministros Celso de Mello e Cármen Lúcia. Portanto, com as ADINs dos governos do Rio e do Espírito Santo levadas ontem ao Supremo contra a lei dos royalties, qualquer tentativa de acordo entre os estados será provisória. Eventual entendimento político só poderá ter consequência prática depois que a Corte julgar o mérito da nova distribuição, seja ela contra ou a favor dos produtores.

 “Michel com o jeitinho tranquilo e quieto dele, devagar, vai conseguindo”
José Sarney
Senador (PMDB-AP), em almoço, ontem, no Palácio do Jaburu, com o vice Michel Temer, os presidentes do Congresso, Renan Calheiros (AL) e Henrique Alves (RN), os líderes do PMDB, Eunício Oliveira (CE) e Eduardo Cunha (RJ); e o ministro Moreira Franco, falando sobre a reforma ministerial


Impressões
A eleição do pastor Marco Feliciano (PSC-SP) a presidente da Comissão de Direitos Humanos da Câmara não para de gerar reações país afora contra sua escolha. A cantora Rita Lee se saiu com esta: “Impressão minha ou o tal do Feliciano racista e homofóbico é mulato, faz chapinha e tira a sobrancelha? Tá boa santa?”
Que coisa!
A ministra Marta Suplicy (Cultura) deu um piti ontem, em Washington, no News Museum, sobre a imprensa americana. Ao passar pelo mapa da liberdade de imprensa, o Brasil está em amarelo, cor dos que tem “imprensa parcialmente livre”.
Fidelidade
Nos dias que antecederam sua demissão do Ministério do Trabalho, Brizola Neto disse a aliados que estava tranquilo: “Aconteça o que acontecer, estou comprometido com este projeto. Dentro ou fora, estou com a presidente Dilma”.
Dança das cadeiras
Nelson Hubner, que deixou a direção-geral da Anatel, aguarda decisão da presidente Dilma para saber se irá para a secretaria-executiva da Casa Civil ou da Previdência. Dilma pretendia remanejá-lo para o lugar de Beto Vasconcelos, que está deixando a Casa Civil. Mas a ministra Gleisi Hoffmann prefere Carlos Gabbas, secretário-executivo da Previdência, no cargo.
Não decolou
Na pesquisa encomendada pelo PT ao Instituto Vox Populi, realizada na semana passada, o economista Sérgio Bessermann, um dos nomes cotados para ser candidato do PSDB ao governo do Rio, aparece num dos cenários com 1%.
Intervenção preventiva
O presidente do PSDB de Brasília, Mário Machado, recebeu um puxão de orelha da direção nacional. É que estava na turma do "Volta Arruda". O ex-governador José Roberto Arruda está articulandocandidatura ao cargo em 2014.
A Frente Nacional de Prefeitos, que reúne as maiores cidades do país, passará a ser presidida pelo prefeito de Porto Alegre, José Fortunati (PDT).

sexta-feira, 15 de março de 2013


O nó da reforma
          A presidente Dilma não vai nomear o deputado Luciano Castro para o Ministério dos Transportes, como propôs o PR. Ela quer manter o atual ministro, Paulo Passos. A direção do PR apresentou seu nome, mas ele enfrenta resistências internas. O ex-presidente Valdemar Costa Neto defende, sutilmente, um nome que una o partido. Esta é a decisão mais dificíl para a presidente.

O PMDB está nas nuvens
A reforma ministerial não foi anunciada, mas a cúpula do PMDB já comemora. A expectativa do partido é que o deputado Antonio Andrade seja nomeado para a Agricultura, e Moreira Franco, para a Secretaria da Aviação Civil. O ministro Gastão Vieira (Turismo) deve ser mantido, e o vice Michel Temer teria convencido o contrariado ministro Mendes Ribeiro a assumir a Secretaria de Assuntos Estratégicos. Um dirigente do partido explicou que as eleições de 2014 estão aí e que é preciso que a presidente Dilma qualifique o PMDB. E comentou: “No governo Lula, tínhamos Saúde, Comunicações e Integração Nacional e, neste, ficamos só com Agricultura e Turismo.”

O ruim para o Brasil não é ter ideias. O ruim para o Brasil é que a ideia não é boa porque não fui eu que dei

Beto Albuquerque
Líder do PSB na Câmara (RS), sobre as críticas à proposta do governador Eduardo Campos (PSB-PE) de renegociar a distribuição dos royalties do petróleo

Sinal dos tempos
No governo Fernando Henrique, quando tinha bancadas de cerca de 90 deputados e 20 senadores o ex-PFL, hoje DEM, estava na vanguarda na defesa do fim das coligações nas eleições proporcionais. Agora, com apenas 30 deputados e cinco senadores, seu líder na Câmara, Ronaldo Caiado (GO), comunicou que seu partido votará contra.

Onde está o dinheiro?
Sem orçamento para trabalhar, o futuro ministro da Micro e Pequena Empresa, indicará a vice-presidência da área da Caixa Federal, para que ele tenha condições de se mexer na pasta.

A primeira missão do Papa
Um religioso católico brasileiro, que conhece os bastidores do Vaticano, avalia que tão importante quanto a escolha do Papa Francisco I será a definição do cardeal que será nomeado para a Secretaria de Estado do Vaticano. Ele é uma espécie de primeiro-ministro e, na prática, sua principal tarefa será implementar as reformas e as correções administrativas na Cúria Romana.

O alçapão
Integrantes da bancada governista na Câmara estão trabalhando para abrir uma janela de 30 dias em agosto para permitir que deputados, senadores, prefeitos, governadores e vereadores troquem de partido sem perder o mandato.

Espécies ameaçadas de extinção
A ministra Izabella Teixeira (Meio Ambiente) aprovou, na Convenção de Bangoc, moção pelo controle rigoroso do comércio internacional de cinco espécies de tubarão e duas de raias manta. Esta regra já se aplica nas águas brasileiras.

Todo mundo com os pés nas urnas
O presidente da Embratur, Flávio Dino (PCdoB), dá a largada amanhã, em Imperatriz, de sua candidatura ao governo do Maranhão. Com o apoio do PSD e do PDT, o seu mote é: “evitar as Bodas de Ouro de Sarney no Palácio dos Leões”.

A OAB e o Ministério da Justiça vão promover um mutirão para verificar a situação do presos no país. A ideia é tirar da cadeia quem já pode sair.

quinta-feira, 14 de março de 2013


Panorama Político A política como ela é: nua e crua

Diálogo de surdos
          A proposta do governador Eduardo Campos (PE) de reabrir a negociação da Lei dos Royalties tem poucas chances de prosperar. O governador Sérgio Cabral (RJ) continua apostando na judicialização, convencido que o STF decidirá pelos estados produtores. A União diz que já abriu mão, de 10% da receita de royalties e 10% de participação especial, e não está disposta a ceder mais.

Aviso aos navegantes
O governador Geraldo Alckmin (SP) criticou ontem a tese principal que o governador Sérgio Cabral pretende sustentar no STF para preservar as receitas de royalties do Rio. Conversando com um grupo de deputados tucanos, Alckmin relatou que consultou constitucionalistas paulistas e que entre estes prevalece a posição de que o respeito aos contratos não é o melhor tese. Afirmou que, para contestar a derrubada do veto da presidente Dilma, e a lei aprovada pelo Congresso, a alegação mais adequada junto ao Supremo deveria ser o de “quebra do pacto federativo, com a supressão abrupta de receitas incorporados aos orçamentos de estados e municípios”.

O Eduardo Campos faz campanha eleitoral com o dinheiro da Dilma. A Dilma paga e ele vira líder nacional

Carlos Zarattini
Deputado federal (PT-SP) e relator da Lei dos Royalties, sobre a proposta na qual os Estados não-produtores de petróleo receberiam uma antecipação de receita de R$ 4,5 bilhões


Jogo pesado
O governador Renato Casagrande (ES), na foto, está possesso. E o senador Ricardo Ferraço (PMDB) quer explicações do ministro Antonio Patriota (Itamaraty). Eles acusam o embaixador do Brasil em Cingapura, Luis Fernando Serra, de trabalhar para o Estaleiro Jurong transferir seu projeto de R$ 500 milhões, do Porto de Açu (ES) para o terminal portuário de São João da Barra (RJ).

Ressentimento
Os governadores petistas saíram da reunião, de quarta-feira, dizendo, entre dentes, que Eduardo Campos (PSB-PE) atuou o tempo todo articulado com Geraldo Alckmin (PSDB-SP)) e Antonio Anastasia (PSDB-MG). O clima está pesado.

Democratização
No clero católico brasileiro há expectativa que o Papa Francisco I dê continuidade às reformas do Concílio Vaticano II (1962-1965). Uma das diretrizes que gostariam de ver implementadas dá maior autonomia às conferências episcopais. Isso permitiria que a CNBB passasse a nomear Bispos. Hoje, o Papa concentra estas escolhas.

De volta ao Legislativo
O ministro Mendes Ribeiro (Agricultura) avisou à cúpula do PMDB que se perder o cargo na reforma, não aceitará prêmio de consolação, como ir para a Secretaria de Assuntos Estratégicos. Reassumirá o mandato na Câmara.

O Papa é pop
Os organizadores da Jornada Mundial da Juventude no Rio, em julho, prevêem uma invasão de argentinos, e de chefes de Estado hispânicos de todas as Américas, por causa da presença do novo Papa, Francisco I.

Experiência comprovada
O presidente do STF, Joaquim Barbosa, definiu o novo Diretor-Geral do Tribunal. O administrador Miguel de Campos aceitou a tarefa. Ele já ocupou este cargo no STJ, no TSE e no STF nas presidências de Nelson Jobim e Carlos Velloso.

O deputado Natan Donadon (PMDB-RO) está prestes a ser cassado. O ministro Marco Aurelio Mello (STF) entregou o último acórdão e não há embargos. Sua pena é de 13 anos de prisão.

quarta-feira, 13 de março de 2013




Mão pesada
          O comércio e os prestadores de serviço são os alvos das medidas em defesa do consumidor que serão anunciadas na sexta-feira. O governo Dilma vai ampliar a fiscalização, fortalecer os Procons e tornar as punições mais rigorosas. O modelo é o da Anatel, que impõe pesadas multas às teles. O governo quer que a ANS seja tão dura quanto em relação aos planos de saúde e hospitais.

O governo e a eleição do Papa
O governo brasileiro, sobretudo o setor diplomático, tem a expectativa que os cardeais, reunidos em Conclave em Roma, elejam um Papa comprometido com a promoção da paz, e as políticas destinadas a reduzir a pobreza, a fome e a desigualdade. Esperam também um Papa diplomático, capaz de agregar ao invés de acirrar conflitos. A escolha de um Papa brasileiro é vista com bons olhos, pois isto daria ao país destaque e excelência no cenário internacional. Mas avaliam que o melhor posicionado, o arcebispo de São Paulo, Odilo Scherer, conservador, não é afinado com a prioridade do governo, tendo restrições aos contraceptivos e ao planejamento familiar.

Podia ter uma chaminé no Planalto para ficarmos sabendo quando a reforma ministerial vai sair. Por enquanto, só fumaça preta

André Figueiredo
Líder do PDT (CE) na Câmara dos Deputados

Mudou o vento
Com o objetivo de modernizar e arejar sua imagem, a Confederação Nacional da Agricultura fez campanha institucional na TV em 2012. A estrela do “Time Agro Brasil” foi o craque e produtor rural Pelé. A CNA, que fez dura oposição ao governo Lula, na nova fase da campanha, terá como um de seus garotos-propaganda a presidente Dilma.

A resistência
O ex-líder do PDT Miro Teixeira (RJ) está irritado com a versão que a bancada quer Manoel Dias no Ministério do Trabalho. E diz: “Estão querendo fazer gol de mão. Apoio a decisão da presidente Dilma de manter o ministro Brizola Neto”.

Fora do ar
Os artistas, liderados pelo ator Paulo Betti, reclamaram e levaram a melhor. A ministra Marta Suplicy (Cultura) recuou e desistiu de permitir que o Vale-Cultura subsidie o pagamento de TV a cabo. O Vale, segundo os artistas, deve servir para financiar o cinema, o teatro e a compra de livros. Marta decidiu tirar a TV a cabo da regulamentação da lei, que está para ser editada.

Uma atrás da outra
O ministro Brizola Neto (Trabalho) perdeu mais uma. A chapa da irmã, Juliana, foi derrotada pelo deputado Vieira da Cunha (RS), e não terá nenhum dos 11 delegados na convenção, dia 22, que reelegerá Carlos Lupi presidente do PDT.

Agora vai
Na reunião dos governadores, ontem, o governador André Puccinelli (PMDB-MS), esbravejou: “A presidente Dilma tem que nos atender. Temos que resolver nosso problema. Não podemos ficar como em casa de enforcado”.

Aliado desalinhado
Depois de comparar a reunião dos governadores com um Conclave, o governador Omar Aziz (PSD-AM) protestou: “Quanto os estados vão perder com a desoneração da cesta básica? Eu quero saber quem tem estes números?”.

Diante da conflagração, o governador Jaques Wagner (PT-BA), que saiu antes do final, sugeriu que eles levassem ao governo propostas equilibradas.

terça-feira, 12 de março de 2013


Cruzada feminista
          Os governadores serão chamados a se somar à cruzada que o governo Dilma vai iniciar para reprimir a violência contra a mulher. Amanhã, quando a presidente lançar o programa “Mulher Sem Violência”, eles serão chamados a assinar um pacto contra a violência, que implica no rigor na aplicação da Lei Maria da Penha e na repressão à exploração sexual e ao tráfico de mulheres.

Governo do Rio, pesquisa do PT
Lindbergh Farias (PT) tem 28%, Anthony Garotinho (PR), 21%; o vice Luiz Fernando Pezão (PMDB), 10%; e “um intelectual tucano”, 5%. O Instituto Vox Populi fez mil entrevistas (campo) nos dias 5 e 6 de março. Há cenários com Cesar Maia (DEM), 10%; e Marcelo Crivella (PRB), 12%. Nesse caso, os três da ponta caem. A despeito do desempenho de Pezão, o governador Sérgio Cabral tem 45% de ótimo/bom e 36% de regular. O cientista político Marcos Coimbra conclui: “O PT tem candidatura viável no Rio”; “caso seja mantido o bloco PMDB-PT, o petista tem três vezes o tamanho do outro”; e, “o eleitorado do Rio está fracionado”. A sorte está lançada!
O crescimento industrial de 2,5% em janeiro foi significativo. Os empresários não reagem apenas à questão interna. Estamos num contexto internacional

Gleisi Hoffmann
Ministra-chefe da Casa Civil

Jogo pesado
O governo Dilma coloca como condição de retorno à OEA a eleição de Paulo Vannuchi à Comissão Interamericana de Direitos Humanos. O Brasil retirou seu embaixador e não paga há dois anos sua anuidade, que é a maior depois dos Estados Unidos. Se isso não acontecer, o governo brasileiro entenderá que a OEA não quer o Brasil de volta à organização.

Perdas e ganhos
A decisão do senador Jarbas Vasconcelos (PMDB-PE) de apoiar a candidatura Eduardo Campos (PE) é um revés para o PT. Mas também para o PSDB, que perde o apoio da maior liderança popular de oposição em Pernambuco.

Os ‘sonháticos’ atacamE-mails dos “sonháticos” encheram as caixas de entrada dos servidores dos ministérios, ontem. No e-mail, convite para se filiar ao partido da ex-ministra Maria Silva. Na página do Facebook diz: “Entre em Sonháticos, movimento por nova política. Uma ferramenta de comunicação para organizar, compartilhar e produzir informações sobre a construção de uma Nova Política.”
Mais dinheiro para investir
Governadores vão amanhã aos presidentes da Câmara e do Senado. Vão pedir para que seja votado projeto de resolução, do senador Rodrigo Rollemberg (PSB-DF), que amplia a capacidade de endividamento anual de 16% para 30%.
Limpando o terreno
Se depender do PDT, está tudo certo para Manoel Dias assumir o Ministério do Trabalho. Ele era funcionário da liderança do PDT na Câmara dos Deputados, mas já foi exonerado para não haver nenhum impedimento ou conflito de interesses.
A guerra dos royalties (parte 2)
Na bancada federal do Rio, há deputados que apoiam o governador Sérgio Cabral, e também de oposição, que defendem que é preciso abandonar a postura de confronto no STF. Eles dizem que é preciso negociar em busca de uma modulação.
O ministro Aldo Rebelo (Esporte) parou de fumar. Para suportar a abstinência, ele passa seus dias mascando goma de mascar de nicotina.

segunda-feira, 11 de março de 2013

A coluna Panorama Político (09) do jornal O Globo (Ilimar Franco)



A derrota dos royalties

A presidente Dilma está irritada com a tática de confronto do governador Sérgio Cabral. Avalia que esta foi uma das causas da derrota e ficou decepcionada com a acusação de que “lavou as mãos”. Ela diz que sempre esteve com o Rio. Acha que a estratégia tem que mudar no STF. Além disso, 14 anos após o ex-governador Itamar Franco (MG) declarar moratória, Cabral foi na mesma linha e anunciou a suspensão dos pagamentos.



A vida como ela é

O DEM convocou protesto contra a presidente Dilma por conta da seca no Nordeste e do atraso nas obras da transposição do Rio São Francisco. Foi no dia 1º de março, quando a presidente esteve em João Pessoa (PB). O líder do partido na Câmara, Ronaldo Caiado (GO), viajou para lá. Aí entrou em campo a presidente da CNA, senadora Kátia Abreu (PSD-TO). Ela chegou antes, dissolveu o protesto e levou os manifestantes para o palanque da presidente. Caiado não saiu do hotel, e um dos organizadores, o deputado Efraim Filho (DEM-PB), até se reuniu com Dilma.



“Temos que chegar no ano que vem com real expectativa de poder, pois é isso que vai aglutinar forças em torno da nossa candidatura”



Aécio Neves

Senador (MG) e provável candidato do PSDB à Presidência







Show da Xuxa

A apresentadora Xuxa, foto, engrossou o coro contra a nomeação do deputado Marco Feliciano (PSC-SP) a presidente da Comissão de Direitos Humanos da Câmara. “Que Deus nos ajude! Gente, socorro! Vamos fazer alguma coisa. Todo mundo sabe que eu respeito as religiões, mas este homem não é um religioso, é um monstro”, desabafou, no Facebook.



Pop star

Acompanhante da presidente Dilma no velório de Chávez, o ex-presidente Lula foi o centro das atenções nas rodas de conversa. Ele passou o tempo todo cercado por Evo Morales (Bolívia), Rafael Corrêa (Equador) e Raúl Castro (Cuba).



Quem tem a força

Os tucanos não estão preocupados com contatos do PPS e do DEM com as candidaturas Marina Silva (Rede) e Eduardo Campos (PSB). Avaliam que sem o PSDB estes dois partidos não elegem as atuais bancadas na Câmara dos Deputados



O tamanho do estrago

Com a mudança da Lei dos Royalties, a cidade de Macaé (RJ), principal base logística de Petrobras, perderá este ano R$ 193 milhões de receita. O prefeito Aluízio Junior (PV) decidiu “auditar a folha de pagamento, reduzir a assessoria e limitar investimentos”. Serão cortadas “a construção de novas escolas, obras de saneamento e dos arcos rodoviários e a criação de leitos hospitalares”.



Sistematizando a dor de cabeça

Todos os presidentes estaduais do PT estão sendo convocados para uma reunião em 25 de março. O partido pretende fazer o primeiro mapa das eleições regionais de 2014 sistematizando as pretensões petistas e os planos dos aliados.



As luzes da ribalta

Afastado das principais campanhas desde o julgamento do mensalão, o marqueteiro Duda Mendonça se associou ao cientista político Antonio Lavareda e faz intenso lobby para assumir a campanha de Eduardo Campos em 2014.



O novo secretário de comunicação do Distrito Federal, Ugo Braga, já definiu seu adjunto. A função será exercida pelo jornalista Rudolfo Lago.

domingo, 10 de março de 2013

A coluna Panorama Político (10) do jornal O Globo (Ilimar Franco)

 Construir a unidade

A cúpula do maior partido de oposição, o PSDB, considera que neste momento sua principal tarefa é vencer a agenda da divisão partidária. A expectativa do candidato, o senador Aécio Neves, é que esta etapa seja concluída no próximo 25 de março, quando os líderes tucanos de São Paulo farão um grande evento, a exemplo do ocorrido em Goiás, para demonstrar esta unificação.



Menos carisma

Nas cerca de nove horas que passou em Caracas, quinta-feira, a presidente Dilma manifestou "preocupação" ao corpo diplomático brasileiro na Venezuela com o futuro do país deixado por Hugo Chávez. Segundo acompanhantes de Dilma na viagem, ela avaliou que Nicolás Maduro deverá se eleger com um percentual altíssimo de votos por conta da comoção que tomou conta do país vizinho. Mas Maduro não tem o mesmo carisma e o apelo popular de Chávez. Mais do que nunca, disse a presidente, a Venezuela precisará do Brasil, que deverá ajudar o governo para evitar que haja uma eventual decepção com o novo presidente, seguida de convulsão social.



"Só quem antecipa uma campanha eleitoral é quem não tem voto, não precisa ampliar , ou quem não tem segurança e precisa se consolidar"



Francisco Dornelles

Senador PP-RJ







Sem acordo

Apesar dos esforços pela conciliação, o ministro Brizola Neto (Trabalho) e o presidente do PDT, Carlos Lupi, continuam apostando na guerra. Brizola, que procura se sustentar no Ministério, também tenta desestabilizar Lupi, pregando a democratização das decisões no partido e a transparência na gestão dos recursos do Fundo Partidário.



Suspense

A presidente Dilma vai decidir nos próximos dias quais os pedidos do PMDB serão atendidos na reforma ministerial. O partido quer ampliar seu espaço no governo. Na terça-feira, Dilma e o vice Michel Temer tem novo encontro marcado.



Opção pelo desgaste

Parte do PSC queria indicar para a Comissão de Direitos Humanos da Câmara as deputadas Lauriete (ES) ou Antônia Lúcia (AC). Mas os fundamentalistas do partido não quiseram acordo e bancaram o pastor Marco Feliciano (SP).



A mil por São Paulo

A região Sudeste é considerada pelo PSB o calcanhar de Aquiles do governador Eduardo Campos (PSB-PE) na empreitada a presidente. Em São Paulo, aceita todos os convites que recebe. Nas próximas semanas, irá a três eventos: uma festa do Pastor Wellington, da Assembleia de Deus, fará palestra na Associação Paulista de Prefeitos; e se reunirá com empresários



Teoria da conspiração

Ministros avaliam que não é ruim o governador Eduardo Campos fazer um discurso de oposição. Dizem que ele ocupa o espaço do PSDB. Acham até que é combinado e que ele desempenha o papel do vice de Lula, José Alencar.



Briga pela paternidade

O presidente do PSDB de Minas Gerais, deputado Marcus Pestana, acusa a presidente Dilma de “estelionato” e “incoerência” por anunciar fim dos impostos da cesta básica cinco meses depois de vetar projeto do PSDB sobre o tema.



O ministro de Ciência e Tecnologia, Marco Antônio Raupp, vai sobreviver à reforma. O ministro Aloizio Mercadante derrotou o PMDB.

sexta-feira, 8 de março de 2013

A coluna Panorama Político (08) do jornal O Globo (Ilimar Franco)

Ofensiva diplomática

O Brasil vai disputar a presidência da Comissão Interamericana de Direitos Humanos da OEA. O candidato será Paulo Vannuchi, ex-ministro dos Direitos Humanos e atual diretor do Instituto Lula. A eleição será em maio. A presidente Dilma está com a Comissão atravessada na garganta desde 2011, quando esta recomendou a paralisação das obras da Usina de Belo Monte (PA).



Uma decisão dramática

A presidente Dilma e a cúpula do PMDB estão diante de uma situação delicada para a reforma ministerial que se aproxima. Eles estão sem saber como tratar da substituição do ministro Mendes Ribeiro (Agricultura). A presidente tem relações pessoais com o ministro e ele é bem quisto no partido. Mas existe uma constatação no governo, e no setor produtivo, que Mendes Ribeiro, devido a seus problemas de saúde, não tem condições físicas e emocionais de cumprir as estafantes tarefas de gestão de uma área tão importante. Esta foi a questão mais embaraçosa tratada, na terça-feira, no almoço da presidente Dilma com o vice Michel Termer para tratar da reforma.



“O PMDB já sabe em que palanque estará em 2014. Os outros partidos da aliança ninguém sabe”

Henrique Eduardo Alves

Presidente da Câmara (PMDB-RN), ao defender mais espaço para o partido no Ministério Dilma




Para a plateia

Ao avaliar a votação do veto à Lei dos Royalties, a bancada de deputados do Rio concluiu que, a despeito das posições públicas assumidas pelo governador tucano Geraldo Alckmin (SP), boa parte da bancada de deputados de São Paulo votou pela derrubada do veto. São Paulo tem 70 deputados, mas apenas 40 votaram pela manutenção da lei.



Em busca de visibilidade

O marqueteiro baiano Edson Barbosa, O Edinho, foi contratado e já está trabalhando para produzir as inserções nacionais e o programa nacional de TV do PSB que irá ao ar em 25 de abril. O âncora será o governador Eduardo Campos.



O impasse

O PR não aceita que o senador Blairo Magi (MT) o represente no ministério. A presidente Dilma avalia que o deputado Luciano Castro (RR), nome do partido, não tem perfil para o Transportes. O PR pode ficar com cargos menores na Esplanada.



O palanque duplo. Sim ou não?

O PMDB está cobrando que a presidente Dilma se posicione na eleição para o governo do Rio. O partido diz que não aceita palanque duplo. Sobre isso comentou um dos mais experientes parlamentares do Brasil: “Se a Dilma chegar forte para a eleição vão engolir o palanque duplo. Foi assim, em 1998, com o Fernando Henrique”.



Paranoia

Amigos e aliados do presidente do STF, Joaquim Barbosa, dão a seguinte explicação para sua dificuldade em encontrar quem aceite ser diretor geral do Supremo: ‘o ex-ministro José Dirceu estaria tentando infiltrar alguém no cargo’.



Retorno ao palco

O ex-ministro Delfim Netto foi convidado pelo presidente da Comissão de Agricultura do Senado, Benedito de Lira (PP-AL), para debater soluções para a logística da agroindústria, que é hoje o maior gargalo da produção nacional.



Apesar de toda marola petista, a presidente Dilma vai manter, na reforma, os dois ministros do PSB: Fernando Bezerra e Leônidas Cristino.