A coluna Panorama Político (28/3) do jornal O Globo (Ilimar Franco)
Dilma é Dilma
A direção nacional do PT intercedeu pedindo que o pré-candidato ao governo do Rio, senador Lindbergh Farias, se acalme. O governador Sérgio Cabral (PMDB) alertou ao ex-presidente Lula que não é prudente dividir o vértice da aliança que administra o país. Um aliado de Cabral adverte: "Deixa o PT lançar candidato em todo lugar para ver o que acontece. Lula era Lula!".
Falta comover a sociedade
Em recente conversa com integrantes da Comissão da Verdade, a presidente Dilma criticou a escassez de depoimentos de familiares de desaparecidos políticos com capacidade de comover o país, servindo como espécie de catarse nacional. Citou como exemplo as experiências da Argentina e da África do Sul. Disse que está se produzindo documentação importante, mas que a comissão precisa garantir espaço aos que querem chorar seus mortos. O depoimento dado ao órgão por seu ex-marido Carlos Araújo, dia 17, em que acusou empresários brasileiros de financiarem órgãos da repressão foi considerado importante por exorcizar fantasmas do passado.
“O pastor Feliciano é o homem errado no lugar errado e, para a função, totalmente inadequado. Ele representa a negação dos direitos humanos”
Chico Alencar
Deputado federal (PSOL-RJ)
Discrição
Ele é contido em suas declarações públicas e não faz questão de se exibir. Mas no governo Dilma, o secretário do Tesouro Nacional, Arno Augustin, foto, tem peso a cada dia maior. A presidente Dilma confia nele e, por isso, é acionado para todas as reuniões que tratam da liberação de recursos para os estados e os municípios.
Agora vai
O presidente chinês, Xi Jinping, disse a presidente Dilma que está disposto a importar mais produtos de valor agregado do Brasil, uma das principais reivindicações na área comercial. E falou em apoiar Roberto Azevêdo na OMC.
Virou o jogo
As pesquisas de opinião que jogam lá em cima a popularidade da presidente Dilma e garantem conforto à reeleição, fizeram com que pisasse no freio. Está vendo com outros olhos as negociações com PSD, PR e PTB. Avalia que se quiserem se aproximar do PSB e do PSDB, o problema é deles. Os partidos se movem pela perspectiva de poder e, neste quesito, por enquanto, reina absoluta.
O Planalto quer faturar
O governo ficou exultante com a aprovação da PEC das Domésticas. A presidente Dilma disse que foi votação histórica e vai citá-la no pronunciamento de 1º de maio. Ela também planeja fazer evento em apoio à medida.
Questão de gosto
O vice-governador de São Paulo, Afif Domingos (PSD), anda dizendo por aí que se tiver que optar entre seu atual cargo e o Ministério da Micro e Pequena Empresa, prefere ficar onde está. Não aceita a ideia de ter que renunciar.
Má gestão
A despeito da demissão da cúpula das Indústrias Nucleares do Brasil, que responde à Ciência e Tecnologia e era ligada ao PSB, o governo diz que ocorreu por pura má gestão. O Brasil é autossuficiente em urânio, mas passou a importar o mineral.
Atendendo a apelo da cúpula do PSD, o deputado Ricardo Izar (SP) deve desistir da candidatura a presidente do Conselho de Ética da Câmara.
A direção nacional do PT intercedeu pedindo que o pré-candidato ao governo do Rio, senador Lindbergh Farias, se acalme. O governador Sérgio Cabral (PMDB) alertou ao ex-presidente Lula que não é prudente dividir o vértice da aliança que administra o país. Um aliado de Cabral adverte: "Deixa o PT lançar candidato em todo lugar para ver o que acontece. Lula era Lula!".
Falta comover a sociedade
Em recente conversa com integrantes da Comissão da Verdade, a presidente Dilma criticou a escassez de depoimentos de familiares de desaparecidos políticos com capacidade de comover o país, servindo como espécie de catarse nacional. Citou como exemplo as experiências da Argentina e da África do Sul. Disse que está se produzindo documentação importante, mas que a comissão precisa garantir espaço aos que querem chorar seus mortos. O depoimento dado ao órgão por seu ex-marido Carlos Araújo, dia 17, em que acusou empresários brasileiros de financiarem órgãos da repressão foi considerado importante por exorcizar fantasmas do passado.
“O pastor Feliciano é o homem errado no lugar errado e, para a função, totalmente inadequado. Ele representa a negação dos direitos humanos”
Chico Alencar
Deputado federal (PSOL-RJ)
Discrição
Ele é contido em suas declarações públicas e não faz questão de se exibir. Mas no governo Dilma, o secretário do Tesouro Nacional, Arno Augustin, foto, tem peso a cada dia maior. A presidente Dilma confia nele e, por isso, é acionado para todas as reuniões que tratam da liberação de recursos para os estados e os municípios.
Agora vai
O presidente chinês, Xi Jinping, disse a presidente Dilma que está disposto a importar mais produtos de valor agregado do Brasil, uma das principais reivindicações na área comercial. E falou em apoiar Roberto Azevêdo na OMC.
Virou o jogo
As pesquisas de opinião que jogam lá em cima a popularidade da presidente Dilma e garantem conforto à reeleição, fizeram com que pisasse no freio. Está vendo com outros olhos as negociações com PSD, PR e PTB. Avalia que se quiserem se aproximar do PSB e do PSDB, o problema é deles. Os partidos se movem pela perspectiva de poder e, neste quesito, por enquanto, reina absoluta.
O Planalto quer faturar
O governo ficou exultante com a aprovação da PEC das Domésticas. A presidente Dilma disse que foi votação histórica e vai citá-la no pronunciamento de 1º de maio. Ela também planeja fazer evento em apoio à medida.
Questão de gosto
O vice-governador de São Paulo, Afif Domingos (PSD), anda dizendo por aí que se tiver que optar entre seu atual cargo e o Ministério da Micro e Pequena Empresa, prefere ficar onde está. Não aceita a ideia de ter que renunciar.
Má gestão
A despeito da demissão da cúpula das Indústrias Nucleares do Brasil, que responde à Ciência e Tecnologia e era ligada ao PSB, o governo diz que ocorreu por pura má gestão. O Brasil é autossuficiente em urânio, mas passou a importar o mineral.
Atendendo a apelo da cúpula do PSD, o deputado Ricardo Izar (SP) deve desistir da candidatura a presidente do Conselho de Ética da Câmara.
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