quinta-feira, 26 de julho de 2012

Coluna Panorama Político de Hoje (26-07-2012 - QUINTA-FEIRA) do jornal O Globo (Blog de Ilimar Franco), no Painel do Paim


Negligência
         
 O TSE distribuiu na terça-feira, dia 24, a cota deste mês do Fundo Partidário aos partidos políticos. Surpreendentemente, o PSD, a despeito da decisão adotada no dia 29 de junho pelo pleno do próprio tribunal, continuou a receber parcela como se fosse um partido nanico. Pela lei, 5% do Fundo é dividido entre todos os partidos e 95% para os que têm representação na Câmara dos Deputados. O Tribunal alegou motivos burocráticos para não dar o que é de direito ao partido. Quando a Justiça tarda, ela falha.
A burocracia derrota o direito 
A falta de agilidade do TSE em assegurar o direito do PSD começa a prejudicar o partido também nos estados. Dirigentes regionais reclamam que vários TREs não incluem o partido no cálculo da distribuição do tempo no horário eleitoral na televisão e no rádio. Os juízes eleitorais alegam que não receberam comunicado do TSE para incluir o PSD nos cálculos do horário eleitoral. Isso, mesmo o STF tendo enviado ofício à presidente do TSE, ministra Carmen Lúcia, sobre a decisão do processo 4430, relatado pelo ministro Dias Toffoli.
"O contraventor Carlos Cachoeira tinha muita força no governo de Goiás porque o ex-senador Demóstenes Torres tinha muito prestígio" — Sérgio Guerra, presidente nacional do PSDB e deputado (PE), falando em defesa do governador Marconi Perillo

TERCEIRA VIA? Especialistas em marketing eleitoral, baseados em pesquisas qualitativas, acreditam que há chances de uma terceira via em São Paulo. Argumentam que há um desgaste da situação, com José Serra (PSDB) e o prefeito Gilberto Kassab (PSD); e, da oposição tradicional, com Fernando Haddad (PT). Há pesquisas, não registradas, que relacionam os partidos dos candidatos, registrando um equilíbrio maior entre Serra, Haddad e Celso Russumano (PRB), na foto.
A conta-gotasA presidente Dilma vai anunciar as novas medidas econômicas de agosto até a véspera das eleições municipais. No dia 7, anuncia a redução da energia elétrica para a indústria e mudanças no Pis/Cofins. A segunda leva trata de infraestrutura viária e aeroviária.

Pai e filha
O governador Tarso Genro (PT-RS) esteve no Rio e declarou apoio à reeleição do prefeito Eduardo Paes (PMDB). O PSOL vai dar o troco e trazer a filha de Tarso, a ex-deputada federal Luciana Genro, para manifestar-se a favor da candidatura de Marcelo Freixo.
Coisas de 'terceiro mundo'
O governo brasileiro não consegue completar uma ligação para a comitiva da presidente Dilma, que está em Londres para a abertura das Olimpíadas. As linhas da capital inglesa estão congestionadas. Nem mesmo o Wi-Fi funciona, segundo assessores do Planalto. A comitiva oficial brasileira está arrancando os cabelos com o trânsito. Só quem consegue se deslocar com rapidez é o carro que leva a presidente Dilma e o veículo da sua segurança, que tem permissão para trafegar na Olimpic Line. A experiência é alerta para o Rio.
Escanteado
O grupo de 30 empresários, que se reúne com a presidente Dilma, assumiu o lugar do Conselho de Desenvolvimento Econômico e Social criado pelo governo Lula. O Conselhão não foi ouvido antes do lançamento dos programas Brasil Maior e Brasil Carinhoso.
Tipo exportação
O marqueteiro da presidente Dilma, João Santana, está fazendo a campanha pela reeleição do presidente angolano, José Eduardo dos Santos (MPLA), em Angola. Trabalhando na mesma empreitada o cientista político Ricardo Guedes, do Instituto Sensus (MG).
Buscando a renovação de seus quadros, o PT terá nestas eleições 10% de seus candidatos a vereadores com menos de 30 anos. Serão 3.815 candidatos com até 29 anos, de um total de 39.615 candidaturas às Câmaras Municipais.
As ministras Ideli Salvatti (Relações Institucionais) e Gleisi Hoffmann (Casa Civil) tiraram três e dois dias de férias, respectivamente. Já os ministros Fernando Pimentel (Desenvolvimento) e Guido Mantega (Fazenda) tiraram 15 e sete dias, respectivamente.
Diante do silêncio do contraventor Carlos Cachoeira na Justiça, o presidente da CPI, senador Vital do Rego (PMDB-PB) desabafou: “Quando ele optou por não falar na CPI, fomos taxados de ineficientes. O que os críticos vão dizer agora?“.

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