Saudades de Lula
O PMDB está chocado. Diferente de Lula, que sempre ouvia seu vice, José Alencar; a presidente Dilma esnobou o seu, Michel Temer. Ontem, Dilma tentou consertar o estrago e se reuniu duas vezes com Temer, uma delas por três horas e meia. Anteontem à noite, ele chegou amargurado ao Jaburu. O governador Jaques Wagner (PT-BA) resume: “Parece que os conselheiros de coxia da presidente não estão ajudando muito!”
A Constituinte morreu na praia
A presidente Dilma se rendeu à maioria do Congresso, que deve aprovar um plebiscito para que o povo faça a reforma política. Líderes aliados e de oposição já costuram uma lista de cinco itens que seriam debatidos na TV e submetidos a voto. Primeiro: o povo vai votar num candidato (no sistema distrital ou proporcional) ou num partido (lista)? Segundo: o financiamento será público, privado ou misto? Terceiro: haverá coincidência de mandatos ou não? Quarto: as coligações serão proibidas ou não? Quinto: haverá cláusula de desempenho ou não? Após decisão soberana das urnas, caberia ao Congresso transformar a vontade da sociedade numa nova lei eleitoral.
“Foi todo mundo para lá (Planalto) doido para levar uma chave de galão. A presidente foi na veia, não ignorou o clamor das ruas e organizou a pauta”
Eduardo Paes
Prefeito do Rio de Janeiro
Apagando o incêndio
A ministra Ideli Salvatti (Relações Institucionais) passou o dia de ontem atendendo a telefonemas de deputados e senadores furiosos com a ideia de Constituinte e a falta de habilidade do Planalto ao apresentar um prato feito para o Congresso.
Acuados
A oposição não gostou da participação dos seus na reunião com a presidente Dilma. Dizem que o governador Geraldo Alckmin (SP) “amarelou”. Cobrado, o governador Beto Richa (PR), na foto, desculpou-se dizendo que quem o antecedeu (Alckmin) interveio “puxando o saco” da presidente. Também não gostaram das loas ao "Pacto" na saída.
A Historia se repete?
Comentário de um político anteontem à noite no Jaburu: a presidente Dilma caminha a passos largos para se somar aos três presidentes que desprezaram o Congresso. Foram citados: Getúlio Vargas, Jânio Quadros e Fernando Collor.
Muro das lamentações
Algumas frases dos petistas reunidos ontem: “o PT envelheceu”, “está perdendo as redes sociais”, “entregou para a direita as bandeiras dos Índios e do Código Florestal”. E o pior, não existe mais o espírito do "mexeu com Lula, mexeu comigo".
Corta! Corta!
O prefeito José Fortunati (Porto Alegre) reclamava que não podia continuar a obra do metrô porque manifestantes impediam a derrubada de árvores na Avenida Beira-Rio. Ao que a presidente Dilma atalhou: “A Beira-Rio foi inaugurada quando Alceu Collares era prefeito (1988) e eu e todos os secretários plantamos essas árvores. Eu deixo derrubar a minha para fazer o metrô!”
Metralhadora giratória
Causaram constrangimento anteontem no Planalto, as pérolas do governador André Puccinelli (PMDB-MS). Numa delas, sobre a ação da sua polícia nos protestos proclamou: “Comigo, veado e esculhambador, eu baixo o cacete".
O DEM calculou: a dotação do governo Dilma para mobilidade urbana, desde 2011, foi de R$ 4,9 bi, dos quais apenas R$ 498 milhões foram liberados.
O PMDB está chocado. Diferente de Lula, que sempre ouvia seu vice, José Alencar; a presidente Dilma esnobou o seu, Michel Temer. Ontem, Dilma tentou consertar o estrago e se reuniu duas vezes com Temer, uma delas por três horas e meia. Anteontem à noite, ele chegou amargurado ao Jaburu. O governador Jaques Wagner (PT-BA) resume: “Parece que os conselheiros de coxia da presidente não estão ajudando muito!”
A Constituinte morreu na praia
A presidente Dilma se rendeu à maioria do Congresso, que deve aprovar um plebiscito para que o povo faça a reforma política. Líderes aliados e de oposição já costuram uma lista de cinco itens que seriam debatidos na TV e submetidos a voto. Primeiro: o povo vai votar num candidato (no sistema distrital ou proporcional) ou num partido (lista)? Segundo: o financiamento será público, privado ou misto? Terceiro: haverá coincidência de mandatos ou não? Quarto: as coligações serão proibidas ou não? Quinto: haverá cláusula de desempenho ou não? Após decisão soberana das urnas, caberia ao Congresso transformar a vontade da sociedade numa nova lei eleitoral.
“Foi todo mundo para lá (Planalto) doido para levar uma chave de galão. A presidente foi na veia, não ignorou o clamor das ruas e organizou a pauta”
Eduardo Paes
Prefeito do Rio de Janeiro
Apagando o incêndio
A ministra Ideli Salvatti (Relações Institucionais) passou o dia de ontem atendendo a telefonemas de deputados e senadores furiosos com a ideia de Constituinte e a falta de habilidade do Planalto ao apresentar um prato feito para o Congresso.
Acuados
A oposição não gostou da participação dos seus na reunião com a presidente Dilma. Dizem que o governador Geraldo Alckmin (SP) “amarelou”. Cobrado, o governador Beto Richa (PR), na foto, desculpou-se dizendo que quem o antecedeu (Alckmin) interveio “puxando o saco” da presidente. Também não gostaram das loas ao "Pacto" na saída.
A Historia se repete?
Comentário de um político anteontem à noite no Jaburu: a presidente Dilma caminha a passos largos para se somar aos três presidentes que desprezaram o Congresso. Foram citados: Getúlio Vargas, Jânio Quadros e Fernando Collor.
Muro das lamentações
Algumas frases dos petistas reunidos ontem: “o PT envelheceu”, “está perdendo as redes sociais”, “entregou para a direita as bandeiras dos Índios e do Código Florestal”. E o pior, não existe mais o espírito do "mexeu com Lula, mexeu comigo".
Corta! Corta!
O prefeito José Fortunati (Porto Alegre) reclamava que não podia continuar a obra do metrô porque manifestantes impediam a derrubada de árvores na Avenida Beira-Rio. Ao que a presidente Dilma atalhou: “A Beira-Rio foi inaugurada quando Alceu Collares era prefeito (1988) e eu e todos os secretários plantamos essas árvores. Eu deixo derrubar a minha para fazer o metrô!”
Metralhadora giratória
Causaram constrangimento anteontem no Planalto, as pérolas do governador André Puccinelli (PMDB-MS). Numa delas, sobre a ação da sua polícia nos protestos proclamou: “Comigo, veado e esculhambador, eu baixo o cacete".
O DEM calculou: a dotação do governo Dilma para mobilidade urbana, desde 2011, foi de R$ 4,9 bi, dos quais apenas R$ 498 milhões foram liberados.
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